Pathfinder Arena - Preview do boardgame que precisa vir para o Brasil
Pathfinder
2e já é muito mais do que RPG. P2e é um dos grandes sistemas de RPG do momento,
tendo Golarion como seu cenário icônico e inspirador. Mas pelo visto a Paizo
não está satisfeita apenas nas mesas de RPG. Já vimos o lançamento de cardgame
a quebra-cabeças e recentemente está em processo de lançamento do Pathfinder
Arena.
No
último dia 23 de novembro houve um financiamento coletivo firmando a parceria
da Paizo com a empresa italiana de boardgames Giochi Uniti para trazer à vida o
Pathfinder Arena. O jogo procurará adaptar este impressionante RPG à uma competição
baseada para escapar de uma masmorra senciente obcecada por desafios mortais e
cheia de monstros.
O
jogo suporta entre dois a quatro jogadores que competirão entre si para
derrotar monstros ou liberá-los contra seus oponentes nos ambientes em
constante mudança da Arena. Os quatro heróis são personagens icônicos de
pathfinder que possuem habilidades únicas, juntamente com um baralho próprio de
cartas que podem ser customizados e modificados ao longo do jogo. Um
elemento importante da Arena é a reorganizar de seus ambientes que compõem o
tabuleiro de jogo, alterando a composição da arena e colocando monstros
atacantes no caminho de personagens de forma inesperada.
Os
personagens básicos de Pathfinder Arena são os icônicos Valeros (icônico do
Guerreiro), Merisiel (icônica do o ladino), Ezren (icônico do mago) e Kyra
(icônica do clérigo). No financiamento coletivo outros personagens estavam
disponíveis como metas extras – Seelah (icônica do Campeão), Lini (icônica do
Druida), Harsk (icônico do patrulheiro), Lem (icônico do bardo) e Sajan
(icônico do monge). Eles enfrentarão monstros clássicos da franquia como
minotauros, ghouls, trolls, quimeras, goblins e até mesmo um enorme dragão
vermelho. Todos eles são representados por miniaturas de plástico preparadas
para poderem ser usadas no tabuleiro quadriculado da Arena.
O
jogo compreende quatro rodadas/etapas sucessivas que lançam um número crescente
de monstros na arena à cada rodada. Cada rodada termina assim que todos os
monstros forem derrotados. No nível 1 você enfrentará um único monstro, dois no
nível 2 e assim por diante. São 14 monstros diferentes disponibilizados no
conjunto básico (e que foram acrescidos de mais na forma de metas extras). Cada
um deles pode ter até dois ataques (um corpo a corpo e um à distância), com uma
variedade de alcances, efeitos especiais e de dano, dependendo do seu nível. Os
monstros ingressam na Arena e nunca saem das estatísticas de sua ficha inicial
(por isso a mecânica de ingresso de diferentes e mais fortes monstros à cada
rodada). Além disso, embora eles não evoluam e fiquem fixos no piso onde
entraram, eles podem ser movidos efetivamente conforme a arena muda de estrutura.
Como
os monstros se tonam mais difíceis, os jogadores precisarão evoluir para
conseguir traspor os desafios. A evolução dos heróis acontece conforme os
jogadores coletam fichas de habilidade encontradas pela Arena, o que lhes possibilitam
acrescentar e modificar as estatísticas em suas fichas (um cartão representando
as especificidades e possibilidades de seu personagem – diferente para cada um
dos personagens). Eles também podem coletar fichas de itens para acessar seu
baralho de itens - eles compram três cartas e selecionam uma, embaralhando o
restante de volta no baralho.
A
Arena pode ser alterada pelos jogadores durante seu turno, gastando um ponto de
ação para empurrar qualquer peça ou girar aquela onde um herói está. Ao fazer
isso, os heróis podem alcançar áreas inacessíveis, coletar fichas de
habilidade, itens, fichas de elemento e, principalmente, provocar combates
entre os adversários com monstros colocando-os frente a frente. Como os
monstros atacam qualquer coisa ao seu alcance no final do turno do herói, o
jogador ativo ganha tantos pontos de vitória quanto os danos infligidos pelos
monstros. Nestes casos, os monstros sempre causam danos críticos, portanto, os
jogadores podem marcar muitos pontos, especialmente contra vários oponentes.
Focando
no combate em Pathfinder Arena é completamente sem dados. Isso permite aos
jogadores saberem antecipadamente danos possíveis e pontos de vidas restantes.
Quanto ao dano, os personagens têm tipos de dano conforme o tipo de ataque escolhido
- desarmado, armas brancas, de alcance e de longo alcance. A arma escolhida
depende dependerá da escolha do jogador conforme a estatística que deseja usar
ou da disponibilidade de armas. O modificador de força pode influenciar a
produção de dano, dependendo da arma, e feitiços e/ou talentos podem aumentá-lo
ou às vezes até dobrá-lo. Os heróis podem realizar vários ataques durante seu
turno, cada um custando uma ação. No entanto, eles precisam derrotar (causar
dano igual ou superior aos pontos de vida) o monstro durante seu turno, caso contrário,
o monstro se cura completamente de qualquer ferimento sofrido. Monstros
derrotados geram pontos de glória para o final do jogo.
O
jogo termina imediatamente quando um jogador derrota o último monstro de 4º
nível. Quando isso acontece, os jogadores somam todos os pontos de glória
(obtidos por matar monstros, efeitos de determinadas cartas ativas, runas etc) que
obtiveram e subtraem seus pontos de infortúnio (danos que não bloquearam dos
ataques recebidos) do total. O jogador que tiver mais pontos é declarado o
Campeão da Arena e vence o jogo.
Este
é o elemento central do jogo – a estratégia entre gerenciamento/evolução de seu
personagem na procura de elementos do jogo e o gerenciamento criação de
obstáculos para a evolução do personagem do adversário que também pode gerar
pontos de glória para esse adversário. Por um lado, um jogo de estratégia
instigante e de raciocínio, por outro, sem complexidade e cálculos exagerados.
Particularmente
falando eu gostaria muito de ver esse jogo lançado no Brasil pelas mãos da New
Order, detentora da licença da franquia. É um jogo que traz toda a emoção do
cenário de Golarion, com seus inesquecíveis personagens icônicos e seus
monstros, além de permitir um tempo interessante de diversão (a previsão é de
60 a 90 minutos para cada jogo). Fora isso, a possibilidade de jogar entre
apenas duas pessoas (total de quatro), o faz um bom boardgame para qualquer
situação ou quantidade de pessoas. Se você está com saudade de Golarion e dos
Presságios Perdidos e não tem gente suficiente ou tempo para uma sessão de
mesa, este é uma opção perfeita.
E você.
O que acharia da vinda desse boardgame de Pathfinder... também o desejaria em
português? Vamos começar a pedir?
Nenhum comentário:
Postar um comentário