Treinando e
técnicas
medievais com espada
Como em qualquer período
histórico, espadas específicas e as pessoas que as usavam tiveram um impacto
significativo na história. Esta era a especialidade de verdadeiros cavaleiros
medievais. No século XV novas técnicas em combate pessoal emergiram por todo o
mundo de uma forma que o mundo apenas viu novamente com o advento da internet.
Nos primeiros momentos de
conflitos no ocidente, soldados (cavaleiros) desenvolveram perícia em combates
um-a-um e armas com uso comparável aos samurais japoneses e suas perícias de
artes marciais.
Inimigos que continuavam usando
o método ‘cortar’ e ‘golpear’ em combate eram agora massacrados por cavaleiros
medievais que tinham desenvolvido uma nova e sofisticada técnica.
Sobreviventes desses encontros
com estes cavaleiros retornavam para casa com histórias horríveis de cavaleiros
gigantes invencíveis que não podiam ser derrotados. A verdade era que estes
cavaleiros eram agora tão especializados em combate contra múltiplos
‘adversários’ que combater contra apenas um ou dois era meramente um treino
para eles. Parte do código de honra templário, incluído por eles, dizia para
não lutarem contra menos de 3 por 1 ou mais. Então onde esses cavaleiros
aprenderam estas novas perícias?
As novas técnicas e
especializações em combate com espada eram tratadas como um grande segredo
pelos cavaleiros medievais. Apenas uns poucos mestres germanos e italianos eram
considerados possuidores do conhecimento e perícia para treinar cavaleiros.
Estas revolucionárias técnicas que eram desenvolvidas serviam como uma grande
vantagem adicional assegurando ao cavaleiro com habilidade boa condição de
superar seus adversários em combate.
Para incrementar o sigilo, a
maioria das instruções eram feitas de forma oral usando apenas um pequeno
manual produzido como sumário com algumas notas para o cavaleiro revisar nos
anos posteriores. O treinamento dos cavaleiros era sempre realizado em lugares
secretos para manter escondidos os métodos e teorias com as quais eles
treinavam, mantendo-se fora da vista de adversários.
Lutas com espadas na Idade
Média eram bem diferentes dos finos bailados da esgrima como na Renascença e
depois. Cavaleiros usavam pesadas armaduras que limitavam o alcance dos
movimentos enquanto usavam espadas medievais pesadas. Para compensar seu curto
alcance esses mestres germanos e italianos desenvolveram novas manobras e as
combinaram ao puxão austríaco (ott), agarrão e desarme para superar o
adversário.
O estilo de luta da Europa
medieval era menos veloz do que os antigos movimentos dos espadachins (como na
época romana, por exemplo). No meio das batalhas, com um vasto caos de um
conflito de pessoas e armas, técnicas práticas são necessárias para manter a
boa performance no uso da arma medieval e da armadura. Isso era especialmente
importante quando seu oponente não havia adquirido este conceito.
Única para a Era Medieval, os
novos treinamentos germano-italiano incluíam significativa quantidade de
conjuntos de autodefesa para lutar sem armas fora de um grande conflito.
As adagas eram o mais comum instrumento e suas técnicas defensivas, sendo
tão avançadas que militares e entidades armadas as usam até os dias de hoje (um
exemplo são as técnicas utilizadas com adagas pelos exércitos americano e
britânico).
Como um cavaleiro pró-eficiente
no usa da espada e outras armas, ele também desenvolvia grande senso
de distância e tempo com o qual ele tirava vantagem de seus contemporâneos que
não eram treinados. Cavaleiros também eram ensinados a mais do que efetivamente
apenas cortar com a espada, mas em como cortar com extrema precisão e máxima de
força.
Dois dos melhores mestres -
Lichtenauer e Doebringer - desencorajavam fortemente o bloqueio defensivo
contra outra espada porque eles não eram fortes em movimentos ofensivos e
poderiam ser excessivamente passivos. Quando em combate contra seis ou oito
oponentes de uma vez, ‘bloqueios defensivos’ de outras espadas não eram
efetivos, pois simplesmente não haveria tempo para bloquear e responder.
A chave para luta contra múltiplos
oponentes destaca em contar com o trabalho dos pés, escudo e armas secundárias
para defesa enquanto contra-atacavam simultaneamente. A arte de ‘contra-atacar’
envolvia movimentos unidos, transformando-se em ambos – ofensivo e defensivo –
ao mesmo tempo. Cada um dos ‘cortes’ ofensivos do cavaleiro serviam, também,
como um movimento defensivo contra o ataque do oponente. Diziam: “a melhor
defesa é um bom ataque”.
Desde que os cavaleiros iniciavam
o treinamento armado, ainda na infância, eles criavam habilidades superiores únicas
à outros soldados, principalmente podiam ser mais ágeis. Da mesma forma que
apenas uma bailarina pode realizar certas composições únicas com os pés devido
ao seu treinamento desde a infância, uma perícia de luta também era
particularmente um reflexo do treinamento. Cavaleiros podem, também,
identificar outros guerreiros treinados pelo detalhe de sua postura e
movimentos que realizam quando também o conhecem na prática.
Quando reconhece a perícia de
um cavaleiro em um combate pessoal, a distância, o tempo, a forma de cortar e
suas técnicas, ele é facilmente compreendido concedendo enorme vantagem.
Perícias com a espada medieval
não eram limitadas apenas à cavaleiros, nobres e pessoas influente. O servo
ideal era incentivado a ter um conhecimento mais específico com espadas
medievais e outras armas. Essas perícias eram ensinadas por muitos dias durante
seu serviço como um ‘conhecimento comum’ que deveriam aprender, contudo não
usariam uma espada longa, mas apenas uma curta. Fora da aristocracia medieval,
era ilegal para todos usar uma espada. As classes comuns eram deixadas para
defenderem-se apenas com utensílios agrícolas e de casa. Juntando ao seu grande
número, as espadas eram usadas como uma forma de controle em última análise.
Nota:
Texto original de Daniel Maragni e traduzido/adaptado por João Brasil.
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