domingo, 22 de abril de 2018

Vamos conhecer o Pathfinder Society


Vamos conhecer o Pathfinder Society


Voltando ao desbravamento do Pathfinder e do Starfinder vamos abordar hoje o Pathfinder Society (PFS). Depois dos adventure paths o society serve à um enorme contingente de jogadores mundo à fora. De forma simplificada o Pathfinder Society é uma campanha de jogo organizada em um ambiente (cenário) compartilhado, colocando o jogador como membro da Pathfinder Society Guild, cuja tarefa é explorar e catalogar o mundo de Golarion, influenciando todo o cenário. Cada season (algo como temporada) conta com dezenas de pequenas aventuras publicadas online pela Paizo entre duas a três por mês, com tempo de 3 a 5 horas de jogo cada.

O grande diferencial do Society é que você pode jogar com seu personagem em qualquer loja, cidade ou evento onde haja uma campanha oficial ocorrendo dentro das regras do PFS. Desta forma você pode usar o seu mesmo personagem em diferentes lugares, com diferentes grupos e diferentes mestres em diferentes aventuras e mesmo assim manter o desenvolvimento contínuo dele. O Pathfinder Society regra tanto como organizar, promover e desenvolver essas aventuras determinadas, quanto como criar e manejar seus personagens, além de criar toda uma ambientação. É uma forma incrível de tanto experimentar uma imersão no cenário, quanto de ampliar sua relação com novos mestres e jogadores, ou mesmo estreitar sua relação com um grupo regular que participe do PFS

Com relação aos personagens no PFS há algumas regras adicionais em relação às regras dos jogos normais de Pathfinder, apresentando opções restritas e suplementos oficialmente aceitos ou não. Tais regras são reeditadas à cada nova season tanto para apresentar melhoras diante das temporadas passadas, como adequações conforme as experiências transcorridas. O desenvolvimento do personagem é regrado de forma que à cada três aventuras bem sucedidas haja uma subida de nível (há opção com subida de nível à cada seis aventuras bem sucedidas). Outro detalhe está que à cada aventura completa o personagem ganha Prestígio, que lhe renderá ganhos em valores para seu personagem gastar. Itens mágicos encontrados ou adquiridos pelo personagem são devolvidos ao final da aventura, embora possam ser recomprados.

Como esse desenvolvimento é controlado? Todo o desenvolvimento dos personagens é acompanhando. Os mestres e coordenadores de eventos se valem de fichas próprias para o PFS e do envio preciso dos dados para que fique registrado na Paizo e possibilite a participação dos jogadores onde quer que estejam. Esses dados ficam vinculados ao personagem que foi previamente registrado pelo jogador, gerando um número oficial único que o identificará onde quer que esteja (mesmo que o jogador tenha mais de um personagem – o que é possível – ainda assim todos serão registrados apenas em seu número oficial). Tudo fica vinculado à esse número, de aventuras completas à prestígio acumulado por personagem.

Em termos do cenário, a Pathfinder Society é uma organização com sede na cidade de Absalom (a maior cidade do cenário) formada por aventureiros que devem percorrer todo o mundo, explorando-o, com as missões que recebem da guilda (as múltiplas aventuras). Todas essas aventuras vividas são reportadas para que as mais emocionantes e esclarecedoras tornem-se Crônicas (Chronicles) ampliando ainda mais o cenário oficialmente.

