Encontro Icônico
Pathfinder 2ed – Conto de Seoni
Pathfinder 2ed – Conto de Seoni
Estamos
em nosso décimo encontro icônico da Paizo para Pathfinder 2.0. Já tivemos a
bárbara Amiri, o mago Ezren, o ranger anão Harsk, a clérica Kyra, o bardo
halfing Lem, a ladina Merisiel, o monge Sajan e a paladina Seelah. Agora chegou
a vez da feiticeira Seoni. Aproveitem a leitura contem os dias para o
lançamento no Brasil pela New Order!
o O o
Sussurros no Sangue
As
gárgulas atingiram como uma tonelada de tijolos - o que eles eram, mais ou
menos. Valeros saiu voando conforme a principal estátua besta bateu nele, e se
não fosse por Kyra agarrando sua perna enquanto ele passava, ele poderia ter
caído do telhado. Seoni mal conseguiu se esquivar dos dois que vieram contra
ela, suas asas de pedra lascando cacos do parapeito enquanto avançavam para a
matança.
Valeros
não se incomodou em ficar de pé. De sua posição deitada de costas, ele empurrou
para cima sua espada. O aço soltou faíscas e gritou em peitorais de pedra, mal
arranhando uma das feras enquanto deslizava, garras raspando sua armadura.
Atrás
dele, a luz brilhava do símbolo sagrado de Kyra, lançando longas sombras contra
o crepúsculo.
“Isso
não é bom!” gritou a clériga, atacando de forma ineficaz com sua própria
lâmina. “Eles não são maus!”
“Você
poderia ter me enganado!” Valeros rolou para o lado enquanto as garras rasgavam
a pedra como massa de pão, deixando sulcos profundos. Ele mal bloqueou um
segundo golpe com o escudo. “Pela taça de Cayden, como ferimos essas coisas?”
Como,
de fato? Seoni levantou seu cajado e depois hesitou. O fogo tocaria essas
monstruosidades de pedra? Ou relâmpago?
Melhor
estar seguro. Ela deixou seus olhos desfocalizarem, virando sua visão para
dentro - para o interior de si mesma, para o núcleo agitado. Através de sua
pele, as tatuagens se acendiam, a luz azul se alimentando nela, correndo como
linhas ley em sua alma.
Para
Ezren, a magia era uma lembrança - a luta para registrar e lembrar, sua magia
seca e acadêmica. Para Kyra, estava canalizado no poder do divino, tornando-se
um recipiente para a chama sagrada da deusa do sol.
Para
Seoni, eram ambos e nenhum dos dois. O poder veio a ela como uma lembrança, mas
não era sua memória. O poder que a preenchia não era de um deus, mas de seu
próprio povo, mil gerações fluindo por suas veias. Com isso vieram seus
sussurros - fragmentos de vidas que ela nunca viveu, vozes há muito tempo
transformadas em pó. Rostos inexplicáveis olhando de volta para dentro dela.
Sigilos
brilharam no ar diante dela. Eles giraram em torno de suas mãos, em seguida,
dispararam para frente como dardos, esmagando a carne de pedra das gárgulas em
explosões sem sangue. Os monstros gritaram em choque e dor, afastando-se da
torre.
Seoni
sorriu, mas apenas brevemente. Ela provou que as criaturas poderiam ser
feridas, mas seus mísseis estavam fracos demais para enfrentar todos eles com
uma só mão. Usá-los novamente levaria muito tempo, e as feras já estavam
girando para outro passe.
No
entanto, algo sobre as visões distorcidas das criaturas forçou sua memória.
Ou
talvez não a memória dela...
Voltando
para o abrigo da porta da catedral, ela fechou os olhos. Focalizando nos
grunhidos do inimigo e os gritos de suas amigas, ela procurou novas vozes -
aquelas que fluíam através de seu sangue. Elas surgiram mais alto, cercando-a
enquanto ela fazia sua pergunta silenciosa.
Uma
tempestade de imagens, girando e caótica. Rostos familiares e estrangeiros, períodos
cintilando como relâmpagos. Um flash de asas de pedra. O brilho de uma lâmina
muito brilhante de aço...
Os
olhos de Seoni se abriram. “Adamantina! Eles são vulneráveis à adamantina!”
Kyra
desviou outro golpe de garra e olhou para ela, com os olhos arregalados. “Essas
lâminas na cripta! As com que os cavaleiros foram enterrados!”
“Então
o que estamos esperando?” Através de hematomas e sangue, Valeros sorriu. “Parece
que a igreja vai fazer uma doação para nós!”
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