Tratando de
sangramento
e consentimento em RPG
Algumas semanas atrás eu postei
tanto na Confraria de Arton como em grupos de RPG que participo, assim como em meu
perfil pessoal, a incrível iniciativa da Monte Cook Games. Eles haviam disponibilizado
um arquivo de PDF chamado Consent in Gaming – um arquivo explicando os problemas
que alguns jogadores podem ter com determinados temas em suas mesas e com um
questionário para previamente impedir que tais problemas aconteçam.
O que para mim era uma ação
lógica de proteger alguns jogadores que se sintam afetados quando algum tema
específico era mencionado, foi visto por uma parcela – ainda bem que não tão
grande assim – da comunidade como algo
sem motivo, algo invasivo, algo cerceador da liberdade dos mestres. Não só
eu fiquei abismado com essa atitude desta parcela da comunidade como muitos
outros sites e veículos que lidam com RPG mundo á fora também ficaram
estarrecidos com a falta de empatia desse grupo.
Então é óbvio que abordarei esse
tema muitas outras vezes aqui na Confraria, pois não me vejo sendo omisso com
relação à isso. Desta forma volto hoje ao tema com um artigo postado semana
passada no conhecido site ENworld chamado When Gaming Bleed, onde Michael
Treska. Ele aborda de forma clara e direta o tema, o linkado à outros artigos
de interessa semelhante.
Quando o jogo sangra
A Monte Cook Games lançou
recentemente Consent inGaming, um tópico delicado que aborda assuntos que deixam alguns
jogadores desconfortáveis. O ponto central é o entendimento de por que há
um debate envolve o conceito de "sangrar" na dramatização.
Fundamentos do sangramento
Courtney Kraft explica o sangramento em seu artigo Coping with EmotionalBleed During Roleplay:
“É um
fenômeno em que as emoções de um personagem afetam o jogador fora do jogo e
vice-versa. Parte da alegria do roleplay vem de mergulhar na fantasia de
ser algo que não somos. Quando interpretamos um personagem por um longo
tempo, é fácil ser arrastado pelos altos da batalha vitoriosa e pelos baixos da
morte do personagem. Quando esses sentimentos persistem após o jogo
terminar, é quando o sangramento ocorre.”