Edgerunners Mission Kit para
Cyberpunk Red une o RPG à animação

 

Embora tenha havido naturalmente muita atenção dedicada a Dungeons & Dragons este ano por causa do 50º aniversário, também é bom ver outros jogos clássicos retornarem ao foco do público. Cyberpunk 2077 teve um lançamento instável, mas não apenas sobreviveu, ele prosperou desde então graças a um fluxo constante de atualizações e uma DLC completa com um enredo de suspense tecnológico. Por sua vez Cyberpunk RED segurou o lado do RPG de mesa ao apresentar a uma nova geração de fãs os arrepios e emoções de Night City usando uma versão ligeiramente atualizada das regras clássicas de Cyberpunk. O mundo mais amplo recebeu uma dose do que torna o jogo tão resiliente por meio da série de anime de sucesso - Cyberpunk Edgerunners na Netflix.

É essa mídia vinculada que fecha um pouco o círculo com o grande lançamento de R. Talsorian na GenCon. Cyberpunk Edgerunners Mission Kit oferece uma chance para os fãs dos RPGs de mesa se divertirem na última iteração de Night City com personagens projetados pelo estúdio que criou o anime. Os designers Mike Pondsmith, James Hutt e J Gray montaram um pacote brilhante que ainda destaca os cantos escuros do mundo Cyberpunk. Vamos descobrir o que nesse kit.

O primeiro de três livretos, Edgerunner's Handbook analisa o ambiente em Night City no ano de 2077. O manual inclui uma breve visão geral do cenário de Night City em 2077. Inclui elementos do videogame original, da DLC Phantom Liberty e do anime. Embora não diga oficialmente quando é definido, com base na aventura incluída e no potencial para finais diferentes no videogame, o conjunto fica localizado entre o anime da Netflix e o videogame. Não sei se se preocupar com o cânone importa neste cenário porque tudo parece bastante estático. Arasaka e Militech são os grandes vilões corporativos com todos circulando ao redor deles como peões em suas intrigas corporativas. Isso não torna o cenário menos divertido, já que as corporações sempre saindo por cima é um tema recorrente no jogo.

A maior mudança no cenário de Cyberpunk Red é a onipresença dos neuroportos. Quase todo mundo tem um desses instalados em 2077, permitindo que façam ligações telefônicas, monitorem suas condições de saúde, insiram fragmentos de dados e se conectem fisicamente a computadores. Não ter um é o equivalente aproximado de não ter um smartphone em nossa sociedade. Ele também permite que os netrunners façam um pouco mais durante um trabalho do que apenas hackear masmorras virtuais.

O livro de regras cobre essa grande mudança onde as pessoas podem ser afetadas por hacks rápidos. Um netrunner agora pode causar um curto-circuito no cyberware inimigo, prejudicar seus movimentos e até mesmo reiniciar seu cyberbrain durante o combate. Isso dá aos netrunners ainda mais motivos para sair da van durante um trabalho e as regras simples do cyberpunk lidam com essas coisas elegantemente. Há também mais discussão sobre humanidade e sua transformação, semelhante ao que você vê em Vampiro: A Máscara. É interessante como o anime Edgerunners fez da humanidade mais do que apenas um número para ver quantas coisas você pode instalar em seu personagem.

O conjunto em caixa também contém personagens pré-gerados, mapas de batalha e dados. Os designers fizeram a escolha interessante de deixar os jogadores personalizarem os pré-gens. Esta é umas das coisas mais interessantes na criação de personagens Cyberpunk e é uma ótima maneira de fisgar novos jogadores. Normalmente jogadores não se importam muito com armas grandes ou cyberwares legais; eles querem saber sobre ex-amantes e aliados em apuros que dão vida à cidade. Para os fãs de Cyberpunk Red, tudo isso é cem por cento compatível com o jogo antigo. Mesmo que você não tenha interesse na atualização do cenário, ainda há muitas regras, pessoas, lugares e coisas que podem facilmente se encaixar em 2045. Os Mestres poderiam facilmente escrever uma aventura sobre pegar um protótipo de um dos equipamentos comuns em 2077 e, desta vez, deixar os jogadores ficarem com o dispositivo.

O último livreto é The Jacket, que é a aventura principal do conjunto. Ela é um excelente exemplo do sistema de Cyberpunk, incluindo um fluxograma na contracapa mostrando aos novos Mestres onde a história deve fluir a seguir. A aventura coloca os jogadores na caça por um McGuffin e dá às outras partes interessadas nele uma grande variedade de motivações que farão com que decidir quem o receberá seja uma escolha difícil de fazer. Para alguns é pessoal, para alguns é profissional e para alguns é lucro. Descobrir quais desses motivos são mais importantes para seus Edgerunners é uma ótima maneira de começar uma nova campanha.

Para adquirir Cyberpunk Edgerunners Mission Kit, acesse a página da editora R. Talsorian Games AQUI!