Conheça os icônicos - Starfinder RPG
Kyyduh, icônico do Evolucionista
Flexibilidade é uma obrigação em Pulonis.
A primeira coisa que um Pahtra aprende depois de dar
os primeiros passos é certificar-se de alongar e relaxar antes de correr e
escalar. As famílias Pahtra geralmente começam suas manhãs com espreguiçadas
familiares antes do café da manhã.
Kyyduh pode ter levado esse princípio longe
demais. Às vezes. A maior parte do tempo. Quando não está
aproveitando o quão flexível seu corpo pode ser. Quando não estão
abraçando a vida vegetal que é tão parte do seu ser quanto seu coração e seus
olhos.
Kyyduh cresceu cercado por máquinas. Cercado
por militares, por armas, por naves, por tecnologia, tudo isso alimentando um
confronto no qual Kyyduh não nasceu tanto quanto herdara. Starlance era um
bom lugar para uma família pahtra viver e, sem conexões rebeldes óbvias, Kyyduh
e seus irmãos foram rapidamente encaminhados para a academia militar do
Veskarium. Os irmãos tomaram os treinamentos e cargos oferecidos, tendo
sucesso e conquistando e fazendo nomes para si mesmos. Kyyduh descobriu
que sua mente parecia não conseguir acompanhar as palavras gritadas na sua
direção, as palavras sendo rabiscadas e apagadas muito rapidamente nos
quadros-negros, as palavras aparecendo nos livros muito grossos os quais deveria
ler muito rápido. Kyyduh podia correr, escalar e levantar, mas não
conseguiam se concentrar o suficiente em seu comandante para aprender quando
correr, escalar e levantar.
Kyyduh deixou a academia no final de seu vigésimo
verão. Com o pouco dinheiro que restaram de seus pais, reservou passagem
em uma nave até onde seus créditos lhes permitiam e acabou nos arredores da
Terra Santa. O Pahtra fez muito trabalho manual lá, ouvindo outros
pahtras e vesks mais inteligentes discutindo coisas como a biologia do
crescimento das plantas, as implicações geológicas do magnetismo na flora, os
efeitos da radiação na fauna. Os cientistas foram genuinamente simpáticos,
mesmo os vesks (talvez especialmente os vesks), e explicavam o que
estavam falando para Kyyduh de uma maneira que pudessem entender.
O acampamento estudava a restauração da Terra Santa. Foi financiado pelo
Veskarium — mas o que não é, em Pulonis? Apenas cerca de metade de suas
descobertas chegaram ao Comando 6, enquanto o resto parecia ir para Hafrerren
ou apenas para lugares aleatórios ao redor do Shriek. Kyyduh aprendeu
sobre plantas, animais, rochas e, mais importante, aprendeu sobre Pulonis e
outros planetas. Aprendeu sobre tempestades e o Shriek, e se apaixonou
pelo som dos ventos gritando e da chuva batendo.
Então, quando o acampamento precisou de alguém para
voar em uma terrível tempestade para recuperar algum equipamento valioso, Kyyduh
já estava no rastreador da ravina, pronto para partir. Um dos cientistas,
uma mulher pahtra mais velha chamada Nayawsa, que muitas vezes se preocupava
com Kyyduh e se certificava de que se lembrassem de comer, deu-lhe um olhar
preocupado antes de colocar um amuleto de Meyel em volta do pescoço e dizer-lhe
para ficar seguros. Kyyduh deu seu famoso sorriso confiante e saiu
correndo na chuva.
A viagem foi mais longa do que o pahtra
esperavam. Apesar dos equipamentos à prova de intempéries, a chuva entrou
entre as camadas. Não havia nenhum animal em uma tempestade tão selvagem,
mas havia muitas árvores que não podiam ser vistas até que estivessem quase
cara a cara. Kyyduh achou fácil se concentrar quando toda a atenção era exigida
para manter a nave equilibrada e não bater em algo. O Pahtra Llcalizou o
equipamento, o carregou e voltou. Os cientistas irromperam em
aplausos. Todos comemoraram mais tarde naquela noite e Kyyduh foi cercado
por calor, boas bebidas e amigos.
Isso se tornou sua nova norma. Durante as
tempestades, coletava equipamentos, verificava animais, coletava amostras e
certificavam-se de que tudo no acampamento continuava funcionando. Achou fácil
manter o foco, e sua mente finalmente parou de se mover a um milhão de
quilômetros por hora o suficiente para conseguir entender as coisas
quando estava cavalgando pelas florestas na chuva. Kyyduh desenvolveu um
talento especial para ser capaz de dizer o quão ruim seria uma tempestade
enquanto se formava, captando o movimento das nuvens e a velocidade do
vento. Podia sentir a umidade do ar antes que os instrumentos começassem a
tocar e foi incluído nas reuniões matinais sobre preparação e missões.
As coisas mudaram quando Kyyduh fez uma viagem
através de uma forte tempestade de raios até a beira do Shriek. A sua
atenção se desviou quando sentiu um hymothoa por perto e apertou os controles,
batendo em uma árvore enorme pela qual passara mil vezes. O mundo ficou
escuro. Acordou algumas vezes com a sensação das plantas ao seu redor, das
trepadeiras ao longo de seus pelos, de seus amigos examinando-o com olhares
preocupados.
Quando finalmente voltou a si, Kyyduh
estava diferente. Podia sentir isso. Abriu mais olhos do que se
lembrava ser possível; se olhou no espelho e viu em choque uma feição
de planta em seu corpo. A perna estava diferente agora, mas essa foi a
mudança menos surpreendente. Um movimento de sua mão e seu braço inteiro
se transformou em uma garra gigante e depois voltou. Passou um tempo com
seus amigos aprendendo sobre sua forma, descobrindo que poderia adaptar suas
novas mudanças interagindo com novas plantas, mudando seu corpo e seus novos
aprimoramentos biotecnológicos por capricho para se adequar melhor a todos os
tipos de cenários.
Flexibilidade. Adaptabilidade. Mudar. Evolução.
Descobriu que podia mudar de amigos também, e
quando os militares apareceram para fechar o acampamento ilegal, bem, Kyyduh
usou suas habilidades para ajudar todos a fugir antes de partir para a floresta
para escapar do mundo. Manteve o encanto de Meyel, no entanto, como um
lembrete de um tempo antes do Veskarium colonizar seu mundo.
Kyyduh encontrou novos amigos e
companheiros. Hoje, mantem sua atitude descontraída, sua tendência de
brincar quando as coisas ficam tensas. Ainda luta para se concentrar em
situações em que está totalmente fascinado por algo e sua impulsividade é
piorada quando evoluem muito, muito rapidamente. A falta de um filtro pode
levar a cair de cabeça em situações difíceis, mas sua genuína boa natureza e
vontade de proteger os outros o salva com a mesma frequência com que a armadura
grossa que aparece em seu corpo quando é ameaçado. No final do dia, sabe
que está cercado de amigos e sabe que tem um mundo natal que sempre fará parte
dele, de corpo e alma.
-
Shay Snow
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