Orun, RPG
afrofuturista
com uma mensagem
Conhece aquela sensação de
paixão á primeira vista? Foi isso que senti quando conheci Orun,
da novata New Agenda Publishing. Ele é, em poucas palavras, um RPG futurista e
de ficção científica centrado não só na temáticas afro, mas em suas concepções de mundo, valores e estética... ou seja, é afrofuturista até
o teto.
Eons atrás,
nós éramos um povo desesperado e diferente, todos competindo pelo domínio da
galáxia. Temeroso... Irritado... Ávido... Moldado por pequenos desejos...
Quando os seres chamados Orisha vieram, eles nos mostraram um caminho
melhor. Eles criaram mundos utópicos, Oruns, especialmente para
nós. Esses mundos e todos os outros da galáxia floresceram. Os povos
da galáxia estavam felizes. Eles nos guiaram para a apoteose,
transcendência da realidade física e expansão de nossos Ori.
Então, com um único pensamento perdido, tudo foi dilacerado. O vírus mnemônico Sopona se espalhou pela galáxia. Os mundos caíram em estados catatônicos, outros se feriram de maneiras indescritíveis, e tudo o que se opôs ao turbilhão psíquico foi a União da Ascendência e alguns dos ascendentes, os Oluru, que retornaram. Em última análise, a guerra foi vencida, o vírus Sopona contido e a ordem restaurada... mas o segredo da apoteose foi perdido.
Isso foi há mais de 500 anos.
Em Orun, você interpreta um Oluru, chamado Djali
ou Luminary. Não sendo ascendentes, os luminarys viajam para diferentes
mundos como conselheiros, solucionadores de problemas e soldados da paz na
galáxia pós-apoteose. Eles exploram sistemas estelares perdidos e,
finalmente, ajudam a iluminar mundos e seus povos, despertando a galáxia de sua
indolência desordenada.
Neste belíssimo RPG misturamos
afrofuturismo, misticismo e aventura para criar incríveis campanhas espaciais.
É um lançamento que tudo tem haver com a proposta da nova editora, criação de
Misha Bushyager (criadora de Chilli: Save e Lovercraftesque), Jerry Grayson (criador
de Godsand Agenda e Helas: Worlds of Sun and Stone) e Eloy Lasanta (criador de
Ninja Crusade), todos com décadas de experiência em criação de jogos. “Queríamos um cenário para o qual todos os
tipos de pessoas seriam atraídos e ainda assim capaz de dar a nossa visão.
Ficou claro que todos nós amamos Star Trek e Star Wars, então chegamos a algo
que refletia os elementos com os quais mais nos identificamos: exploração, luta
pelo bem para triunfar, novas e diferentes espécies e culturas e espaço” - disse
Bushyager.
Misha Bushyager - Jerry Grayson - Eloy Lasanta
Mas não confunda Orun com um
simples spaceopera. A história é centrada nos Orishas (ou orixás – divindades de
tradição ioruba) liderando o universo de volta à apoteose – a transcendência da
realidade física. Para isso eles influência e direcionam os caminhos dos oruns
(os mundos).
“A ideia era dar ao jogo uma nova base não-ocidental. A cultura ioruba e
sua religião foram grandes inspirações. Os iorubas lutam pelo
auto-aperfeiçoamento como forma de melhorar o ego e a sociedade. Nossa 'Iwa'
diz respeito ao nosso comportamento e caráter, ser mais íntimo, ou alma. Melhorando os nossos Iwa melhoramos não só
nós mesmos, mas também nossa cultura e
sociedade. Em Orun, os heróis têm uma responsabilidade cívica, moral e cultural
(em escala cósmica) para tornar a realidade melhor. Em Orun, a ascensão não
existe para a glorificação pessoal, mas para a melhoria do universo” - disse
Bushyager.
“As pretensões são diferentes, os objetivos dos jogadores são diferentes
e, em última análise, a 'sensação' do jogo é diferente”, acrescentou
Grayson. Bushyager acrescenta à isso: “Uma
das coisas que eu não gosto sobre os cenários pós-apocalípticas é a falta de
esperança. Eu quero que as pessoas aspirem algo melhor, não desçam ao desespero”.
O que podemos dizer além de que isso é incrível.
As regras utilizadas por Orun
são próprias, chamada de Horizon System. Sua mecânica é baseada em 2d10. Cada
Luminary treinou seu espírito para refletir seu poder, permitindo que eles
adicionem a força de suas Auras em suas 14 habilidades exclusivamente
flexíveis. Quando confrontado com uma tarefa, você escolhe a Aura e a
Habilidade mais apropriados e adiciona seus valores ao seu 2d10 e compara o
resultado com o Gráfico de Sucesso do Horizon, depois de aplicar qualquer Dificuldade
ou modificador. Os resultados podem ser qualquer coisa, desde falha absoluta
até mesmo passar o controle narrativo para o resultado ao jogador em um teste
Lendário.
E os personagens? Como cada
Djali é um ser em si, nenhum personagem é simplesmente um conjunto de pontos
para gastar. Em vez disso, Orun orienta o jogador através de algumas escolhas
importantes que criam a maior parte do seu personagem, incluindo as suas
Espécies, o mundo natal do seu personagem e qual a sua ocupação antes de
escolher se tornar um Luminary. Cada um desses pontos de dados preenche uma
parte importante do quebra-cabeça que compõe seu personagem e traz consigo
certas habilidades e habilidades especiais, chamadas Talentos.
Você pode ter uma ideia do que
esperar com Orun lendo seu Quickstart. Ele é mais enxuto, por exemplo tendo apenas
5 auras ao invés das o 11 do livro completo, mas dá para termos uma noção exata
do que esperar!
Seu financiamento coletivo foi
muito bem sucedido e o livro deve chegar aos seus financiadores já em
fevereiro... depois disso deve entrar à venda no site da editora!
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