Entenda Return to Ravnica
Com
o anúncio da chegada da nova série de Magic: The Gathering, “Returno to Ravnica”,
muito material tem sido apresentado sobre o cenário. Sabemos que a muitos anos
Magic deixou de ser um simples cardgame e virou um universo, denso e complexo,
cheio de personagens e com uma história própria.
Aqui
no Brasil ele é lançado pela Devir em português desde a sua quarta edição, nos primeiros
anos da década de noventa (antes ele chegava aqui em sua versão inglês, mas
também distribuído pela Devir). Como grande distribuidora que é a Devir não
deixa para menos e lança regularmente muito material para os fãs acompanharem e
entenderem o universo de Magic. Abaixo eu estou postando a primeira parte que
apresenta esta nova edição e que foi mostrado no site da editora neste endereço
AQUI!
Ravnica
é tão vasta que seu mundo é coberto por sua paisagem urbana. Este mosaico de
torres Góticas, pátios pavimentados, antigas ruinas e perigosos cortiços é o
lar de uma incrível diversidade de raças e culturas. Desde o pequenino inseto
rastejando através do Submundo ao majestoso dragão voando no horizonte, uma
imensurável população reside nesta metrópole. Um viajante pode gastar uma vida
inteira percorrendo mercados a céu aberto onde se pode encontrar de tudo para
vender, inspiradoras catedrais que dominam o horizonte ou riquíssimos museus
exibindo achados arqueológicos de uma antiga Ravnica. Todo tipo de lugar pode
ser encontrado nesta cidade havendo um enorme contraste entre lugares como o
austero e imaculado Senado Azorius e a caótica favela daqueles que não possuem
nada nada. Acertos nos becos, sindicatos criminosos e o mercado negro estão por
toda Ravnica, mas o real poder reside mesmo nas guildas.
Plains | Art
by Richard Wright
A
fundação do poder em Ravnica reside nas dez guildas, cada uma com sua própria
identidade e função cívica. As guildas existem há séculos e suas histórias se
embrenham numa teia de guerras, intrigas e maquinações políticas conforme o
controle de todo o plano é disputado. Enquanto os lugares selvagens foram
sumindo sobre camadas de pedras trabalhadas, os recursos naturais se tornaram
cada vez mais escassos e cada guilda estabeleceu sua própria esfera de
influência. Por milênios um acordo mágico chamado o Pacto das Guildas ajudou a
sustentar uma relativa paz no plano. Durante um tempo esse Pacto das Guildas
foi dissipado e a relação entre as guildas se tornou um caos. Mas dez mil anos
de cultura e divisão de deveres de se reafirma por si só e novamente as dez
guildas reinam dominantes. No entanto a tensão entre elas está crescendo
novamente e rumores de problemas já são ouvidos desde os santificados salões
das guildas até as rusticas tavernas dos cidadãos sem guilda.
Art
by Nic Klein
O
planeswalker Jace Beleren fez de Ravnica seu lar adotivo, mas ele não é o único
planeswalker a passar por esse diferente e complexo plano. Tezzeret, Garruk
Falabravo, Liliana Vess, Gideon Jura e Chandra Nalaar já estiveram todos por
aqui, além de mais um planeswalker nativo do plano, todos atraídos pelos
segredos e possibilidades de Ravnica.
O povo comum de Ravnica é ignorante quanto à existência dos
planeswalkers, mas alguns seres são tão antigos que já encontraram pessoalmente
alguns deles. Este é o caso do dragão Niv-Mizzet, parun e líder de guilda da
Liga Izzet. Após anos ausente, o antigo dragão retornou ao seu ninho e
recentemente direcionou sua guilda a um frenesi de projetos e pesquisas que
ninguém a não ser ele mesmo compreende. Mas atividades da Liga não passam
despercebidas, é difícil não notar tantas explosões, e as outras guildas já
começam a se preocupar se há algum método por trás das loucuras do Mente de
Fogo.
A
guilda Selesnya acredita ser a própria voz de Mat'Selesnya, uma misteriosa
consciência que eles acreditam ser uma manifestação da própria natureza. Todos
dentro da guilda são considerados porta-vozes de uma única voz, e procuram
expandir sua guilda evangelizando sua mensagem e assim adicionando membros. A
mensagem de Selesnya é tanto pessoal como pública, eles acreditam que
silenciando a consciência individual se pode despertar para os murmúrios do
Conclave, um grupo de dríades que servem como transmissoras espirituais da
consciência de Mat’Selesnya. O objetivo da guilda é assimilar a identidade de
membros individuais, transformando-os em instrumentos do Conclave. Os
Selesnyanos são agrupados em vernadis, algo como pequenas comunidades
espalhadas por Ravnica organizadas em torno de uma arvore central e lideradas
por uma dríade líder.
