Mestres de Zansara
O Lince Voador
- A incrível taverna
de Zansara –
Um mundo de fantasia, não
importa qual, tem seus elementos icônicos. Aqueles elementos que estão
presentes de uma forma ou de outra em todos eles. O vilão maligno. O culto misterioso.
O mago poderoso e bondoso. O herói improvável. Com Zansara não seria diferente.
Mas de todos os elementos de um
cenário o mais icônico, e permanente para mim, é a boa e velha taverna.
Acolhedora, barulhenta, cheirando à fumo e especiarias, repleta de gargalhadas,
tilintar de canecas e sons de impropérios, as tavernas são a alma de muitas das
aventuras. Quase todos os grupos de aventureiros já saiam atrás de uma para
acharem ter um norte em sua jornada ou simplesmente descansar e gastar seus
ganhos.
Mas com o Lince
Voador é diferente... esta taverna vai até os aventureiros!
O Lince Voador, além do nome
curioso, tem outra peculiaridade – ele é móvel. Isso mesmo, móvel. A taverna
está alojada em um barco e não usa o lema “a taverna que segue as aventuras” à
toa. Ele percorre os rios das várias regiões da Confederação Arcana do Oeste,
de Mizar à Gorjal, chegando algumas vezes a adentrar as fronteiras de Das
Toladah e Bor-Udryador.
Mas você pode estar se
perguntando por que do termo ‘voador’. Ora, esse barco também voa! Como muitas
das embarcações da Confederação, o Lince Voador voa. Como a capitã Dhalia Negra
diz, “mar, rio, céu, tudo é azul, então todos são nossa estrada”. Embora haja
uma satisfação especial em literalmente navegar na água, o Lince voa quando
necessário. Subir as montanhas do leste, adentrar nas regiões nevadas e frias
do norte ou simplesmente cortar caminho entre Spectrum e Prior sem a
necessidade de seguir pelo mar são tarefas nada simples para um barco, mas o
Lince está longe de ter o termo simples associado ao seu nome.
A Embarcação
Como embarcação ele se parece
com um simples sloop de três mastros. Consideravelmente largo, com seus dez
metros de largura e cinquenta de comprimento, ele foi modificado para se enquadrar
às necessidade da capitã Dhalia e sua tripulação de amigos e companheiros –
Ruffus, Amidae, Anaya e Grillhin.
O convés superior comporta duas
estruturas de cabines. Na proa temos uma estrutura baixa onde o principal
aposento é a sala de controle de vôo que, através de mecanismos ligados aos
cordames, permitem direcionamento do Lince Voador quando no ar. Além disso, há
estruturas com hélices para impulsionar a embarcação no caso de falta de
ventos, embora seja um tanto lenta.
Na popa há uma estrutura de
dois andares com a maioria das cabines da tripulação, com a cabine da capitã e
de três de seus companheiros e colegas de aventuras. Sim, aventuras, pois eles são
aventureiros que, por acaso, têm uma taverna... e voadora! Embora estejam numa
embarcação que é uma taverna, com mais alguns ajudantes, eles são aventureiros
que se aproveitam da mobilidade e sede de adrenalina para enfrentar perigos e
desafios que a terra de Zansara oferece de sobra. Esta estrutura da popa é uma
área restrita e com acesso interno exclusivo à taverna. No primeiro andar temos
as cabines Rufus, Grillin e Amidae, além de uma escada para a sala de vôo, no
convés inferior, onde temos as pedras mágicas. No segundo andar temos a cabine
da capitã Dhalia, os controles do leme e salas de convivência de todos.
O convés intermediário teve
seus canhões retirados e se tornou a acolhedora taverna Lince Voador, com todas
as dependências. Há um grande espaço para circulação de clientes e visitantes,
seja para tomar uma boa bebida ou para um saboroso jantar. Há uma ampla e
barulhenta cozinha e as dependências da família Khrint, que mora e trabalha no
Lince Voador desde sempre. Nesse convés você também encontrará aposentos para
hospedagem, pois sempre tem alguém querendo uma forma inusitada e interessante
de viajar ou apenas uma boa noite de sono.
