quarta-feira, 27 de julho de 2011

Jogue RPG narrativo em Violentina

O que é Violentina?


Este jogo foi anunciado pela Secular Games na RPGCon 2011 em julho. Criado por Eduardo Caetano o jogo roda em torno de pessoas politicamente incorretas – trapaceiros, mafiosos, corruptos e tudo o que tem de pior da escória urbana.

Você vai jogar Violentina como o vilão. Você será a escória. Você será o pior do que existe na sociedade. Claro que, como todo o jogo de RPG (e nunca é demais lembrarmos disso), é só para interpretação e não para divulgação da arte de sujar as mãos. Como eles dizem no próprio playtest “Afinal, estamos apenas contando histórias!”.

Mas este jogo interessante tem uma concepção nova baseada numa estrutura de contação de história sem mestre. Ele se vale de fichas e cartas para que a distribuição da possibilidade narratória fique equilibrada e para dar certas diretrizes. Ele está centrado em cenas narradas pelo grupo, baseado na criatividade, sem um preparo prévio. O ponto inicial, final e principal do jogo é a narração montando a aventura passo à passo.

Regras? Claro que existem. Mas as regras neste jogo servem mais como coordenadas para manter ordem e equilíbrio nas narrações. Ele possui uma estrutura própria bem diferente de outros RPG convencionais com números específicos de rodadas, turnos e alguns passos que devem ser obedecidos.

Você acha que isso tira um pouco da essência do RPG? Pode ser ... mas se pensarmos no RPG como estamos acostumados. Mas este jogo é diferente. Ele prima pela estória que estamos contando em conjunto. Inclusive conflitos são resolvidos na base da ‘contação da história’ num sistema que se vale de ‘Chantagens & Ameaças’. Alguns blogs o classificaram de minimalista, não de uma forma prejorativa, mas por uma questão de mecânica.

O jogo é muito mais do que apresento aqui e vale, com certeza, uma leitura calma e atenta.

Este procedimento de contar a história ou aventura de RPG na forma de narração colaborativa foi testada no ano passado num dos tantos PBFs do Fórum Jambô (totalmente desvinculado deste livro). Eu e um grupo de amigos nos aventuramos pelo cenário de Tormenta em um sistema onde apenas narrávamos de forma intercalada a aventura, decidindo inclusive os combates assim. Foi um dos mais prazerosos jogos de que participei.

Um outro ponto muito importante de ser salientado é a forma como este livro está sendo produzido. Ele é o primeiro livro de RPG que no Brasil se vale do ‘financiamento coletivo’. Esta nova modalidade, também conhecida lá fora por ‘crowdfunding’, é uma forma de buscar fundos para que um projeto seja realizado valendo-se da colaboração aberta. As colaborações são premiadas com ‘recompensas’ previamente combinadas de acordo com o nível de ‘ajuda’ que o colaborador exerceu. Se o valor base for alcançado ótimo, todos recebem sua recompensa e o projeto sai para o mercado. Se o valor base não for alcançado nada acontece e ninguém precisa pagar nada.

Eu achei isso simplesmente o máximo. Imaginem a quantidade de projetos que podem chegar às nossas prateleiras sem enormes esforços. Muito escritores amadores reclamam das dificuldades de iniciar a carreira num país como o nosso. Se isso não

Pegue seu playtest AQUI!

3 comentários:

Anônimo disse...

Cara! Que massa! Essa foi a resenha mais pertinente que li até agora do jogo!
=D

Vc captou o espírito da coisa, e explicou melhor do que eu jamais faria!

Valeu demais pela força!

João Brasil disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Brasil disse...

Valeu cara.... Só estou fazendo meu trabalho!!! hehehehe

Posso garantir que logo que saia irei adquirir um!!!!