sábado, 29 de maio de 2010

Jogos - Etherlords

ETHERLORDS – Os senhores do Ether

Gosta de jogos de estratégia por turnos? Gosta da dinâmica de jogos de cardgames? Então você gostará de Etherlords. Jogo para PC, da JoWooD Productions, lançado no início da década passou meio que desapercebido pelo público em geral.

“Bem vindo ao mundo dos Etherlords. Éter é o elemento mais básico deste mundo, a origem de todas as coisas. Éter Branco flui do centro, é o símbolo deste mundo e sua grandeza, a fonte do seu poder. O Éter Branco é inconstante e instável e o seu fluxo se dissipa em quatro tipos secundários, para formar a infinita variedade da natureza. Esses quatro tipos de éter são: Caos, vermelho como o sangue; Movimento, o azul do céu; Vitalidade, verde como uma folha nova; e Síntese, preto como pedras queimadas. Cada planta e animal deve sua existência a eles. Éter é conhecido, da maneira mais ampla, como ... magia.”

Assim começa o manual do jogo. Isso lembra algo para vocês? Alguém disse Magic?!?! Pois é. Na época em que Etherlords foi lançado nós tínhamos duas grandes febres. Um era o marco dos jogos de cardgames que acabou por abrir caminho para o lançamento de muitos outros – Magic, the gatering. O outro era um novo conceito de jogos de estratégia para computador (numa época ainda longe dos jogos online) que trazia junto de si todo um cenário grandioso e festejado – Heroes III.


Quando eu joguei a primeira vez Etherlord, na mesma hora liguei que Magic e Heroes haviam sido base para ele. Naquela época era fã de Heroes e colecionador enlouquecido de Magic. Me senti nas nuvens.

O jogo é bem simples na verdade. O jogo transcorre por turnos alternados entre qualquer quantidade de participantes. Você joga em dois ambientes distintos. De forma geral você utiliza um mapa no mesmo estilo de Heroes III. Nele você consegue ver seu castelo (e fortalezas), locais que pode visitar para ganhar experiência e conhecimento, locais para captar recursos e outros ambientes. Conforme seus personagens vão evoluindo e ganhado experiência vai melhorando sua capacidade de movimentação e de visualização do mapa.


O seu personagem percorre o mapa captando o máximo de experiência possível. Aqui temos a primeira diferença do jogo. Ao invés de um exército ele leva consigo um saco de runas. Nelas ele guarda o poder do éter para combater seus adversários. Todo personagem, conforme sua raça, inicia com um número básico de truques – magias em forma de runas, mas de poder muito limitado. Conforme você evolui e desbrava o mapa, você vai aprendendo a usar as runas. Depois de aprendido você deve juntar recursos para fazê-las. Aqui temos um ponto interessante. Diferente de muitos jogos onde depois de aprendido você pode realizar uma magia quantas vezes desejar, em Etherlords as runas se desfazem após seu uso. Então você tem de ficar administrando seus recursos e as estratégias de uso das runas durante os combates.

O segundo ambiente em que jogamos é quando estamos num combate contra outro personagem. Ele pode ser de duas formas distintas, à nossa escolha. Numa delas combatemos como se estivéssemos num mesa de cardgame – o modo tático. No outro temos uma bela visão tridimensional e animada, revolucionária para a época.

O combate, tridimensional ou na mesa, segue a mesma linha. A cada turno vamos armazenando pontos de éter (essa quantidade pode alterar conforme magias ou experiência). Podemos, no nosso turno, usar parte ou todo o éter que possuímos lançando magias contra o adversário e suas criaturas, podemos lançar magias sobre nós mesmos ou nossas criaturas, ou ainda podemos invocar criaturas para o campo de batalha. De resto é a mesma estratégia de combate de tantos outros jogos de combate por turnos.


As runas possibilitam uma série enorme de estratégias. Você pode ter quantas runas desejar, mas cada jogador só pode ter quinze tipos diferentes. E, para complicar, para cada tipo de runa o jogador tem de se desfazer de um truque (que também são bem úteis).

Você pode jogar de muitas formas: apenas um duelo contra um outro personagem aleatório; modo campanha; e modo missão simples.

Sou suspeito para falar deste jogo pois sempre fui fã de carteirinha dele. Mesmo tendo quase uma década não canso de reinstalá-lo para passar algumas semanas jogando. Para os interessados é só procurar num dos tantos sites especializados em downloads.

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