sábado, 18 de abril de 2020

Mestres de Zansara O Lince Voador - A incrível taverna de Zansara –


Mestres de Zansara
O Lince Voador
- A incrível taverna de Zansara –

Um mundo de fantasia, não importa qual, tem seus elementos icônicos. Aqueles elementos que estão presentes de uma forma ou de outra em todos eles. O vilão maligno. O culto misterioso. O mago poderoso e bondoso. O herói improvável. Com Zansara não seria diferente.

Mas de todos os elementos de um cenário o mais icônico, e permanente para mim, é a boa e velha taverna. Acolhedora, barulhenta, cheirando à fumo e especiarias, repleta de gargalhadas, tilintar de canecas e sons de impropérios, as tavernas são a alma de muitas das aventuras. Quase todos os grupos de aventureiros já saiam atrás de uma para acharem ter um norte em sua jornada ou simplesmente descansar e gastar seus ganhos.

Mas com o Lince Voador é diferente... esta taverna vai até os aventureiros!

O Lince Voador, além do nome curioso, tem outra peculiaridade – ele é móvel. Isso mesmo, móvel. A taverna está alojada em um barco e não usa o lema “a taverna que segue as aventuras” à toa. Ele percorre os rios das várias regiões da Confederação Arcana do Oeste, de Mizar à Gorjal, chegando algumas vezes a adentrar as fronteiras de Das Toladah e Bor-Udryador.

Mas você pode estar se perguntando por que do termo ‘voador’. Ora, esse barco também voa! Como muitas das embarcações da Confederação, o Lince Voador voa. Como a capitã Dhalia Negra diz, “mar, rio, céu, tudo é azul, então todos são nossa estrada”. Embora haja uma satisfação especial em literalmente navegar na água, o Lince voa quando necessário. Subir as montanhas do leste, adentrar nas regiões nevadas e frias do norte ou simplesmente cortar caminho entre Spectrum e Prior sem a necessidade de seguir pelo mar são tarefas nada simples para um barco, mas o Lince está longe de ter o termo simples associado ao seu nome.


A Embarcação
Como embarcação ele se parece com um simples sloop de três mastros. Consideravelmente largo, com seus dez metros de largura e cinquenta de comprimento, ele foi modificado para se enquadrar às necessidade da capitã Dhalia e sua tripulação de amigos e companheiros – Ruffus, Amidae, Anaya e Grillhin.

O convés superior comporta duas estruturas de cabines. Na proa temos uma estrutura baixa onde o principal aposento é a sala de controle de vôo que, através de mecanismos ligados aos cordames, permitem direcionamento do Lince Voador quando no ar. Além disso, há estruturas com hélices para impulsionar a embarcação no caso de falta de ventos, embora seja um tanto lenta.

Na popa há uma estrutura de dois andares com a maioria das cabines da tripulação, com a cabine da capitã e de três de seus companheiros e colegas de aventuras. Sim, aventuras, pois eles são aventureiros que, por acaso, têm uma taverna... e voadora! Embora estejam numa embarcação que é uma taverna, com mais alguns ajudantes, eles são aventureiros que se aproveitam da mobilidade e sede de adrenalina para enfrentar perigos e desafios que a terra de Zansara oferece de sobra. Esta estrutura da popa é uma área restrita e com acesso interno exclusivo à taverna. No primeiro andar temos as cabines Rufus, Grillin e Amidae, além de uma escada para a sala de vôo, no convés inferior, onde temos as pedras mágicas. No segundo andar temos a cabine da capitã Dhalia, os controles do leme e salas de convivência de todos.

O convés intermediário teve seus canhões retirados e se tornou a acolhedora taverna Lince Voador, com todas as dependências. Há um grande espaço para circulação de clientes e visitantes, seja para tomar uma boa bebida ou para um saboroso jantar. Há uma ampla e barulhenta cozinha e as dependências da família Khrint, que mora e trabalha no Lince Voador desde sempre. Nesse convés você também encontrará aposentos para hospedagem, pois sempre tem alguém querendo uma forma inusitada e interessante de viajar ou apenas uma boa noite de sono.

