Impressões sobre Tormenta RPG - Parte I
- O que estão dizendo por aí -
A cada dia em que se aproxima o lançamento de Tormenta RPG, mais debates acontecem, mais conversas são empreendidas sobre o tema, mais novidades temos. Depois de muitas informações, a maioria lançada pelo Fórum Jambô num tópico para perguntas e respostas, resolvi pegar as impressões de algumas pessoas e blogs, e deixar a minha impressão também.
Fiz isso de forma simples. Mandei quatro perguntas meio genéricas, mas que centralizam um pouco da impressão que cada um tem sobre o novo lançamento. elas foram as seguintes:
1) Depois de tantas notícias sobre o Tormenta RPG e o tópico do Fórum Jambo cheio de informações, quais as tuas impressões sobre ele?
2) Quais as mudanças mais significativas e às mais desnecessárias percebidas até agora?
3) Acha que a estratégia de lançar primeiro um livro centrado em regras e depois um centrado no cenário é válida?
4) A Jambo está no caminho certo?
Vou postar, inicialmente, quatro respostas. Acho que elas demonstram o geral das opiniões. Acompanhem:
1) Não estou tãããõ bem informado a este respeito, eu mesmo só olho de resgálio estes tópicos. Porém, pude notar uma movimentação significativa do assunto, desbancando vários tópicos de que sou frequentador.
2) As principais mudanças compõe as atualizações dos cenários, que são o carro forte. As mudanças de regras só serão bem aceitas se não interferirem na dinâmica do rpg, algo como o PATHFINDER, que assimilou algumas coisas e jogou o que não prestava fora (ser obrigado a comprar miniaturas? Arch!).
3) Está é uma receita que tem sido seguida desde o primeiro D&T. Não muda quase nada, pois a grande maioria vai usar as regras em seus cenários queridos. Mudar as regras não é trocar de cenário ou ambientação.
4) Ela parece estar seguindo uma formula antiga: adaptar-se para sobreviver. Mas a grande questão é: eles não cometerão os erros, como de tentar forçar o público a comprar pilhas de bugigangas junto com os livros?
1) Acho que eles estão indo bem, tanto com o sistema quanto com a arte e a nova diagramação. Existem poucas coisas que me desagradaram até agora, a ascensão dos minotauros, por exemplo.
1) Acho que eles estão indo bem, tanto com o sistema quanto com a arte e a nova diagramação. Existem poucas coisas que me desagradaram até agora, a ascensão dos minotauros, por exemplo.
2) Acho que a mudança visual está sendo a mais significativa, já que Tormenta tinha o mesmo estilo de diagramação há dez anos, e agora com a contratação do Daniel Ramos para fazer o layout finalmente temos algo novo e empolgante. Particularmente, acho as Guerras Táuricas muito legais, mas os minotauro podiam ter se ferrado.
3) Claro, não vejo porque não adotar a idéia.
4) A Jambô é a editora que mais cresce no Brasil, a que mais lança títulos e a que tem os cenários com o melhor suporte. Ela mantém um dialogo maduro e sincero com seus clientes e é capaz de ousar por eles. Sim, a Jambô está sim no caminho certo, tanto com o Tormenta RPG, quanto como editora em geral.
1) Bom, acho que vai chegar para melhorar. As mudanças estão me agradando bastante, e suprindo algumas falhas, por exemplo, os bônus raciais; Mas uma das coisas que me preocupa é o preço, espero que não fique alto demais.
2) Para mim, a principal é a mudança nos bônus das raças, deixando-as um pouco mais balanceadas. Não achei nada que me desagradasse muito!
3) Acho que lançando as regras, estão visando atingir o publico que já é fã do cenário e que já joga rpg, pois muitas vezes um livro de regras como o Livro do jogador chega a assustar um novato. Creio que com um livro de cenário, pessoas que se interessem pelos romances seriam mais facilmente alcançadas, sem falar nos que gostam do estilo do cenário, ou seja, fantasia e nunca jogaram.
4) Claro, pra mim, se dependesse-mos da Devir... Acredito que a jambo é a q vem contribuindo mais para o rpg brasileiro , mas reconheço o mérito das duas.
