Amber and the Hidden City
- a poderosa garota da magia -
Para
quem acha que a literatura representativa é uma novidade aconselho a olhar mais
atentamente. Autoras de fantasia como Octavia Buttler, multipremiada,
contradizem isso com uma produção que pode estar sendo descoberta agora, mas
que já está publicada há décadas. Aos poucos estamos tendo acesso à esses
materiais, ainda de forma lenta, por ações de editoras como a Morro Branco que
lançou “Kindred” e “A Quinta Estação” no Brasil. Mas ainda temos muito material
novo e antigo (de décadas) em livros destinados à todas as idades para chegar a
língua portuguesa. Um desses materiais recentes é Amber and the Hidden City
(2013), de Milton J. Davis (autor do RPG Ki Khanga).
Amber
Robinson é uma menina afro-americana de 13 anos que mora no subúrbio de Atlanta
e que além de estar passando por todas as mudanças e dilemas próprias da idade,
ainda está indo para uma escola particular longe de seus amigos. Ela imagina
que essas são suas maiores preocupações, mas a verdadeira mudança ainda está
por vir. Ela descobre que sua avó é uma princesa de uma cidade mágica e escondida
por mais de mil anos nos desertos de Mali – a cidade de Marai. Sua avó foi
convocada para usar sua habilidade especiais na escolha do novo rei, mas
infelizmente ela já não tem mais essas habilidades e ela nunca treinou sua única
filha para isso. Resta apenas Amber para salvar a cidade que precisa de um rei.
Como não poderia deixar de ser, haverá forças ocultas e interesses sombrios para
tentar impedir sua ida até Marai e a descoberta de suas habilidades. É uma
jornada mágica de descoberta e autoconhecimento junto com sua avó que a levará para
Paris, Senegal, Timbuktu e finalmente Mali, sempre na mira de vilões que
anseiam em impedir que chegue viva à Marai.
Não
pense que é uma história apenas para crianças ou jovens. Mesmo adultos se
agradarão muitíssimo da história e da aventura em si, aventura essa repleta de
intrigas políticas, suspense, magia e um pouco de humor. E não só por isso. A
obra apresenta em seu âmago tanto o protagonismo feminino e negro em uma
vertente literária importante de nossos dias, como mostra em uma de suas tantas
camadas a busca dos afro-americanos por sua ancestralidade, seu lugar na
história, suas verdadeiras raízes, tudo isso envolto em muita fantasia e magia.
Além disso, o protagonismo feminino fortalece uma barreira já enfraquecida,
onde temos sim mulheres/meninas fortes e aventureiras. Obras desse estilo são
importante por apresentar não só o protagonismo negro e feminino, mas também
por apresentar as nuances de um cenário com variação de estereótipos escancarando
a natural pluralidade racial e de gênero e da relação dessas diferenças entre
si e com “o outro”.
“Adoro
encontrar romances que possa compartilhar com minhas filhas. Eu li o livro
inteiro para o meu filho de seis anos, que amava cada pedacinho de Amber and
the Hidden City. A heroína é uma menina e seu mentor (sua avó) é uma
mulher; um dos dois principais vilões é uma mulher, e vários outros
personagens divertidos são meninas e mulheres. Junte tudo, e Amber in the
Hidden City pertencem a inúmeras listas de “leitura obrigatória”.
- Minister Faust, autor de The Coyote Kings
e Alchemist of Kush
“Um
chamado ancestral de além do Véu para uma nação mágica africana protegida do
mundo moderno. A descoberta de poderes. Uma jornada e um compromisso que levará
a novos amigos e inimigos poderosos, Amber in the Hidden City é um livro
especial cuja heroína incorpora todas as características da garota afro-americana:
força interior, lealdade à família, um senso de propósito, vontade de
aventurar-se e alguns espíritos. É o romance de fantasia que toda garota
afro-americana tem ansiado. Ela mostra o poder feminino, assim como o vínculo
mágico e místico que existe entre os afro-americanos e a pátria africana ”
- Carole McDonnell, autora de The Constant Tower
e Wind Follower
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