quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Pathfinder Arena - Preview do boardgame que precisa vir para o Brasil

  
Pathfinder Arena - Preview do boardgame que precisa vir para o Brasil

 
Pathfinder 2e já é muito mais do que RPG. P2e é um dos grandes sistemas de RPG do momento, tendo Golarion como seu cenário icônico e inspirador. Mas pelo visto a Paizo não está satisfeita apenas nas mesas de RPG. Já vimos o lançamento de cardgame a quebra-cabeças e recentemente está em processo de lançamento do Pathfinder Arena.

No último dia 23 de novembro houve um financiamento coletivo firmando a parceria da Paizo com a empresa italiana de boardgames Giochi Uniti para trazer à vida o Pathfinder Arena. O jogo procurará adaptar este impressionante RPG à uma competição baseada para escapar de uma masmorra senciente obcecada por desafios mortais e cheia de monstros.

O jogo suporta entre dois a quatro jogadores que competirão entre si para derrotar monstros ou liberá-los contra seus oponentes nos ambientes em constante mudança da Arena. Os quatro heróis são personagens icônicos de pathfinder que possuem habilidades únicas, juntamente com um baralho próprio de cartas que podem ser customizados e modificados ao longo do jogo. Um elemento importante da Arena é a reorganizar de seus ambientes que compõem o tabuleiro de jogo, alterando a composição da arena e colocando monstros atacantes no caminho de personagens de forma inesperada.



Os personagens básicos de Pathfinder Arena são os icônicos Valeros (icônico do Guerreiro), Merisiel (icônica do o ladino), Ezren (icônico do mago) e Kyra (icônica do clérigo). No financiamento coletivo outros personagens estavam disponíveis como metas extras – Seelah (icônica do Campeão), Lini (icônica do Druida), Harsk (icônico do patrulheiro), Lem (icônico do bardo) e Sajan (icônico do monge). Eles enfrentarão monstros clássicos da franquia como minotauros, ghouls, trolls, quimeras, goblins e até mesmo um enorme dragão vermelho. Todos eles são representados por miniaturas de plástico preparadas para poderem ser usadas no tabuleiro quadriculado da Arena.

O jogo compreende quatro rodadas/etapas sucessivas que lançam um número crescente de monstros na arena à cada rodada. Cada rodada termina assim que todos os monstros forem derrotados. No nível 1 você enfrentará um único monstro, dois no nível 2 e assim por diante. São 14 monstros diferentes disponibilizados no conjunto básico (e que foram acrescidos de mais na forma de metas extras). Cada um deles pode ter até dois ataques (um corpo a corpo e um à distância), com uma variedade de alcances, efeitos especiais e de dano, dependendo do seu nível. Os monstros ingressam na Arena e nunca saem das estatísticas de sua ficha inicial (por isso a mecânica de ingresso de diferentes e mais fortes monstros à cada rodada). Além disso, embora eles não evoluam e fiquem fixos no piso onde entraram, eles podem ser movidos efetivamente conforme a arena muda de estrutura.


Como os monstros se tonam mais difíceis, os jogadores precisarão evoluir para conseguir traspor os desafios. A evolução dos heróis acontece conforme os jogadores coletam fichas de habilidade encontradas pela Arena, o que lhes possibilitam acrescentar e modificar as estatísticas em suas fichas (um cartão representando as especificidades e possibilidades de seu personagem – diferente para cada um dos personagens). Eles também podem coletar fichas de itens para acessar seu baralho de itens - eles compram três cartas e selecionam uma, embaralhando o restante de volta no baralho.


A Arena pode ser alterada pelos jogadores durante seu turno, gastando um ponto de ação para empurrar qualquer peça ou girar aquela onde um herói está. Ao fazer isso, os heróis podem alcançar áreas inacessíveis, coletar fichas de habilidade, itens, fichas de elemento e, principalmente, provocar combates entre os adversários com monstros colocando-os frente a frente. Como os monstros atacam qualquer coisa ao seu alcance no final do turno do herói, o jogador ativo ganha tantos pontos de vitória quanto os danos infligidos pelos monstros. Nestes casos, os monstros sempre causam danos críticos, portanto, os jogadores podem marcar muitos pontos, especialmente contra vários oponentes.

Focando no combate em Pathfinder Arena é completamente sem dados. Isso permite aos jogadores saberem antecipadamente danos possíveis e pontos de vidas restantes. Quanto ao dano, os personagens têm tipos de dano conforme o tipo de ataque escolhido - desarmado, armas brancas, de alcance e de longo alcance. A arma escolhida depende dependerá da escolha do jogador conforme a estatística que deseja usar ou da disponibilidade de armas. O modificador de força pode influenciar a produção de dano, dependendo da arma, e feitiços e/ou talentos podem aumentá-lo ou às vezes até dobrá-lo. Os heróis podem realizar vários ataques durante seu turno, cada um custando uma ação. No entanto, eles precisam derrotar (causar dano igual ou superior aos pontos de vida) o monstro durante seu turno, caso contrário, o monstro se cura completamente de qualquer ferimento sofrido. Monstros derrotados geram pontos de glória para o final do jogo.

O jogo termina imediatamente quando um jogador derrota o último monstro de 4º nível. Quando isso acontece, os jogadores somam todos os pontos de glória (obtidos por matar monstros, efeitos de determinadas cartas ativas, runas etc) que obtiveram e subtraem seus pontos de infortúnio (danos que não bloquearam dos ataques recebidos) do total. O jogador que tiver mais pontos é declarado o Campeão da Arena e vence o jogo.


Este é o elemento central do jogo – a estratégia entre gerenciamento/evolução de seu personagem na procura de elementos do jogo e o gerenciamento criação de obstáculos para a evolução do personagem do adversário que também pode gerar pontos de glória para esse adversário. Por um lado, um jogo de estratégia instigante e de raciocínio, por outro, sem complexidade e cálculos exagerados.

Particularmente falando eu gostaria muito de ver esse jogo lançado no Brasil pelas mãos da New Order, detentora da licença da franquia. É um jogo que traz toda a emoção do cenário de Golarion, com seus inesquecíveis personagens icônicos e seus monstros, além de permitir um tempo interessante de diversão (a previsão é de 60 a 90 minutos para cada jogo). Fora isso, a possibilidade de jogar entre apenas duas pessoas (total de quatro), o faz um bom boardgame para qualquer situação ou quantidade de pessoas. Se você está com saudade de Golarion e dos Presságios Perdidos e não tem gente suficiente ou tempo para uma sessão de mesa, este é uma opção perfeita.

E você. O que acharia da vinda desse boardgame de Pathfinder... também o desejaria em português? Vamos começar a pedir?

























 

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