WotC implementa revisão cultural após
inclusões racistas de Spelljammer
Dungeons & Dragons anunciou a reformulação seu
processo de criação de livros em uma tentativa de excluir material
potencialmente insensível antes dos livros irem para a impressão. Chris
Perkins, designer sênior de histórias da Wizards of the Coast postou em 10 de
novembro no site D&D Beyond (link) uma descrição das revisões de
inclusão e como isso melhorará os futuros lançamentos da editora.
Essa mudança foi necessária após a inclusão de materiais
culturalmente insensíveis e racistas no livro Spelljammer: Adventures in Space no
início deste ano. Fãs e jogadores, especialmente ligados à questões de
preconceito racial, criticaram uma descrição do símio Hadozee, entre outos
pontos. O novo processo de revisão de inclusão afetará todos os lançamentos
futuros, bem como reimpressões começando com um novo lote de livros da caixa de
Spelljammer que não inclui mais o material ofensivo. Perkins disse
que nenhuma dos materiais foi previamente “revisada por especialistas em
cultura”.
Enquanto a consultoria cultural era normalmente
realizada a critério dos líderes de produto, a Wizards of the Coast está
testando uma nova estrutura na qual os consultores culturais revisarão o
material em vários pontos durante a produção, incluindo pelo menos uma vez
durante a criação do texto, criação da arte e revisão final. Os consultores
culturais então entregarão seus relatórios à liderança de um estúdio, que
criará um plano para implementar o feedback. Esse plano é devolvido aos
consultores e a um produtor executivo, que devem aprovar as alterações
propostas antes de serem finalizadas no texto. Qualquer material novo é
submetido a este processo separadamente.
“O novo processo do estúdio exige que cada
palavra, ilustração e mapa sejam revisados por vários
consultores culturais externos antes da publicação”, escreveu Perkins no post. “Não queremos que nossos funcionários ‘marginalizados’
sejam sobrecarregados com a tarefa de revisar o conteúdo para competência
cultural. É por isso que aproveitamos a experiência de consultores
culturais externos.”
Ainda não está claro se esses consultores serão
considerados freelancers, trabalhadores contratados ou algo mais permanente
dentro da estrutura de desenvolvimento da WotC. A postagem de Perkins também
não declara explicitamente em quanto eles serão pagos por seu trabalho ou se
seus nomes serão incluídos nos créditos - isso muitas vezes não foi o caso de
livros anteriores, aventuras e outros suplementos. De qualquer forma Perkins
parece esperançoso de que o processo de revisão de inclusão freie o material
culturalmente insensível e racista desde o início, removendo o ônus e desgaste da
sinalização de erros óbvios por parte da base de jogadores.
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