quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Material de Apoio - Navegação 14

Material de Apoio - Navegação


Armamentos nos mares de Arton

Arton, como um cenário de fantasia típico, possui todos os armamentos apresentados nestes últimos artigos sobre navegação. Além deles, este mundo maravilhoso, possui variações próprias. Nos próximos artigos apresentaremos essas variações numa visão bem particular da equipe da Confraria. Além disso, vamos tentar apresentar a melhor forma, dentro das regras para d20 (e outros se possível), para usar os armamentos convencionais e os típicos do cenário.


Canhões

Arton é muito diferente de outros lugares no que diz respeito aos canhões. Como a maioria dos cenários de fantasia, a magia substitui em grande escala as armas de pólvora. Normalmente a crença e conhecimento das forças arcanas e a forte ligação das populações com as divindades do Panteão cria uma natural resistência à utilização da pólvora.

Mas, mesmo assim, a utilização de artefatos que se utilizem da pólvora existe, e são amplamente usados por navios. Em Arton há uma grande dificuldade para se adquirir uma peça de artilharia e maior dificuldade ainda para encontrar quem fabrique ou venda pólvora. Estes produtos são muito caros e raros, tornando-se um enorme atrativo para qualquer grupo de bandoleiros do oceano, e até mesmo, alguém interessado em conseguir um lucro fácil.


Canhões Doherimm

Os anões de Arton, como todo anão que se preze, não importa o cenário, são mestres na arte de fundição. Não por menos seus canhões são os mais procurados do continente. Seus trabalhos na fundição de peças de artilharia são verdadeiras obras de arte. A ornamentação vem desde a boca até a culatra da peça trazendo desenhos representativos da vida cotidiana dos anões, representando seres noturnos e das profundezas das cavernas ou outra figura da qual sejam pagos para fazer.

Pouquíssimos destas peças podem ser encontradas já que o povo anão não é muito afeito a sua produção sem um motivo especial. Como não utilizam canhões para lutar – acham um absurdo usá-los num combate – preferindo sempre o corpo-a-corpo, dificilmente algum aventureiro encontrará uma peça à venda em uma ferragem anã, mesmo dentro da cidade de Doherimm. Claro que com o pagamento certo e uma boa conversa qualquer anão ferreiro poderá se prontificar em produzir uma ou outra peça de artilharia. Isto poderá levar até trinta dias (para uma peça de tamanho normal) se o anão trabalhar sozinho e nunca menos de quinze dias.

As peças de artilharia fundidas por anões sempre terão 50% mais alcance e produzirão 30% mais dano (o alcance calculado usa como referência os dados utilizados no livro Piratas & Pistoleiros). Além disso, o peso das peças de artilharia anã, são sempre muito maiores do que seu equivalente.


Canhão Doherimm Pequeno: é uma peça de artilharia básica utilizada por apenas um homem. Possui um pequeno calibre e tamanho reduzido. Embora seu alcance seja pequeno, em mãos hábeis será um grande trunfo quando estiver próximo do navio adversário.

Possui duas variações. Uma delas é uma peça de artilharia sobre uma estrutura giratória. Esta peça giratória pode ser colocada tanto na proa quanto na popa. O sonho de qualquer capitão que se preze é ter uma delas na proa, bem na ponta do navio, e outras duas no castelo da popa, uma de cada lado. A outra variação seria uma peça, com rodas, que ficaria no convés principal pronto para ser deslocado de um lado para o outro ao sabor da batalha.

Recarregar um Canhão Doherimm Pequeno não requer muita prática, levando cerca de um minuto (ou 4 turnos) para tanto. Com a qualidade do trabalho anão, essas peças não precisam ser lixadas para retirar os restos de pólvora depois do disparo, tornando o processo de recarga muito mais ágil. Um artilheiro treinado poderá utilizar esta peça sem qualquer dificuldade. O disparo requer uma ação de rodada completa (da mesma forma que para canhões convencionais). Este aparto, diferente dos camhões de tamanho médio, requer uma jogada de ataque particular para cada peça utilizada.

Dano: 3d12 (ou outro, se a munição for especial)
Decisivo: x3
Alcance: 20m
Peso: 100kg
Tipo de Dano: variado
Custo: 1500 PO

Próximos: Canhão Doherimm Médio e o Inferno Anão.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Dragon Slayer

Dragon Slayer 22 - Avaliação

Fiquei um pouco apreensivo em escrever esta análise sobre a edição 22 da revista Dragon Slayer. Desde seu aumento de preço que não tenho me detido muito em analisá-la. Não por seu aumento, mas porque na época houve um debate mais ou menos acalorado sobre a questão preço/qualidade no Fórum Jambô. E não vou esconder que fui um dos grandes críticos da revista naquela ocasião. Desde então eu fiquei esperando o tempo passar para retomar o tema e ver o que acontecia de novo.

