Belas Maldições
O que acontece se juntarmos um
dos maiores autores de fantasia, responsável por nada menos que a concepção de
Discworld, com outro dos maiores autores de fantasia e quadrinhos, responsável
por nada menos que Sandman e Morte? A resposta existe ... Unindo Neil Gaiman e Terry Pratchett o resultado é “Belas Maldições”.
Por mais de uma vez eu quase
comecei a ler este livro, mas acabava desistindo por algum problema: leituras
atrasadas, compromissos profissionais. Além de que ele, por algum tempo, não
foi fácil ser achado nas livrarias. Mas agora, na primeira oportunidade em
juntar fome e vontade de comer eu não perdi a oportunidade e o estou devorando
nos últimos três dias.
Mas voltando ao livro...
O livro trás tudo o que de melhor
dois autores ingleses poderiam nos proporcionar entre um humor negro refinado,
ácido e sarcástico, simbolismos sinuosos que vão do hilário ao absurdamente
estranho moldando cada página e nos deixando ansiosos por cada novo capítulo.
O tema, embora dos mais clássicos
de todos os tempos – o apocalipse - é apresentado de forma muito sugestiva,
debochada e cômica, mas sem perder a inteligência e o requinte. Um apocalipse
com data e hora marcadas, literalmente, coloca lado a lado uma dupla improvável
– Crowley, a serpente que tentou Eva no paraíso, e Aziraphale, um anjo. Ambos
na Terra à milhares de anos não estão nada satisfeitos com o fim se aproximando
e resolvem intervir. Como é de se esperar esta intervenção não poderia sair
direito.
O livro foi lançado no Brasil
pela Bertrand Brasil e atualmente pode ser facilmente encontrado.
“O Apocalipse nunca foi tão divertido... Os Srs Gaiman e
Pratchett
devem ser parabenizados: a parceria produziu uma estrondosa
brincadeira com o apocalipse, transbordando de alegre insensatez”.
Clive Barker (escritor e diretor de filmes como Hellraiser)
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