terça-feira, 14 de novembro de 2023

Legião Alien vai para o cinema

 Legião Alien vai para o cinema

 

Lembro dos anos oitenta vividamente e uma das coisas que me marcaram naqueles tempos de formatinhos das Editora Abril foi o surgimento do selo Graphic Novel da Marvel. Eram quadrinhos no formato magazine (21x27cm), colorido e com histórias de tirar o fôlego. Para corroborar isso, na edição #1 tivemos a antológica edição dos X-Men com “Deus Cria, o Homem Mata”. Foram 29 edições de tirar o fôlego lançadas entre 1988 e 1992, uma cópia do selo de mesmo nome lançado pela Marvel nos Estados Unidos desde 1982. Muitos personagens e sagas passaram por ali - A Morte do Capitão Marvel, Batman: A Piada Mortal, Edifício (de Will Eisner), Shaballa (com o Doutor Estranho).


Mas uma dessas edições que me marcou foi Legião Alien, e não por menos que fique surpreso quando descobri que ela será adaptado para o cinema. Para quem não conhece, The Alien Legion (nome original) foi lançado na edição #25 do selo da Marvel americana Graphic Novel em 1986 (no Brasil ela saiu na edição #15, em setembro de 1989, com o nome de Legião Alien em Um Dia para Morrer). Ela havia estreado um ano antes, nas páginas da Epic Comics #2, um título da Marvel americana, que visava publicações para um público mais velho. Na Epic Comics americana tivemos títulos como Akira, Dreadstar, Atomic Age, Hellraiser, Wild Cards e outros. Em meio à esses títulos estava Alien Legion. Seu sucesso levou o título a ganhar uma edição de luxo no selo Graphic Novel, edição esta que chegou aqui no Brasil.

Criação de Carl Potts, com texto de Alan Zelenetz e arte de Frank Cirocco, com ajuda dos arte-finalistas Terry Austin e Whilce Portacio, ela tinha um visual impressionante, com traços e cores marcantes. A crueza da violência e o detalhismo dos cenários, além do excelente texto, me pegaram de jeito. 


Soldados e mercenários, pregadores e poetas, assassinos e canalhas. Todos lutam pela Galarquia, por dinheiro, por uma causa… e pela emoção da aventura. São legionários de vida dura e morte difícil, mas leais até o maldito fim.”
 
Descrita como “a Legião Estrangeira Francesa no espaço”, as histórias centravam-se numa força intergaláctica de manutenção da paz que aceitava todos os tipos de espécies sem fazer muitas perguntas sobre o seu passado ou intenções. Suas duas obrigações: obedecer às determinações de seu comandante e honrar a tropa. Seu objetivo: defender as fronteiras da União Galáctica Tophanica e a Galarquia, sistema de governo vigente da ameaça dos Tecnóides.

Pois hoje surgiu a notícia que me explodiu a cabeça. A Warner Bros. adquiriu os direitos dos quadrinhos, originalmente publicados pela Marvel, e têm o diretor de Deadpool, Tim Miller, na fila para comandar o projeto. Don Murphy e Susan Montford da Angry Films serão os produtores, assim como Aaron Ryder. Tentativas de trazer o título para o cinema não são novos, já tendo sido noticiado projetos pela Miramax, Dimension Films e até mesmo na Disney. Mas desta vez tudo parece mais concreto, com a intenção da Warner de criar sua própria franquia de aventura espacial para emparelhar com Dune. Por enquanto ainda não temos datas ou previsões.

Acredito que, embora aqui a grande maioria não conheça o título, lá fora ela possui uma base de fãs considerável e leal. É bem possível que se bem conduzido, esse projeto possa nos presentar com uma interessante franquia de filmes e séries espaciais.

Dedos cruzados.

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