Outro interessante diferencial do Society é a existência de Facções, que modificaram-se com o tempo. Cada uma delas, inicialmente, possui um caráter regional com sua própria história, cultura, estilo, especialidade, modus operanti na luta pela hegemonia e controle da cidade de Absolon. Da mesma forma, cada uma dessas facções possibilita diferentes benefícios para os aventureiros que estão engajados à elas. Todos os ganhos e fracassos dos membros de cada facção influenciam no total de pontos de prestígio de cada uma dessas facções. Ao longo das seasons houve mudanças entre as facções do Soceity. Inicialmente eram cinco, sendo acrescidas de mais três na terceira season: Andoran, Cheliax, Osirion, Qadira, Taldor, acrescidas de Silver Crusade, Shadow Lodge, Grand Lodge, The Lantern Lodge e Sczarni. Na quarta temporada tivemos o fim das duas facções menos ativas – Lantern Lodge e Shadow Lodge. Na sexta temporada tivemos uma mudança mais radical e que perdura até hoje. As facções de caráter regionalizado foram substituídas por novas facções onde o cerne era conceitual, agregando-se à algumas das já existentes. Hoje as facções são Dark Archive, The Exchange, Grand Lodge, Liberty’s Edge, Scarab Sages, Silver Crusade e Sovereign Court.


Todas essas facções tão posições e objetivos bem claros tanto sobre a atuação dos seus membros, quanto sobre como expandir seu poder. A Dark Archive, valorizando a lei e a ordem, eles devem registrar, pesquisar e guardar os objetos perigosos em sua biblioteca, descobrindo a melhor forma de usá-los em seus objetivos. A facção The Exchange vê o mercado e as relações comerciais como fonte de poder e para isso não pensarão duas vezes em eliminar os concorrentes e ter a maior quantidade de artefatos em suas mãos. A facção Grand Lodge comporta o típico e curioso aventureiro que é movido pela sede de conhecimento, busca de aventura e por desconhecidos artefatos. A facção Liberty’s Edge possui membros engajados que compactuam com a noção de livrar qualquer um da tirania e proporcionar liberdade, usando para isso seus conhecimentos e caça à aventuras. A facção Scarab Sages tem a preocupação de reunir as joias recrutando sábios e procurando herdeiros do poder das joias. A Silver Crusade tenta promover o bem à todas as regiões do mundo, enfrentando qualquer força do mal existente. Por fim, a secreta facção Sovereign Court tenta influenciar e comandar valendo-se de seus membros arregimentados na nobreza de todo os reinos, criando uma orientação política única.

Minha intenção aqui não é destrinchar todas as especificidades do Pathfinder Society. Quero apenas apresentar essa modalidade de enorme sucesso lá fora e, quem sabe, impulsionar que ela seja mais amplamente utilizada aqui no Brasil.

Desde o final de 2008, com a edição 0 (ainda para SDR 3.5) lançada na GenCon inaugurando as seasons do PFS, já tivemos 9 seasons. Atualmente estamos na 9ª season já com algumas aventuras lançadas. Muitos podem perguntar o que importa saber das anteriores. É no mínimo muito interessante para quem curte um conhecimento mais aprofundado sobre cenário e sobre o sistema em si. Além disso, é uma ótima oportunidade de jogar mesmo aqui no Brasil, mesmo que fora de época enorme e com o padrão de qualidade Paizo. Além disso, nada impede de começarmos hoje, agora mesmo, qualquer uma das seasons de forma oficial. No evento PaizoCon que ocorrerá em breve, por exemplo, teremos mais de cinquenta mesas de jogos dedicadas à PFS e STF com diversas etapas de várias seasons diferentes.

Relação dos temas de cada season:

- Season 0: Sem nome
- Season 1: Sem nome
- Season 2: Year of the Shadow Lodge
- Season 3: Year of the Ruby Phoenix
- Season 4: Year of the Risen Rune
- Season 5: Year of the Demon
- Season 6: Year of Sky Key
- Season 7: Year of the Serpent
- Season 8: Year of the Stolen Storm
- Season 9: Year of Factions’ Favor





Para aqueles que têm curiosidade de saber mais o Hebert Magno traduziu o Story So Far (A história até agora) e disponibilizou no grupo do Pathfinder RPG Brasil ... vale a conferida... LINK 1 e LINK 2. Em breve disponibilizarei-as aqui no blog!!!!

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