Trostani,
a Mestra da Guilda Selesnya, uma dríade que é três em uma comanda a guilda. Os
Selesnyanos, no entanto dizem que na verdade ela é comandada pela vontade da
própria Mat’Selesnya. Cada uma das três identidades das dríades que compõe
Trostani incorpora um valor em particular de Selesnya. A cabeça mais a direita
é Ordem, de fala metrada e canto claro. A cabeça mais a esquerda é Vida que
fala alegremente com uma voz cantada. A cabeça do centro é Harmonia, que fala
num sussurro prateado. Cada cabeça é adornada de sua própria maneira, e com
olhos que variam do verde verdejante à prata tremeluzente. Harmonia raramente
fala, mas quando o faz, seu conselho é considerado por todos os sacrossantos.
Apesar
dos Selesnyanos acreditarem que o poder não está centralizado em nenhum local,
a maciça árvore-mundo Vitu-Ghazi ainda serve como ponto de foco e salão da
guilda Selesnya. O tronco de Vitu-Ghazi age como uma catedral reunindo devotos
vindos de toda Ravnica, e servindo também de lar para Trostani e o Conclave de
Dríades.
Art by Chase
Stone
Locais de Selesnya
Os Carvalhos de Marfim. Este lugar de
árvores maciças é guardado por uma ordem de sacerdotes-guerreiros de loxodontes
albinos. Esses sacerdotes vestem armaduras prateadas com capotes verdes
emblemados com a insígnia de sua ordem e suas armas geralmente são martelos
feitos dos próprios Carvalhos de Marfim. A força, pureza e longevidade desses
carvalhos são as razões para que sejam considerados sagrados. Juramentos e
cerimonias são conduzidos entre seus galhos prateados e casamentos, rituais de
passagem e contratos são feitos no bosque com as bênçãos dos sacerdotes. O
clérigo que supervisiona o local todo é Troslon, um troncudo loxodonte que
chega ser quase um rebelde pelos padrões Selesnyanos por colocar o mundo
natural na frente dos interesses da guilda. Isso fica evidente com sua defesa
da árvore de Belokos (veja abaixo). O alto escalão da liderança de Selesnya
adora reivindicar essa arvore para si, mas Troslon inflexivelmente a mantém
aberta para todos os cidadãos de Ravnica, pertencentes ou não a uma guilda, que
desejem prestar homenagens ou utilizar as propriedades de suas auras mágicas.
Sumala, o Bosque Adornado. Imagine uma
maciça e densa floresta que foi meticulosamente cuidada de uma forma que cada
planta e árvore estejam em seu lugar, mas que foram tratadas e esculpidas de
modo que nenhuma se entrelace ou ocupe o lugar de outra. Sumala é um grande
jardim de meditação e lar de muitas das mais majestosas arquiteturas e
pitorescos trabalhos artísticos de Selesnya. O Bosque Adornado de Sumala é
conhecido por toda Ravnica e é a obra prima de um elfo arboremodelador chamada
Sadruna. Os desenhos e técnicas de Sadruna são obtidos, copiados e duplicados
por toda Selesnya além das outras guildas.
Art
by Volkan Baga
A Grande Confluência. Uma gigantesca série de
rodovias entrelaçadas que estão elevadas ao topo das copas das árvores.
Construídas com pedras calcárias Bijan (as mais puras e alvas), a Grande
Confluência brilha ao sol. Em seu espaço central está embutido em granito
escuro o símbolo de Selesnya marcando a área onde as massas de devotos se
reúnem em muitos dos feriados religiosos. Na maioria dos dias, a confluência é
usada mais como um mercado e uma forma de transportar mercadorias e enormes
criaturas sem destruir o imaculado trabalho feito nas florestas abaixo.
Criaturas de
Selesnya
Vormes. Os Selesnyanos tem muito orgulho de
seus vormes. Com Ravnica se tornando cada vez mais abarrotada acima do solo, os
tuneis abaixo da terra dão a guilda Selesnya uma vantagem na locomoção pelo plano.
Os Invocadores de Vormes, uma ramificação de xamãs, descobriram um modo de
domesticar e montar essas gigantescas criaturas. Em Ravnica, os vormes reviram
a terra com poderosas emissões subsônicas que deixam a terra num estado quase
liquido permitindo que alcancem assim uma grande velocidade. Os xamãs ainda
prendem boleias fortificadas aos vormes tornando-os capazes de carregar vários
passageiros numa viagem subterrânea. Muitas vezes esses vormes são usados
também para a defesa, onde os xamãs comandam seus movimentos dessas boleias
fortificadas.