Espaçosa e bem iluminada a taverna não deixa nada a desejar em comparação às melhores tavernas dos reinos de Zansara. Comida e bebida são de primeira e o interior é mobiliado na medida exata que agrada os de cima e não assusta os de baixo. Ela é considerada por muitos como tendo o melhor atendimento de todos os reinos do norte de Zansara.  A porta, que pode ser aberta diretamente desse convés, com acesso por uma rampa para receber clientes quando estão ancorados.

No convés inferior temos os depósitos da taverna e da tripulação, os aposentos e forja de Aziza, o estábulo e a sala de propulsão. Na sala de propulsão estão os suportes das pedras mágicas, proveniente da nação dos anões, que permitem que essa embarcação possa voar. Suas propriedades mágicas criam a capacidade de “flutuar” enquanto outros mecanismos mecânicos e velas permitem que a embarcação seja manobrada ou impulsionada.


A Tripulação
Vamos conhecer os aventureiros do Lince Voador. Ruffus Drashwater é um mago talentoso embora muito jovem. Sua compleição franzina pode enganar, pois suas mãos são só poder, ou quase sempre. Sua cabine está junto com sua loja alquímica, uma nova e desastrosa mania que ele insiste em levar adiante. Ele recebe com frequência clientes da taverna entre um teste aqui e uma explosão ali. Seu amigo inseparável, e vizinho de aposentos, é Grillhin, sem sobrenome, já que ele nunca o revelou. Dizem que esse ladino meio bardo é procurado por alguns crimes que ele teria cometido em algumas terras próximas, mas ele nega, é claro. De qualquer forma ele sempre está se metendo em confusões para conseguir os produtos que Ruffus precisa (nem sempre de forma lícita) ou quando é contratado, em alguma parada da embarcação, para um trabalhinho rápido (também nem sempre lícito).

Na terceira cabine desse andar temos os aposentos da druida Amidae Florasilvestre, sim, uma druida dentro de um barco. Nada pode parecer mais inusitado, mas a vida marinha e aquática – e aérea - ainda é vida e isso é a fascinação de Amidae, que não perde tempo em pesquisar e aprender. O quarto membro do grupo é a enorme guerreira núbia Anaya Aziza. Colecionadora de armamentos ela tem um local especial no convés inferior para produzir suas próprias armas – uma verdadeira forja – e onde também ficam seus aposentos. Algumas vezes ela tem disposição para criar algumas peças para clientes especiais que se demonstrem oponentes de qualidade após em um duelo. Amidae e Anaya, embora diferentes como água e vinho, se completam de forma incrível.

Por fim, a capitão Dhalia Negra, uma patrulheira experiente vida das terras do sul, cuida de todos com maestria. Ela não gosta de comentar muito sobre sua vida antes de conhecer seus colegas de aventuras, mas sabe-se que suas perdas foram grades, e ela afoga as tristeza com ação e combates para ajudar os outros.

Com esses companheiros, que mais parecem uma família, a capitã Dhalia Negra percorre águas e terras da Confederação Arcana do Oeste seguindo histórias interessantes, casos sobrenaturais, vilões valiosos ou apenas aportando em alguma cidade peculiar para ganhar algumas peças de prata e ouro da comunidade, com sua ótima comida e mirabolantes drinks à base de hidromel e cerveja de crisântemo e algas.

Quanto às maquinações políticas desse território repleto de magia e problemas a capitã não cansa de repetir que não tem interesse em intervir... mas aquele meio sorriso dela sempre nos deixa com uma pulga trás da orelha!


Locais de destaque no navio

1 - Cabine da Capitã Dhalia: a cabine de Dhjalia Negra, no topo da estrutura de popa, é enorme para os padrões de uma embarcação. Embora ela nunca tenha exigido mais espaço ou destaque que os demais, foi natural ela assumir aquele local. As amplas janelas lhe conferem visão de toda a frente do navio. Em sua cabine há um timão para uso em momentos de tranquilidade, embora ele prefira usar o que fica ao ar livre, acima de sua cabine, quando em momentos de combate no mar para uma melhor visão.