1) Eu confesso que fico decepcionado com a parte da mecânica, porque acreditava que ele iria seguir um caminho mais parecido com o True20/M&M. Ao ouvir que a grande inspiração é o Pathfinder (que para mim é um ótimo exemplo do que _não_ fazer em termos de regras) e que o caminho seria mais próximo da edição do D&D que eu havia parado de jogar há alguns anos justamente por não agüentar mais as regras, eu simplesmente parei de ligar para a parte de regras do Tormenta RPG. Não digo que a decisão foi ruim, afinal de contas o jogador padrão brasileiro ainda gosta muito do sistema atual, e fazer uma mudança mais radical não apenas invalidaria as informações de regras dos livros atuais, mas também poderia alienar uma grande quantidade de fãs do cenário. De fato, por investirem dinheiro e trabalho na parada, acredito que eles estudaram mais esta decisão do que eu. Mas posso dizer que é uma decisão que tornou bastante difícil eu jogar usando as mecânicas que estão por vir. Já no que tange a organização do cenário, eu não sei direito o que já foi revelado e tem algumas coisas que ouvi que não sei se posso compartilhar (é, também acho um saco quando as pessoas dizem isso). Mas no geral eu acho que deram uma enxugada muito boa em todas as informações disponíveis. Só achei meio forçada a traição dos Nagah - mas nada que um conto fera do Leonel não resolva - e a inclusão dos Meio-Gênios e Lefou como raças básicas. Mas aí é rabugisse minha, que não gosto muito destas duas raças. Ah! E também não gostei muito do Terceiro retornar de forma tão repentina. Mas aí, lembra do que falei sobre rabugisse? Pois é. Mesma coisa.
2) Hum... Acho que não tem uma grande revisão que eu ache a mais significativa. Gostei do pouco que ouvi da revisão dos talentos divinos, especialmente da retirada de talentos que só existiam para justificar a existência de um NPC esquecido numa aventura ou revista. Não achei propriamente desnecessária, mas a forma como equilibraram as raças de personagens também não me agradou muito. Acredito que diminuir o poder bruto de cada raça e expandir isso através de uma mecânica paralela provavelmente resolveria melhor o caso no lugar de simplesmente socar pontos de atributo em alguns deles.
3) Não apenas válida, eu acho muito boa. Dada a proximidade com o sistema atual, o novo livro de regras não apenas servirá bem para quem joga Tormenta, como também poderá suprir quem é fã da edição passada do D&D e quer algo novo, porém que não necessariamente reinvente a roda. Que não mude o paradigma das regras de forma tão brutal. O pessoal que já é fã de Tormenta pode simplesmente atualizar as campanhas que joga com o novo livro de regras. E quem não gosta pode usar as regras para jogos em outros cenários. E de quebra, isso deve realmente funcionar bem na mesa. Vamos lá, em qualquer jogo o livro mais usado tende a ser o do jogador. Com esta separação o mestre pode emprestar o livro dele para o jogador e continuar com o de cenário para planejar jogos futuros.
4) Cara, é como falei lá em cima: eu acredito que esteja. Não concordo com algumas decisões que eles tomam. Mas os caras têm acesso aos números e tantos outros fatos dos quais eu só posso tentar supor. Além disso, eles investem trabalho e dinheiro na coisa. Quando você investe isso, a tendência é você tomar decisões mais embasadas e cautelosas. Acredito que eles tenham uma visão mais focada no que acontece, enquanto a minha limita-se ao que eu acho que acontece. E é por isso que eu confio nos caras. Pode parecer que eu só enrolei, então vou ser mais direto: acredito que eles estão no caminho certo, sim. Podem tomar uma decisão ou outra diferente do que eu acho que faria, mas ainda assim a direção geral deles é bem dentro da que eu tomaria no lugar deles.
4 comentários:
Muito boa a ideia... Apesar de ser um dos que realmente não gostam de Tormenta, qualquer coisa que nos faça der uma ideia de como anda o nosso RPG Nacional é muito bem vinda.
Parabens
Obrigadão.... o desejo é realmente este....mpostrar para todos (fãs ou não) as informações importantes sobre o cenário que inegavelmente é 100% nacional!!!
Gostei da visão do Spellcaster, se aproximando do True20, mas acredito que eles estejam indo no caminho certo, já que o Cassaro sempre disse que seria retrocompatível.
É verdade ... avisão do Spellcaster é sempre bem ponderada e argumentada.
Postar um comentário