Mutantes &
Malfeitores 3ed
Campanha: Terra 38 na
DC
Sessão 01 – Primeiros
Passos (Parte 2: O teste)
Para
todos os lados que Sky olhasse tudo lhe chamava a atenção de forma
extraordinária naquela sala de reuniões... principalmente os próprios heróis da
Liga da Justiça que conversavam reservadamente afastados – a Superwoman [Kara
Denvers], a Mulher Maravilha [Donna Troy], Batman [Tim Drake], Lanterna Verde
[Jéssica Cruz], Arqueiro Verde [Connor Hawke], Super Choque [Vergil Hawkins] e
Starman [Jack Knight]. Era como se os pôsteres da parede de seu quarto tivessem
ganhado vida.
Ela
levou alguns instantes para finalmente notar os outras pessoas na sala, jovens
que estavam sentados na mesa, logo lhe fazendo supor serem outros aspirantes à
membros. Sky se sentou na única cadeira vazia e ficou apenas observando os
outros, que iam conversando entre si. Ela não reconhecia quem eles eram. Ter
ficado treinado no Kansas desde que voltara não a ajudou a conhecer as novas
gerações. Quanto mais ela os observava, mais ela sentia aquilo tudo não passava
de um mal-entendido.
Quando
a reunião iniciou, comandada pelo próprio Batman, ela descobriu a identidade
dos outros jovens que foram formalmente apresentados. Eram cinco heróis que
embora jovens, já tinham experiência – Klaus, um clone do Superman que usava o
nome de Super Boy; Josh, o filho do
Lanterna Verde e usando o mesmo nome de seu pai; Jake, que usa o nome de Red Web
e que vinha de Gotham; Azrael, um rapaz bem mal-humorado e marrento; e Retalho.
Quanto mais ela via quem eram eles, mais ela se sentia deslocada.
“Vocês
já devem ter sido informados do motivo de terem sido convidados para virem aqui”
– Batman dizia de forma fria e clama, e ainda assim intimidante – “vocês
passarão por um teste inicial e se demonstrarem ser aptos... bem, receberão
algumas missões.”
Sky
olhava para os outros que pareciam bem tranquilos e acostumados com aquilo.
Enquanto isso ela estava apavorada, embora se esforçasse para não demonstrar
nada.
Ao
final das orientações todos foram levados para um enorme ambiente que servia
como uma sala de treinamento. Muitos metros acima do chão, de uma espécie de
sacada que deveria ser uma sala de controle, Batman e alguns dos outros membros
da Liga observavam nós seis no centro da sala.
“O
teste é bem simples. Uma série de adversários simulados como Amazo serão soltos
na sala... os destruam” – ordenou Batman secamente.
“Só
isso? Não está muito fácil?” – gritou o Super Boy em tom de desafio,
querendo bancar o engraçado.
Sky
estava quase enfartando e ele dizendo que estava fácil demais. Realmente ela
tinha certeza de que estava no lugar errado.
“Fácil?
Ok.” – nitidamente Batman apertou alguns botões no painel de controle e
todo o ambiente mudou. Do nada imagens simulando prédios surgiram gerando um
clima sombrio – era o famoso Beco do Crime, em Gotham. Os Amazos, dois para
cada um de nós que antes estavam ao nosso redor, estavam agora espalhados por
sobre os prédios e ao longo das vielas. Bem no centro do beco, uma família de
quatro pessoas inocentes e apavorada. “Destruam os Amazos. Salvem as
pessoas. Qualquer morte de uma das quatro pessoas e todos vocês perdem. Está
bom assim? Comecem!”
Tão
logo Batman deu a ordem para iniciarem e Sky percebeu os jovens partirem para o
combate, passando rapidamente por ela e se jogando contra os Amazos. Golpes era
trocados em um combate franco. Ela permaneceu uns instantes parada, não por
medo, mas abismada com o que estava acontecendo.
Como
assim? Sem plano, sem conversa, sem preparação ou coordenação – pensou
Beatrice boquiaberta, enquanto se lembrava do treinamento no Shelter, com a
Patrulha do Destino. Clifford Steele, em suas aulas de tática lhe orientava até
a exaustão – sempre que possível avalie a cena, organize as prioridades e só
então aja. Eles estão agindo apenas com os punhos e sem usar o cérebro...
típico.
Enquanto
os outros estavam preocupados em destruir algo e mostrar para os colegas quem
era o mais “heroico”, Sky avaliou que a prioridade eram as quatro pessoas
inocentes bem no meio daquela ação. Além disso sempre ser uma prioridade –
salvar vidas –, um disparo que os atingisse, mesmo que por acidente, e todos eles
falhariam no teste.
Sky
olhou rapidamente ao redor e percebeu uma porta lateral atrás do que deveria
ser o Teatro Municipal de Gotham. Ela correu em direção da simulação da família
desesperada, lhes indicando o caminho a seguirem enquanto tentava cuidar da retaguarda.
Enquanto isso, o combate seguia atrás dela. As criaturas, mesmo em maior
número, estavam sendo derrubadas. Azrael era uma máquina de destruição, assim
como SuperBoy, enquanto o Lanterna Verde e RedWeb eram funcionais e pontuais em
suas ações.
Sky
continuava tentando salvar a família, mas quando eles estavam prestes a chegar
na porta, um dos Amazo notou a movimentação e disparou na direção deles ao
replicar o poder de Sky. Por instinto Sky se tornou intangível, percebendo o
ataque passando por seu corpo em direção à família. Por uma fração de segundo
ela simplesmente pragueja, ao mesmo tempo que um vulto azul surgia atrás dela
recebendo impacto do ataque e salvando a família – SuperBoy.