2 – Sala de reuniões: Sala ampla para reuniões da tripulação, mas que acaba servindo como área de convivência da tripulação, comemorações reservadas e tarefas do dia a dia.

3 – Banheiro da Tripulação: banheiro para uso da tripulação

4 – Escada interna para as Cabines: escada que liga os dois andares das cabines, na estrutura de popa.

5 – Posto de Observação: espaço acima da sala de Controle de Voo. Serve como ponto de observação e vigia, assim como o cesto da gávea, no topo do mastro principal.

6 – Escada para a Taverna: escada de liga as cabines da tripulação com a taverna. É de uso exclusivo do pessoal do navio.

7 - Escada para a Sala de Voo: há uma escada em um cômodo adjacente às cabines da tripulação que leva diretamente para a sala de vôo, no convés inferior. Ela atravessa a taverna de forma oculta e sem chamar a atenção. Isso permite um acesso rápido e seguro.

8 – Cabine de Ruffus: a cabine do feiticeiro é simples e agradável. Ela contrasta com a aparente bagunça de sua loja. Facilmente podemos encontrar pergaminhos e objetos mágicos simples sobre a mesa ou cama de Ruffus.

9 - Loja Alquímica de Ruffus: a loja de Ruffus mais parece um enorme armarinho. Com as paredes tomadas por armários com pequenas gavetas e pilhas de pergaminhos espalhados em nichos e caixas. O odor forte de produtos químicos impregna o local com um aroma curioso e espesso.

10 – Cabine de Grilhin: está é cabine de um típico ladino, com roupas espalhadas por cima de outras roupas e restos de papéis, mapas e planos incompletos. Um armário no canto do aposento guarda todos seus equipamentos e ferramentas de “trabalho”.

11 – Cabine de Amidae: esta cabine é quase como uma floresta particular. Repleta de plantas, é como se entrássemos em uma pequena clareira. Folhas no chão, trepadeiras finas e floridas nas paredes e um doce cheiro de grama molhada. Passarinhos e insetos entram pela janela – sempre aberta – e convivem com Amidae em uma comunhão que só druidas são capazes de promover.

12 - Sala de Controle de Voo: a sala de controle de vôo possui uma série de mecanismos que através de cordames permitem direcionamento do Lince Voador quando no ar. Enquanto as velas dispostas nos três mastros principais tem a função de impulsionar a embarcação, as velas laterais agem como lemes, sendo controlados desta sala. Além disso, há estruturas com hélices para impulsionar a embarcação no caso de falta de ventos, embora seja um tanto lenta.

13 – Sala dos Mapas: em uma época onde nem todos os mapas são exatos, por limitações óbvias, os mapas criados por Dhalia e Anaya são incrivelmente precisos. Elas nunca perdem a oportunidade de detalhar seus mapas à cada novo vôo que o Lince realiza. A visão privilegia que as grandes altitudes proporcionam são uma ótima ferramenta para mapas precisos.

14 – Enfermaria: local para cuidar e tratar ferimentos leves e moderados. É de responsabilidade de Amidae.

15 – Rampa para o convés principal: ponto de acesso de terra firme diretamente para o convés principal. Normalmente está levantada para impedir a entrada de estranhos.

16 – Rampa para a taverna: ponto de acesso de terra firme para taverna. Logo que o Lince Voador chega à um novo porto este é o ponto principal de acesso ao navio. À noite, este ponto está muito bem iluminado e com trânsito constante.

17 – Área da taverna: esta é a taverna propriamente dita. Ela comporta dezenas de clientes simultaneamente. Quando em funcionamento, os dois filhos da família Khrint correm por entre as mesas atendendo os clientes. Em zonas frias o nicho próximo à lareira é o mais concorrido, sendo um ponto acolhedor para conversas ou brigas. Em momentos especiais suas mesas podem ser afastadas e um palco é improvisado para apresentações de locais.