Art by Volkan
Baga
Elementais. Os elementais
de Selesnya geralmente são um amontoado de raízes e galhos entrelaçados.
Algumas vezes, em alguns grandes elementais, pedras de mármore ou lascas de
pedra calcária são encontradas como armas ou armaduras. E no caso do elemental
ser suficientemente grande, essas criaturas geralmente são usadas como
construções publicas ou templos que podem também se locomoverem para outros
locais ou até defender um vernadi.
Templos Vivos. Estes elementais orgânicos variam do
grande para enormes e vivem enraizados abaixo do solo a maior parte de suas
vidas, com suas vinhas e tentáculos sustentando alguma construção na
superfície. Essas construções geralmente são templos ou anfiteatros que os
Selesnyanos usam durante o dia a dia. Se ameaçados, um sacerdote ou xamã pode
conjurar o templo vivo e todo o elemental emerge de baixo do solo com a
construção anexada ao seu corpo sendo usada como arma e armadura. Após derrotar
seu inimigo, o templo vivo retorna para baixo da terra e acomoda a construção
no lugar como se nada tivesse acontecido.
Art by Chase
Stone
Filosofia de Selesnya
A Mente Mundo. A Mente Mundo, também conhecida como a
Voz do Conclave, é uma sutil transmissão da consciência de Mat’Selesnya. O
Conclave também adiciona experiências e sabedoria de membros da guilda para serem
transmitidas. A clareza dessa sabedoria é proporcional ao nível de
comprometimento do membro a serviço da guilda e sua devoção à meditação.
Através de uma cerimonia fúnebre, a experiência completa (o espírito) de um
membro da guilda Selesnya é “carregado” à Mente Mundo. Quanto mais profundo for
a devoção do membro da guilda, maior é seu acesso à consciência da Mente Mundo,
e alguns dos mais devotos Selesnyanos manuseiam imenso poder, graças a sua
conexão com a ela.
Tentações ao Poder. Num mundo perfeito, os
Selesnyanos consideram todos os seus líderes, não importa como empossados, como
nada mais que professores mortais e falíveis. No entanto, alguns dos anciões
Selesnyanos estão propensos a se alto enaltecerem, e por sua ambição pessoal se
orgulham do crescimento e beleza de seu próprio vernadi particular.
Art by Ryan
Barger
Violência e Hipocrisia. Não é um
grande segredo a hipocrisia de Selesnya sobre tomar vidas. Por conta de sua
doutrina sobre a santidade da vida, alguns podem crer que eles sejam rigorosos
pacifistas. Pelo contrário, eles não têm nenhum problema em desperdiçar vidas
num combate. Uma das táticas principais de Selesnya no combate é justamente
criar um escudo vivo de corpos para atrasar seus oponentes até que gigantescos
elementais ou avatares apareçam para destruir tudo em massa. Após as mortes, os
Selesnyanos realizam uma grande e espalhafatosa cerimonia sobre o sacrifico de
nobres guerreiros e como toda a vida retorna a Mat’Selesnya, mas a montanha de
corpos é uma evidencia difícil de encobrir.
Guardiões da Beleza. A guilda Selesnya é guardiã da
beleza natural e estrutural. Há seções inteiras de pergaminhos e guias em
Vitu-Ghazi sobre a forma correta de ordenar uma paisagem, a melhor pedra para
usar, como reagrupar tipos específicos de arvores e o jeito mais agradável de
cobrir com folhagem. Há aqueles que acreditam em manter todas as pedras
arrumadas sem entulhos ou aqueles que querem arrumá-las sem algum significado,
mas todos concordam que beleza é um valor crucial da vida.
Art
by Nils Hamm
Postura de
Selesnya referente às outras Guildas
Boros: “Eles se cansarão de tanto lutar e
quando esse dia chegar, o gentil abraço de Selesnya estará os aguardando”.
Azorius: “Um dia, suas mentes estarão livres da
tolice, exteriorizando as leis eles aprenderão a obedecer à voz do Conclave”.
Rakdos: “Até que se submetam, esses devem ser
contidos”.
Golgari: “Esses rastejadores da podridão
poderiam aprender mais com nossos meios ao invés de ficarem brincando com a
morte e seus insetos”.
Dimir: “Uma espectral horda de desajustados
assassinos que nunca irão saborear os verdadeiros dons da vida”.
Simic: “Deformadores da vida e da natureza
que irão sucumbir a sua falta de compaixão e senso de comunidade”.
Gruul: “Um desperdício... um desperdício fedorento,
irracional e destrutivo”.
Izzet: “Funileiros intrometidos
sob o controle de um ego opressivo. Estão fadados a falhar”.
Orzhov: “Esses estão perdidos numa
prisão sem vida de suas próprias ambições individuais”.
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