Nova classe e personagem de
Pathfinder RPG: Occult Adventures
- Ocultista -
Mais uma dos personagens icônicos de Pathfinder RPG: Occult Adventures e sua respectiva nova classe. Desta vez temos Mavaro, o ocultista.
Mavaro, o ocultista
As
primeiras lembranças da infância de Mavaro são da reclusão silenciosa em convento
dePharasmin, encravado profundamente nas montanhas Mindspin. O garoto
nunca aprendeu o que trouxe sua mãe para este claustro estranho construído
entre pedras antigas, mas lá ela tinha procurado refúgio. A estrita tutela
das irmãs era a única vida que ele conhecia e seus únicos amigos os livros
esotéricos e rolos de pergaminho da grande biblioteca do convento. Ele
passou anos na biblioteca, devorando incontáveis volumes para aprender mais
sobre o que o mundo negou-lhe.
Contos
de horrores sobre os corredores do claustro colocavam a sede por aventura de
Mavaro em cheque. À medida que envelhecia, Mavaro começou a rejeitar as histórias
e aprendeu a andar secretamente pelas salas proibidas do mosteiro, onde ele testemunho
cerimônias estranhas das irmãs. Uma delas era um ritual de jejum e
meditação que gradualmente ia enfraquecendo os corpos das irmãs. Após um
período de jejum, as novatas deveriam tirar o véu do crânio amarelado e com
inscrições da abadessa fundadora da ordem, Irmã Wren. Os acólitos, em
seguida, ouviam por sua vez, um sussurro fantasmagórico vindo crânio que indicava
qual candidato era digno. Logo depois, as irmãs da selecionada adornariam
o corpo da escolhida, magro pela auto-inanição, com sigilos estranhos e
talismãs de prata especialmente preparados. Eles a envolviam em lençóis e a
levavam para baixo, nas catacumbas para colocá-la entre gerações de adoradores
semelhante mumificados à milhares de
anos.
No
vigésimo segundo ano de vida de Mavaro, os comerciantes Varisian chegaram à
abadia. Enquanto as freiras aproveitavam a oportunidade para reabastecer seus
estoques de alimentos e outros itens essenciais, Mavaro sentiu-se fascinado por
uma carroça de riquezas subtraídas das ruínas de um templo de pedras gigantes. Totens
tribais, estrelas esotéricas, relíquias e ruínas de culturas esquecidas todas elas
chamando-o sobre representações de um mundo e culturas que ele já havia lido. Quando
um dos comerciantes puxou uma espada estranha e antiga, tendo esculpido o rosto
carrancudo com pedras brilhantes vermelhas como olhos de inseto, Mavaro sabia
que tinha de obter aqueles tesouros a qualquer custo.
Mas
sendo apenas um escriba solitário Mavaro não tinha como pagar os itens. Assim,
ele esgueirou-se silenciosamente para as catacumbas proibidas para roubar peças
para trocar pelas relíquias. Ele conhecia sobre os talismãs de prata e as múmias
da abadia. Mal sabia ele que, no entanto, os corpos famintos das irmãs, na
verdade, estavam servindo como guardiões inabaláveis
e, com a profanação de seus restos mortais, um mal à muito tempo preso se
soltou. À medida que a caravana
afastava-se da terra santa, tendo relíquias com eles, a magia que mantinha a
entidade lacrada rachou-se imperceptivelmente e sua corrupção espiritual vazou.
As
mortes começaram lentamente. No início, elas parecia ser apenas má sorte:
o pescoço quebrado de uma pequena queda; um afogamento; três freiras
mortas no desabamento de uma parede de pedra velha nas cozinhas. Mas logo
a presença malévola cresceu e começou a ousar e as irmãs perceberam que algo
estava às caçando nos corredores silenciosos. Naquele momento a priora
percebeu que os furtos de Mavaro tinham comprometido as defesas divinas de séculos
e já era tarde demais. Uma a uma, as freiras foram abatidos por algo obscuro.
O açougueiro tranquilamente capturou a priora por o último, possuindo seu corpo
como antecipação de um longo tormento para ela. Mas recuperando o controle de
seu corpo por um breve momento, a prioresa bateu uma lanterna de lado e ateou
fogo ao convento em uma tentativa de destruir a entidade - e ela mesma – realizando
um limpeza.