18 – Balcão de atendimento: o balcão de atendimento do Lince Voador é seu coração. Com alguns poucos bancos, ele é servido exclusivamente por Igoruna Khrint. Ali podemos experimentar as mirabolantes e deliciosas misturas testadas por ela. Ao mesmo tempo em que serve as bebidas, ela comando o funcionamento da cozinha e o andamento do atendimento das mesas, não se segurando para usar sua voz de trovão para colocar ordem em tudo. Muitas vezes podemos ver Grillhin ajudando no balcão e jogando conversa fora com os clientes.

19 – Cozinha: local onde são criados e produzidos todos os alimentos da taverna. O local é controlado por Thalerius Khrint, marido de Igoruna, e um dos melhores cozinheiros que já se viu cruzando os rios do norte de Zansara.

20 – Escada para o convés inferior: escada interna de ligação entre a taverna e o convés inferior.

21 – Cabine do cozinheiro e família: Dormitório da família Khrint. É um espaço reservado e incrivelmente aconchegante. Normalmente os filhos dormem em duas das cabines de hospedagem quando estão vazias (e mais de uma vez Dhalia já quis transformar aqueles em seus quartos, mas eles se recusam).

22 – Sala reservada: sala reservada para reuniões e encontros de clientes.

23 – Cabines para hospedagem: cabines que servem de quartos de aluguel.

24 – Escada para as cabines da tripulação: escada de liga as cabines da tripulação com a taverna.

25 – Banheiro: banheiro dos clientes.

26 – Escada para a taverna: escada interna de ligação entre a taverna e o convés inferior.

27 – Cabine de Anaya: mais alta que normalmente são as cabines, a de Anaya mais parece uma loja de armas. Cada espaço das paredes está ocupada com uma arma, escudo ou peça de armadura diversa. Com poucos móveis e pertences pessoais, sua fascinação foca-se em qualquer coisa que seja utilizada em um combate armado.

28 – Forja de Anaya: adjacente à sua cabine, a forja é realmente isso – uma forja. Aproveitando-se da lareira da taverna, que está exatamente acima da forja, ela se vale de uma intrincada estrutura onde ambas usam a mesma saída de ar. Tudo o que esperamos encontrar em uma forja em qualquer vila, será encontrada ali.

29 – Sala secreta: todo o navio que se preza tem uma sala oculta para fins diversos. O Lince Voador tem sua sala secreta estrategicamente próxima da cabine de Anaya, que serve como vigia. Ela comporta de uma carga preciosa à pessoas escondidas.

30 – Depósito: aqui temos todo o estoque de alimentos da taverna e dos tripulantes.

31 – Baia dos cavalos: cada um dos cinco aventureiros possui seu próprio cavalo para tarefas fora da embarcação.

32 – Depósito de bebidas: uma taverna deve ter extremo cuidado com suas bebidas e o depósito de bebidas da Lince Voador é ímpar em muitos aspectos. Por um lado por ter um rol de bebidas das mais distantes terras de Zansara. Por outro, por ter um verdadeiro laboratório onde Igoruna pesquisa novos e embriagantes sabores.

33 – Escada para as cabines da tripulação: escada de acesso entre a área das cabines e a sala de vôo.

34 – Sala de Voo: provavelmente o local mais importante e bem guardado do Lince Voador. A sala de paredes triplas reforçadas guarda os exemplares das pedras anãs com propriedades especiais. Elas são as responsáveis pela capacidade de vôo do Lince Voador. Para funcionarem elas são dispostas em um mecanismos de madeira estrategicamente ligado à principais vigas de madeira da estrutura do casco do navio. Quando dispostas nessa estrutura o navio flutua. Ruffus é o responsável por seu funcionamento (embora não seja o único que saiba como usá-las) sabendo com maestria como utilizá-las para estabelecer velocidade de subida ou descida e altitude pretendida.



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