Com Pathfinder
Remaster temos o afastamento
definitivo de tudo o
que lembrava D&D
E
pelo visto a PAizo foi plenamente bem-sucedida em sua tentativa de se afastar
definitivamente dos últimos vestígios de D&D. Recentemente tivemos o lançamento
de Player Core e GM Core, os novos módulos básicos para Pathfinder em sua
versão Remaster. Vamos entender isso.
Quando
as alterações propostas para a licença aberto de D&D vazaram em
janeiro gerando uma enorme polêmica e comoção na comunidade rpgística, o
diretor de criação e editor da Paizo, Erik Mona, disse que a notícia
impulsionou uma aposta no cronograma de lançamento da empresa para todo o ano
de 2023. A Paizo já estava se afastando de sua dependência à OGL desde o
lançamento do Pathfinder Segunda Edição (ou apenas P2e), mas a Wizards of the
Coast abalou a comunidade ao tentar gerar e impor uma licença mais restritiva e
dracônica à todos aqueles que geravam conteúdo ou criavam dentro de suas
premissas. No raciocínio da Paizo, evitar futuros conflitos jurídicos exigiria
mais do que apenas algumas erratas. Isso trouxe muitas novidades, como o
Remaster e a ORC.
“Decidimos
que realmente precisávamos tentar novamente a republicação das regras básicas,
o que começamos imediatamente. Algumas semanas após a crise da OGL, iniciamos
dois projetos. Um era o projeto Pathfinder Remaster, que alinharia as
regras dos derivados OGL, e o outro era uma nova estrutura de jogo aberta”,
disse Mona em uma entrevista recente ao site Polygon. Assim, em 15 de
novembro, a Paizo lançou os primeiros livros baseados nessa nova concepção. Embora
a base do P2e permaneça intacta, os desenvolvedores se debruçaram
sobre todas as regras para eliminar a chance de futuros conflitos de
licenciamento com a Wizards.
Isso
significou mudar os nomes de tudo, desde a mecânica (como trocar a condição de
surpresa do D&D da edição 3.5 para desprevenida) até mudar o nome de
idiomas fictícios específicos do D&D (como a língua nativa do elemental do
fogo, conhecida como Ignan, que o Pathfinder agora chama de Pyric). Até
mesmo as ancestralidades dos personagens, como tiefling e celestial, tiveram
que ser colocados em um novo conceito.
Nem
mesmo o urso-coruja escapou. “Não sei se há alguma proteção em juntar uma
coruja e um urso e chamá-lo de urso-coruja, mas esse é claramente um monstro
que D&D coloca muito prestígio. Estamos indo um pouco mais longe para
tornar a distância entre Pathfinder e D&D ainda mais clara”, disse
Mona.
Todo
esse processo também ofereceu uma oportunidade para um novo uso da criatividade. Mona
disse que ao longo dos 15 anos de história da Paizo, a editora se agarrou em
grande parte ao modelo de dragões cromáticos e metálicos de D&D devido à
nostalgia, não fornecendo muito desenvolvimento extra para um dos monstros mais
icônicos de toda a fantasia. Segundo Mona, “Agora estamos inventando um
monte de novos dragões que se enquadram nas regras do Pathfinder, no sentido de
que cada dragão está conectado a uma das fontes de magia: arcana, divina,
oculta ou primitiva. À medida que continuamos a escrever aventuras, elas se
tornarão uma parte muito mais importante da marca Pathfinder.”
Particularmente,
embora gostasse muito do que tínhamos em Pathfinder 2e, o Core está me enchendo
os olhos e agradando muito. Já estava na hora desse afastamento sadio e com isso
não temos limite para o que teremos em nossas estantes em seus novos livros!
Um comentário:
Concordo, agora dá vontade de adquirir o material do PF sem a sensação que ta vendo um D&D 3.75 revisado...
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