Espaçosa e bem iluminada a
taverna não deixa nada a desejar em comparação às melhores tavernas dos reinos
de Zansara. Comida e bebida são de primeira e o interior é mobiliado na medida
exata que agrada os de cima e não assusta os de baixo. Ela é considerada por
muitos como tendo o melhor atendimento de todos os reinos do norte de
Zansara. A porta, que pode ser aberta
diretamente desse convés, com acesso por uma rampa para receber clientes quando
estão ancorados.
No convés inferior temos os depósitos
da taverna e da tripulação, os aposentos e forja de Aziza, o estábulo e a sala
de propulsão. Na sala de propulsão estão os suportes das pedras mágicas, proveniente
da nação dos anões, que permitem que essa embarcação possa voar. Suas
propriedades mágicas criam a capacidade de “flutuar” enquanto outros mecanismos
mecânicos e velas permitem que a embarcação seja manobrada ou impulsionada.
A Tripulação
Vamos conhecer os aventureiros
do Lince Voador. Ruffus Drashwater é
um mago talentoso embora muito jovem. Sua compleição franzina pode enganar,
pois suas mãos são só poder, ou quase sempre. Sua cabine está junto com sua loja
alquímica, uma nova e desastrosa mania que ele insiste em levar adiante. Ele recebe
com frequência clientes da taverna entre um teste aqui e uma explosão ali. Seu
amigo inseparável, e vizinho de aposentos, é Grillhin, sem sobrenome, já que ele nunca o revelou. Dizem que esse
ladino meio bardo é procurado por alguns crimes que ele teria cometido em
algumas terras próximas, mas ele nega, é claro. De qualquer forma ele sempre
está se metendo em confusões para conseguir os produtos que Ruffus precisa (nem
sempre de forma lícita) ou quando é contratado, em alguma parada da embarcação,
para um trabalhinho rápido (também nem sempre lícito).
Na terceira cabine desse andar temos
os aposentos da druida Amidae
Florasilvestre, sim, uma druida dentro de um barco. Nada pode parecer mais
inusitado, mas a vida marinha e aquática – e aérea - ainda é vida e isso é a
fascinação de Amidae, que não perde tempo em pesquisar e aprender. O quarto
membro do grupo é a enorme guerreira núbia Anaya
Aziza. Colecionadora de armamentos ela tem um local especial no convés
inferior para produzir suas próprias armas – uma verdadeira forja – e onde
também ficam seus aposentos. Algumas vezes ela tem disposição para criar
algumas peças para clientes especiais que se demonstrem oponentes de qualidade
após em um duelo. Amidae e Anaya, embora diferentes como água e vinho, se
completam de forma incrível.
Por fim, a capitão Dhalia Negra, uma patrulheira
experiente vida das terras do sul, cuida de todos com maestria. Ela não gosta
de comentar muito sobre sua vida antes de conhecer seus colegas de aventuras,
mas sabe-se que suas perdas foram grades, e ela afoga as tristeza com ação e
combates para ajudar os outros.
Com esses companheiros, que
mais parecem uma família, a capitã Dhalia Negra percorre águas e terras da
Confederação Arcana do Oeste seguindo histórias interessantes, casos
sobrenaturais, vilões valiosos ou apenas aportando em alguma cidade peculiar
para ganhar algumas peças de prata e ouro da comunidade, com sua ótima comida e
mirabolantes drinks à base de hidromel e cerveja de crisântemo e algas.
Quanto às maquinações políticas
desse território repleto de magia e problemas a capitã não cansa de repetir que
não tem interesse em intervir... mas aquele meio sorriso dela sempre nos deixa
com uma pulga trás da orelha!
Locais de destaque no
navio
1 - Cabine da Capitã
Dhalia: a cabine de Dhjalia Negra, no topo da
estrutura de popa, é enorme para os padrões de uma embarcação. Embora ela nunca
tenha exigido mais espaço ou destaque que os demais, foi natural ela assumir
aquele local. As amplas janelas lhe conferem visão de toda a frente do navio. Em
sua cabine há um timão para uso em momentos de tranquilidade, embora ele
prefira usar o que fica ao ar livre, acima de sua cabine, quando em momentos de
combate no mar para uma melhor visão.