Sky
lançou um olhar de agradecimento ao novo colega ao mesmo tempo que se virou
para o Amazo que a atacou com fúria nos mesmos olhos. No seu íntimo ela sabia
que aquelas pessoas eram apenas uma simulação, mas mesmo assim ela não conseguia
controlar a raiva de que aquela coisa ter realmente buscado atingir inocentes.
Beatrice
mirou o olhar na simulação de Amazo que flutuava à sua frente e ele
simplesmente explodiu como se tivesse sido atingido por algo enorme e massivo.
Não só isso. Ela percebeu que usou ainda mais força do que considerava ser capaz
de usar. Instantaneamente lembrou das palavras ditas pela Mulher Negativa mais
de uma vez – “Menina, você precisa aprender a controlar essa raiva!”.
Bom, agora era tarde, mas tinha certeza que ouviria outro sermão dela quando
ela descobrisse isso.
No
fim, os inocentes escaparam e os Amazos foram destruídos. De volta à sala de
reuniões, enquanto alguns membros da Liga os receberam com congratulações,
Batman, seco como sempre, encaminhou a continuação das orientações - “Vocês
conseguiram. Particularmente eu achei o teste muito simples. Por mim vocês
apenas me enfrentariam junto da SuperWoman e aqueles com menos ossos quebrados,
se houvessem, passariam, mas me proibiram tal teste.” Alguns poderiam achar
que isso era alguma piada, mas Batman não fazia piadas... nem esse, nem o
anterior.
Beatrice
ainda se sentia assistindo à um filme de seus heróis preferidos quando Azrael
simplesmente levantou, se encaminhando para a porta de saída – “Eu tô
fora... não preciso disso e não estou disposto a me tornar um membro do
exército particular de brinquedo do Batman... Não se incomodem, eu sei o
caminho para fora.”
Impassível,
Batman apenas acompanha com os olhos a saída do irritadiço jovem herói, antes
de virar sua atenção para SuperChoque que se defende – “sim, eu o recrutei
pois achava que sua atitude melhoraria com um pouco de interação... acho que
errei feio!”
“Bom,
precisamos de mais um” – declara Batman – “vamos chamar Aquaman, o jovem...
ou melhor, vocês vão chamá-lo!”
Sem
muitas explicações o grupo recebeu a segunda parte do teste – convidar um jovem
Aquaman, Kaldur’ahm, a se juntar à eles. Teriam de ir até Atlântida e falar com
a Rainha Mera para isso, reestabelecendo uma comunicação perdida à quase dois
anos. Sky ficava espantada como Batman falava esse tipo de coisa como quem diz
que vai até a esquina comprar um sorvete.
Passando
um dos portais da Liga, o grupo de jovens chegou ao litoral da California, o
local mais próximo da localização atual de Atlântida. A jornada foi tranquila e
rápida, embora olhar de frente e de perto uma lenda viva como a rainha Mera
tenha sido uma experiência indescritível para Sky. Além disso, saber que ela é
uma usuária de magia acendeu uma luzinha em sua cabeça de que ela poderia ser alguém
que lhe trouxesse respostas sobre o que aconteceu com ela e sobre seu poder que
todos dizem ser mágico... ou mesmo sobre aquele livro que a persegue. De
qualquer forma, ir até Atlântida não resolveu o problema dela e de seus novos
colegas – encontrar este novo Aquaman e convidá-lo para a Liga – pois ele
estava fora em missão.
Através
de uma comunicação mágica realizada por Mera, Aquaman foi localizado em Cost
City em meio à uma investigação quanto ao surgimento de alguém causando problemas
na superfície parecido com o Aquaman original. A investigação o havia levado
até aquela cidade e, após uma conversa rápida, os jovens decidiram rumar para
lá para conversar com ele pessoalmente.
Encontrar
o jovem Aquaman não foi tarefa difícil para eles. Ao sair do portal foi só
seguir as notícias do conflito na cidade até chegar à um enorme galpão no porto,
onde Aquaman enfrentava uma série de capangas com máscaras no melhor estilo
Arraia Negra. Com a intervenção de RedWeb e SuperBoy, rapidamente todos foram
nocauteados. Sky só olhava num misto de surpresa com a rapidez com que seus
colegas se colocavam em ação, e espanto de como eles são incapazes de conversar
e programar algo antecipadamente. Isso era um perigo.
A
chegada do grupo surpreendeu Aquaman, que agradeceu a ajuda. Ele explicou que estava
investigando as notícias do surgimento do Aquaman até esse galpão recheado de
capangas de um tal Senhor dos Mares, e que ele acreditava que o Aquaman que
havia surgido era um clone. Só faltava descobrir onde encontrar a base desse
Senhor dos Mares. Foi explicado para ele porque a Liga os enviou e que o ajudariam
para resolver esse problema rapidamente.
Depois
dos capangas devidamente amarrados e a polícia chamada para recolhe-los, a
leitura mental do SuperBoy indiciou nosso próximo passo – Molokai, uma ilha próxima
à Honolulu, no Hawaii, onde estaria a base do senhor dos Mares. Esse seria a
próxima parada nessa jornada iniciada a poucas horas para Sky.
Anteriores:
Sessão 1 - Parte 1 - link
2 comentários:
Irru começou pegando fogo ja. São quantos jogadores na mesa?
Por enquanto são quatro jogadores (eu com Sky, RedWeb, Lanterna Verde e SuperBoy), mas devem entrar mais dois
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