Embora
ferida, a entidade viciosa não foi destruída no incêndio, e somente ela e
Mavaro sobreviveram. Desesperado para se proteger, Mavaro move-se pelas
ruínas fumegantes da abadia assombrada, desesperadamente recolhendo quaisquer
relíquias sagradas que encontrasse na esperança de afastar o mal persistente. Ainda
vestido de arame farpado brilhando em vermelho, o espírito logo encontrou
Mavaro. O jovem estudioso certamente teria enfrentado a sua morte, não
tivesse o crânio da Madre Wrenlhe sussurrado das cinzas. A antigo mulher santificada
ordenou Mavaro a fechar os olhos e abrir a alma ao poder dos itens que ele
tinha coletado. Mavaro sentiu o poder das relíquias dentro dele e trêmulo
estendeu a mão para a lâmina com olhos de ruby que ele havia
comprado. Tremendo, mas cheio com poder estranho, Mavaro cegamente às atingio.
Uma
das jóias vermelhas foi quebrada no punho da espada e algo gritou, batendo seus
grilhões estridentes como que retornando para as ruínas. Mavaro fugiu do
local sagrado tão rápido quanto podia, sem nunca olhar para trás, o único lugar
que ele já tinha chamado casa.
Nos
vinte anos seguintes, a vida de Mavaro tem sido um estranho paradoxo. Ele
agora é um homem de muitas indulgências, compensando sua infância modesta com
boa comida e companhia estridente. Ele desvia-sede perguntas sobre sua
juventude com contos inconsistentes, mas muito divertidos amarrados à sua
misteriosa coleção de relíquias e objetos estranhos. Silenciosamente,
porém, ele está sempre atento à sombra que ainda o persegue. Mavaro consulta
regularmente o crânio amarelado da Madre Wren, atendendo seus sussurros
fantasmagóricos, em sua perseguição às relíquias negociadas à há muito
tempo. Suas viagens o levaram a mercados em toda Varisia, às coleções
particulares mais estranhas e à muitas localidades distantes e
perigosas. Ainda assim, ele procura recuperar o seu poder, determinado a
desfazer a loucura de sua juventude e enfrentar Thorn Priest mais uma vez.
O Ocultista
Esta é uma classe que utiliza a força intrínseca de itens antigos ou
psiquicamente carregadas e, em seguida, canaliza poder mental através destes
itens para lançar feitiços psíquicos poderosos: o ocultista.
O
ocultista é um mago vidente que usa objetos raros e poderosos chamados
implementos [implement] para
manifestar a sua magia. Cada implemento pertence a uma escola específica
de magia e conforme o ocultista cresce no poder, ele ganha o uso de mais e mais
desses implementos, aumentando o seu poder e o número de magias que ele pode
lançar. Além disso, ele tem um reservatório de foco mental para investir
nesses implementos. Fazer isso não só lhe concede habilidades adicionais,
ele pode gastar esse foco para criar efeitos ainda mais poderosos.
Para
aqueles que participaram do playtest de Occult Adventures, você vai perceber
que uma série de coisas foram mudadas durante o desenvolvimento desta
classe. A maior mudança envolve os poderes de ressonância dos
implementos. Esses poderes são ganhos ao colocar o foco mental no item e
quanto mais foco é armazenado dentro dele, mais a energia do item aumenta. Na
versão final, esses poderes ressonantes não diminuíram quando o foco mental é
gasto. Contanto que haja pelo menos um ponto de foco mental restante o
poder continua com força total! Para aumentar a diversão, cada implemento
também tinha alguns poderes de foco adicionais que você pode escolher.
O
ocultista também é muito hábil em usar círculos mágicos para proteger aliados e
prejudicar inimigos. Em níveis mais altos o ocultista pode usar esses
círculos como uma armadilha para os inimigos. Após o playtest, nós
adicionamos uma nova habilidade utilizando círculos mágicos. O ocultista agora pode
criar um círculo mágico para trazer uma pessoa – um contacto do além que o
ocultista pode subornar ou intimidar em troca de ajuda. O ocultista pode
usar esse estranho para coletar informações e, em níveis mais elevados,
entregar mensagens ou objetos pequenos para o ocultista. Com o avanço de
nível do ocultistas, ele aprende a chamar outsiders adicionais, criando uma
rede de aliados do outro mundo.
Por
último, o ocultista pode lançar magias psíquicas das escolas associadas com
seus implementos. Já que elas são magias psíquicas, ele não tem que se
preocupar com componentes somáticos ou verbais, mas ele não tem que ter uma
mente clara ou estado emocional estável para canalizar adequadamente este tipo
de magia. Esses componentes são exclusivos para spellcasters psíquicos e
nós vamos estar falando mais sobre eles nas próximas semanas.
Jason Bulmahn
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