2 – Sala de reuniões:
Sala ampla para reuniões da tripulação, mas que acaba servindo como área de
convivência da tripulação, comemorações reservadas e tarefas do dia a dia.
3 – Banheiro da
Tripulação: banheiro para uso da tripulação
4 – Escada interna
para as Cabines: escada que liga os dois
andares das cabines, na estrutura de popa.
5 – Posto de
Observação: espaço acima da sala de Controle de Voo.
Serve como ponto de observação e vigia, assim como o cesto da gávea, no topo do
mastro principal.
6 – Escada para a
Taverna: escada de liga as cabines da
tripulação com a taverna. É de uso exclusivo do pessoal do navio.
7 - Escada para a Sala
de Voo: há uma escada em um cômodo adjacente
às cabines da tripulação que leva diretamente para a sala de vôo, no convés inferior.
Ela atravessa a taverna de forma oculta e sem chamar a atenção. Isso permite um
acesso rápido e seguro.
8 – Cabine de Ruffus:
a cabine do feiticeiro é simples e agradável. Ela contrasta com a aparente
bagunça de sua loja. Facilmente podemos encontrar pergaminhos e objetos mágicos
simples sobre a mesa ou cama de Ruffus.
9 - Loja Alquímica de
Ruffus: a loja de Ruffus mais parece um
enorme armarinho. Com as paredes tomadas por armários com pequenas gavetas e
pilhas de pergaminhos espalhados em nichos e caixas. O odor forte de produtos químicos
impregna o local com um aroma curioso e espesso.
10 – Cabine de
Grilhin:
está é cabine de um típico ladino, com roupas
espalhadas por cima de outras roupas e restos de papéis, mapas e planos
incompletos. Um armário no canto do aposento guarda todos seus equipamentos e ferramentas
de “trabalho”.
11 – Cabine de Amidae:
esta cabine é quase como uma floresta particular. Repleta de plantas, é como se
entrássemos em uma pequena clareira. Folhas no chão, trepadeiras finas e
floridas nas paredes e um doce cheiro de grama molhada. Passarinhos e insetos
entram pela janela – sempre aberta – e convivem com Amidae em uma comunhão que
só druidas são capazes de promover.
12 - Sala de Controle
de Voo:
a sala de controle de vôo possui uma série de
mecanismos que através de cordames permitem direcionamento do Lince Voador
quando no ar. Enquanto as velas dispostas nos três mastros principais tem a função
de impulsionar a embarcação, as velas laterais agem como lemes, sendo
controlados desta sala. Além disso, há estruturas com hélices para impulsionar
a embarcação no caso de falta de ventos, embora seja um tanto lenta.
13 – Sala dos Mapas:
em uma época onde nem todos os mapas são exatos, por limitações óbvias, os
mapas criados por Dhalia e Anaya são incrivelmente precisos. Elas nunca perdem
a oportunidade de detalhar seus mapas à cada novo vôo que o Lince realiza. A
visão privilegia que as grandes altitudes proporcionam são uma ótima ferramenta
para mapas precisos.
14 – Enfermaria:
local para cuidar e tratar ferimentos leves e moderados. É de responsabilidade
de Amidae.
15 – Rampa para o
convés principal: ponto de acesso de terra firme
diretamente para o convés principal. Normalmente está levantada para impedir a
entrada de estranhos.
16 – Rampa para a
taverna: ponto de acesso de terra firme para taverna.
Logo que o Lince Voador chega à um novo porto este é o ponto principal de
acesso ao navio. À noite, este ponto está muito bem iluminado e com trânsito
constante.
17 – Área da taverna:
esta é a taverna propriamente dita. Ela comporta dezenas de clientes
simultaneamente. Quando em funcionamento, os dois filhos da família Khrint correm
por entre as mesas atendendo os clientes. Em zonas frias o nicho próximo à
lareira é o mais concorrido, sendo um ponto acolhedor para conversas ou brigas.
