terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dicas do Mestre: Mestre ditador... algo ruim?

Dicas do Mestre
Mestre ditador...algo ruim?

Este assunto já foi abordado anteriormente aqui, mas sob outra ótica. O papel do mestre, sempre trazendo questionamentos, é de suma importância para o jogo, embora não seja o único com importância.

Uma das coisas que mais chama a atenção dos praticantes do RPG, principalmente para os iniciantes, é a dita liberdade que o jogo promove. A possibilidade do livre arbítrio utilizado sem restrições é cativante.

Mas esta ‘dita’ liberdade tem suas limitações e elas devem ser aplicadas mesmo que de forma ditatorial. Muitos mestres têm medo quando são levados à tomar atitudes mais fortes em relação aos membros de seus grupos. O exercício do não é saudável e indispensável para uma seção ou campanha de RPG não se perca por causa das pessoalidades ou delírios de grandeza ou mesmo pelas imprudências de algum de seus membros.

O exemplo mais simples é a adequação de atitudes de um personagem à sua tendência (nos casos de d20 ou TRPG, por exemplo). A emoção do jogo pode fazer com que alguns se esqueçam desses detalhes (não tão insignificantes assim) e acabem por ultrapassar barreiras que deveriam se respeitadas.

Ok, sabemos o quão difícil é interpretar algumas classes ou raças ou tendências. Ser um paladino em um momento de grande desvantagem numérica e ainda ter de manter seu voto de não usar armas cortantes em combates quando aquela maravilhosa espada +5 está dando sopa é uma tarefa quase impossível. Mas a escolha e construção do personagem o fazem único e justamente essa condição é que acaba por fazer o RPG um jogo tão emocionante e realista.

O mestre deve exercer o seu poder e frear as atitudes que podem ferir o andamento do jogo ou que acabem por distorcer o realismo por um simples desejo do jogador de mudar de rumo em benefício próprio.

Mestres, esse poder de dizer não e fazer uso dele não os fazem criaturas asquerosas. Os jogadores podem reclamar no início, mas o conjunto do jogo, como um todo, terá muito mais emoção e realismo.

Uma comparação que faço quando converso disso com mestres novatos é que essas pequenas alterações, burlando as regras, que os jogadores desejam realizar tem o mesmo efeito de quando começamos a nos valer muito de ‘manhas’ em videogames. O resultado é o mesmo... o jogo perde a graça e logo o largamos de mão!

Não cometam esse erro. Conversem com seus jogadores (principalmente os novatos) e os instruam quando no momento da construção de seu personagem.

Eu particularmente sempre preferi personagens com grandes dificuldades de interpretação!!!!

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