Legião Alien vai para o cinema
Lembro
dos anos oitenta vividamente e uma das coisas que me marcaram naqueles tempos
de formatinhos das Editora Abril foi o surgimento do selo Graphic Novel da
Marvel. Eram quadrinhos no formato magazine (21x27cm), colorido e com histórias
de tirar o fôlego. Para corroborar isso, na edição #1 tivemos a antológica
edição dos X-Men com “Deus Cria, o Homem Mata”. Foram 29 edições de tirar o
fôlego lançadas entre 1988 e 1992, uma cópia do selo de mesmo nome lançado pela
Marvel nos Estados Unidos desde 1982. Muitos personagens e sagas passaram por
ali - A Morte do Capitão Marvel, Batman: A Piada Mortal, Edifício (de Will
Eisner), Shaballa (com o Doutor Estranho).
Mas
uma dessas edições que me marcou foi Legião Alien, e não por menos que fique
surpreso quando descobri que ela será adaptado para o cinema. Para quem não
conhece, The Alien Legion (nome original) foi lançado na edição #25 do selo da
Marvel americana Graphic Novel em 1986 (no Brasil ela saiu na edição #15, em
setembro de 1989, com o nome de Legião Alien em Um Dia para Morrer). Ela havia
estreado um ano antes, nas páginas da Epic Comics #2, um título da Marvel
americana, que visava publicações para um público mais velho. Na Epic Comics americana
tivemos títulos como Akira, Dreadstar, Atomic Age, Hellraiser, Wild Cards e
outros. Em meio à esses títulos estava Alien Legion. Seu sucesso levou o título
a ganhar uma edição de luxo no selo Graphic Novel, edição esta que chegou aqui
no Brasil.
Criação
de Carl Potts, com texto de Alan Zelenetz e arte de Frank Cirocco, com ajuda dos arte-finalistas Terry Austin e Whilce Portacio, ela
tinha um visual impressionante, com traços e cores marcantes. A crueza da violência
e o detalhismo dos cenários, além do excelente texto, me pegaram de jeito.
“Soldados
e mercenários, pregadores e poetas, assassinos e canalhas. Todos lutam pela
Galarquia, por dinheiro, por uma causa… e pela emoção da aventura. São
legionários de vida dura e morte difícil, mas leais até o maldito fim.”
Descrita
como “a Legião Estrangeira Francesa no espaço”, as histórias centravam-se numa
força intergaláctica de manutenção da paz que aceitava todos os tipos de
espécies sem fazer muitas perguntas sobre o seu passado ou intenções. Suas duas
obrigações: obedecer às determinações de seu comandante e honrar a tropa. Seu
objetivo: defender as fronteiras da União Galáctica Tophanica e a Galarquia,
sistema de governo vigente da ameaça dos Tecnóides.
Pois
hoje surgiu a notícia que me explodiu a cabeça. A Warner Bros. adquiriu os
direitos dos quadrinhos, originalmente publicados pela Marvel, e têm o
diretor de Deadpool, Tim Miller, na fila para comandar o
projeto. Don Murphy e Susan Montford da Angry Films serão os produtores,
assim como Aaron Ryder. Tentativas de trazer o título para o cinema não são
novos, já tendo sido noticiado projetos pela Miramax, Dimension Films e até mesmo
na Disney. Mas desta vez tudo parece mais concreto, com a intenção da
Warner de criar sua própria franquia de aventura espacial para emparelhar
com Dune. Por enquanto ainda não temos datas ou previsões.
Acredito
que, embora aqui a grande maioria não conheça o título, lá fora ela possui uma
base de fãs considerável e leal. É bem possível que se bem conduzido, esse
projeto possa nos presentar com uma interessante franquia de filmes e séries
espaciais.
Dedos
cruzados.
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