Em momentos especiais suas mesas podem ser afastadas e um palco é improvisado
para apresentações de locais.
18 – Balcão de
atendimento: o balcão de atendimento do Lince
Voador é seu coração. Com alguns poucos bancos, ele é servido exclusivamente
por Igoruna Khrint. Ali podemos experimentar as mirabolantes e deliciosas misturas
testadas por ela. Ao mesmo tempo em que serve as bebidas, ela comando o
funcionamento da cozinha e o andamento do atendimento das mesas, não se
segurando para usar sua voz de trovão para colocar ordem em tudo. Muitas vezes
podemos ver Grillhin ajudando no balcão e jogando conversa fora com
os clientes.
19 – Cozinha:
local onde são criados e produzidos todos os alimentos da taverna. O local é controlado
por Thalerius Khrint, marido de Igoruna, e um dos melhores cozinheiros que já
se viu cruzando os rios do norte de Zansara.
20 – Escada para o
convés inferior: escada interna de ligação
entre a taverna e o convés inferior.
21 – Cabine do
cozinheiro e família: Dormitório da família Khrint.
É um espaço reservado e incrivelmente aconchegante. Normalmente os filhos
dormem em duas das cabines de hospedagem quando estão vazias (e mais de uma vez
Dhalia já quis transformar aqueles em seus quartos, mas eles se recusam).
22 – Sala reservada:
sala reservada para reuniões e encontros de clientes.
23 – Cabines para
hospedagem: cabines que servem de quartos de
aluguel.
24 – Escada para as
cabines da tripulação: escada de liga as cabines da
tripulação com a taverna.
25 – Banheiro:
banheiro dos clientes.
26 – Escada para a
taverna:
escada interna de ligação entre a taverna e o
convés inferior.
27 – Cabine de Anaya:
mais alta que normalmente são as cabines, a de Anaya mais parece uma loja de
armas. Cada espaço das paredes está ocupada com uma arma, escudo ou peça de
armadura diversa. Com poucos móveis e pertences pessoais, sua fascinação foca-se
em qualquer coisa que seja utilizada em um combate armado.
28 – Forja de Anaya:
adjacente à sua cabine, a forja é realmente isso – uma forja. Aproveitando-se
da lareira da taverna, que está exatamente acima da forja, ela se vale de uma
intrincada estrutura onde ambas usam a mesma saída de ar. Tudo o que esperamos
encontrar em uma forja em qualquer vila, será encontrada ali.
29 – Sala secreta:
todo o navio que se preza tem uma sala oculta para fins diversos. O Lince
Voador tem sua sala secreta estrategicamente próxima da cabine de Anaya, que
serve como vigia. Ela comporta de uma carga preciosa à pessoas escondidas.
30 – Depósito: aqui
temos todo o estoque de alimentos da taverna e dos tripulantes.
31 – Baia dos cavalos:
cada um dos cinco aventureiros possui seu próprio cavalo para tarefas fora da
embarcação.
32 – Depósito de
bebidas: uma taverna deve ter extremo cuidado
com suas bebidas e o depósito de bebidas da Lince Voador é ímpar em muitos
aspectos. Por um lado por ter um rol de bebidas das mais distantes terras de
Zansara. Por outro, por ter um verdadeiro laboratório onde Igoruna pesquisa
novos e embriagantes sabores.
33 – Escada para as
cabines da tripulação: escada de acesso entre a área
das cabines e a sala de vôo.
34 – Sala de Voo:
provavelmente o local mais importante e bem guardado do Lince Voador. A sala de
paredes triplas reforçadas guarda os exemplares das pedras anãs com propriedades
especiais. Elas são as responsáveis pela capacidade de vôo do Lince Voador. Para
funcionarem elas são dispostas em um mecanismos de madeira estrategicamente ligado
à principais vigas de madeira da estrutura do casco do navio. Quando dispostas
nessa estrutura o navio flutua. Ruffus é o responsável por seu funcionamento (embora
não seja o único que saiba como usá-las) sabendo com maestria como utilizá-las
para estabelecer velocidade de subida ou descida e altitude pretendida.
Um comentário:
Muito bacana!!!
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