segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Review de Trilha de Aventuras Starfinder - Contra o Trono Aeônico: O Alcance do Império!

Review de Trilha de Aventuras Starfinder
Contra o Trono Aeônico: O Alcance do Império!


Como todos devem saber estamos com o financiamento coletivo de Starfinder Arquivo Alienígena em andamento (já financiado e restando cerca de cinqüenta dias de andamento - link) e uma de suas metas extra são as três partes da trilha de aventuras Contra o Trono Aeônico. Para aproximar os fãs e futuros apoiadores dessa segunda trilha de aventuras, lançarei aqui resenhas sobre cada uma de suas três partes em três postagens.

Contra o Trono Aeônico é uma trilha de aventura (adventure path) para Starfinder dividida em três partes: O Alcance do Império (#7 no geral de trilhas de aventuras de Starfinder), escrito por  Ron Lundeen; Fuga da Lua-Prisão (#8 no geral), escrito por Eleanor Ferron; e A Aposta do motor Rúnico (#9 no geral), escrito por Larry Wilhelm. Esta trilha de aventuras inicia com personagens em 1º nível e pretende termina com personagens em 6º nível

Para quem já acompanha as trilhas de aventuras de Starfinder e Pathfinder sabe que uma de suas marcas registras é a divisão em seis partes. Curiosamente Contra o Trono Aeônico possui três partes. Isso é ruim? Eu considero que não, tanto por ser mais rápida quanto por ser menos intimidante. Ora, uma aventura com seis partes e quase trezentas páginas sempre assusta um pouco mestres e jogadores. 

Como de costume nas trilhas de aventuras cada volume possui uma estrutura específica. A aventura em si ocupa um pouco mais da metade do volume em sua parte inicial. O resto do livro é composto por material de apoio e para enriquecimento do cenário. Vamos ver isso por partes e com cuidado para não darmos spoilers.

A Aventura
Os personagens dos jogadores formam a tripulação de uma nave de transporte. O motivo de estarem trabalhando juntos depende da decisão dos próprios jogadores. Não há nenhuma especificidade a ser seguida aqui, os jogadores estão livres para criar sua história justificando os motivos de estarem juntos. O importante é que essa nave foi contratada para realizar uma entrega de suprimentos na colônia Madelon’s Landing, no planeta Nakondis, na Vastidão. A contratante, a AbadarCorp, fornece os suprimentos que serão entregues e que renderão um pagamento de 4.000 créditos quando da entrega. Mas nem tudo é dinheiro. Há também um elemento pessoal nessa empreitada. Um amigo em comum do grupo – o andróide Cedona - é um dos colonos e os personagens querem unir o útil ao agradável. Mas ao chegarem à colônia as coisas não saem como imaginado. O grupo descobre que a colônia está ocupada por uma força do império Azlanti. O motivo de tal invasão foi uma antiga nave estelar Azlanti descoberta na colônia e tanto a nave quanto seu amigo Cedona foram levados pelas forças Azlanti. O grupo agora precisa libertar a colônia e descobrir como chegar ao seu amigo.

Essa é a premissa inicial desse volume dessa trilha de aventuras. Dentro dela as mãos habilidosas de Ron Lundeen criam uma aventura que vai em um crescendo que culminará na edição seguinte. Ela tem uma ótima e marcante divisão de atos, indo desde a colônia até uma ação em uma nave espacial. As temáticas escolhidas para ligação dos personagens à ação – não vou entrar em detalhes para não estragar as surpresas – cairão facilmente no gosto dos jogadores. Além disso, está muito bem balanceado o grau de dificuldade desse primeiro volume. Normalmente aventuras para 1º nível tendem em ser ou muito fáceis, diminuindo a diversão, ou muito difíceis. Aqui temos uma aventura com dificuldades adequadas. O final do volume acontece em um momento de clímax acompanhado de uma pausa necessária na vida dos personagens, pausa essa principalmente importante para atrelar a eles às mudanças possíveis e tão significativas da subida de nível. Outro ponto importante nesse primeiro volume é a quantidade de novas informações que vão sendo disponibilizadas sobre o império estelar Azlanti. À cada nova informação temos uma enxurrada de idéias e plots para aventuras autorais possíveis.

Os Artigos
Como de costume a segunda parte desse volume é composta por uma série de artigos de apoio à aventura em si e, principalmente, de enriquecimento do cenário. O primeiro artigo, de autoria de Ron Lundeen, é Nakondis Colony. Aqui é detalhada toda a região onde está localizada a colônia Madelon’s Landing com suas especificidades, relevo e características. Os principais pontos relevantes da região ganham informações para que possam ser usadas nessa ou em outras aventuras. A colônia em si tem seu mapa detalhado com informações que propiciarão ao mestre uma excelente ambientação da aventuras. Completando este artigo temos um novo tema para Starfinder – o Colonist.

“Você tem o espírito de um pioneiro inextinguível, combinado com o treinamento e a força necessários para criar uma nova vida para si e para os outros no deserto. Embora você seja do tipo que faz tudo sozinho na fronteira, provavelmente faz parte de um pequeno grupo de colonos. Você pode estar se preparando para sua primeira viagem ou pode ser um veterano grisalho que já ajudou a fundar várias colônias de sucesso.”

O próximo artigo é dedicado ás naves do império estelar Azlanti. Escrito por Liz Liddell, o artigo Ships of the Star Empire detalha novos elementos para naves azlantis. São 2 novos sistemas, 4 novos compartimentos de expansão (incluindo unidades de êxtase), 1 novo drone (o Klokworx Drone [ranqu 1/4]), 8 novos armamentos e 7 novas espaçonaves (incluindo o mortal Sovereign Vindicator [ranque 18]).

O Archive Alien é especialmente asqueroso... no bom sentido. Artigo escrito por um quarteto de peso composto por Patrick Brennan, Ron Lundeen, Joe Pasini e Owen K.C. Stephens. São, como de costume, sete criaturas. Como destaque temos os Enddifians com traços raciais para que possamos criar NPCs e até mesmo jogadores (por que não), mas o meu preferido é o apavorante Carrion Dreg... faz páreo com qualquer monstros de cthulhu pela sua aprência!

Por fim temos, também como de costume, o Codex of teh World. O local de destaque da vez é o próprio planeta Nakondis. Mais um local da Vastidão para enriquecer nossos bancos de dados. O artigo escrito por Ron Luddeen consegue em sua única página nos deixar vividamente conhecendo um planeta que pode ser palco de tantas outras aventuras.

Para fechar com chave de ouro temos mais uma nave incrível nas contracapas dessa trilha de aventuras – uma Vanguard Voidsweeper (ranque 2). Nave azlanti de exploração para até 6 tripulantes que poderia ser a nave qualquer grupo iniciante.

Final
Não quero chover no molhado, mas esta trilha de aventuras é sensacional. Eu poderia dizer, sem medo de cometer um exagero, de que se você nunca jogou uma trilha de aventuras de Starfinder, está é perfeita para ser sua primeira. Além disso, o material extra que vem nela é perfeito para quem pretende enriquecer seus conhecimentos (e por que não servir de fonte para suas próprias criações) sobre este maravilhoso local chamado de Vastidão.



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