Bom....vamos ao que interessa.

CAPA: Este nunca foi um dos pontos fracos da DS. Para variar aqui seguimos a regra da qualidade da imagem e boa distribuição de títulos.

EDITORIAL: Eles acertaram em cheio dedicando o editorial à todos aqueles amantes do rpg que arregaçam suas manga, chamam uns amigos e saem por aí criando coisas incríveis - no caso, o Projeto Aliança Negra. Nem sempre querer é poder, mas pode ser o primeiro passo.

NOTÍCIAS DO BARDO: Temas variados e de momento. Seções como esta parecem fáceis de serem montadas, mas a quantidade de notícias e assuntos é tão grande que deslizes podem ser freqüentes. Mas elas foram muito bem escolhidas nesta edição. Destaque para o artigo principal esclarecendo o GSL da Wizard.

ENCONTROS ALEATÓRIOS & FALHAS CRÍTICAS: Esta seção não acrescenta em nada no que diz respeito à informação. Normalmente são cartas e email sem sentido. O que vale é o diálogo (pouco amigável e divertido das personagens). Já as falhas são hilárias.

REVIEWS: Três obras bem diferentes e, por isso mesmo, dando um equilíbrio à seção. Embora o texto sobre o 3D&T Alpha ser praticamente o mesmo já apresentado.

MESTRE DAS MASMORRAS – “ANIME”: Muito bom. Texto bem claro, desmistificando o gosto pelos animes e outros desenhos de estilo japonês. O mais interessante neste texto é a capacidade de sair daquela mesmice de dizer apenas “vocês devem gostar porque é bom, legal etc”. Há argumentos bem explicativos.

BACKGROUND – “ANTI-HERÓI”: O Leonel Caldela nos apresente um texto quase que filosófico (é sério...) sobre tudo o que há por detrás de um herói. Para aqueles que acham que jogar rpg é apenas sentar numa mesa e sair jogando não deixe de ler este artigo. É quase certo que muito (ou quase tudo do que tem neste texto) nunca foi pensado ou cogitado por aqueles que jogam e se dizem muito “experientes”.

CHEFE DE FASE – “O LICH DE FERRO”: Estamos voltando a boa fase do início da revista com bons chefes de fase. Este Lich, para Reinos de Ferro, é uma ótima preparação para os novos lançamentos do cenário para este 2009. Nele temos ganchos para aventuras, lendas & fatos e até um Novo Item. Vale até para quem é jogador de RF para ter umas idéias à mais.

CHEFE DE FASE – “EXPEDIÇÃO ARCANA”: Eles não poderiam deixar de fora algo para Tormenta. Bom temos uma ótima matéria aqui. Este grupo de expedicionários artonianos é realmente muito bem bolado. Não sei como deixaram de fora do “Galrasia: Mundo Perdido”. Além de que pode servir como chefe de fase, como enredo para aventuras, como foco central de uma campanha e muito mais.

GAZETA DO REINADO: Nada muito fora do comum. Algumas informações ligando Arton e Moreania em “Forjado a Ferro e Fogo”. Destaque para a matéria sobre Yuden.

PROJETO ALIANÇA NEGRA: Não há nada para se dizer sobre o projeto. Apenas reverenciar e bater palmas. Na verdade a matéria da DS serve apenas para aqueles desavisados que voltaram de Marte ontem e não sabem do que se trata. Junto há uma nova classe de prestígio – Rebelde Lamnoriano (inclusa no livro do projeto).

REINOS DE MOREANIA – “A MÃO. A MENTE. A MAGIA.”: Todos os amantes de Moreania (e me incluo entre eles) deve estar adorando esta matéria. É um verdadeiro beabá sobre magia. Para muitos pode ser bem básico. Mas se formos ver mais a fundo ele trás uma série de informações e detalhes para utilização neste cenário, inclusive com novos talentos. Além disso, essas matérias meio básicas, sempre ajudam muito aos novatos.

MUTANTES & MALFEITORES - “ACEITE O DESAFIO”: O sucesso de M&M não poderia passar batido pela DS. Aliado à isto teremos em breve o lançamento do segundo livro do sistema – “Manual do Malfeitor”. Esta matéira esmiúça o uso do “desafio”, tanto para M&M como para qualquer outro jogo d20. Muito interessante.

PURPURI: ótima matéria sobre os elfos de Ethora. É um boa opção para quem desejar variar um pouco de seus elfos convencionais. Acompanham novos talentos e uma classe de prestígio. Muito embora não seja uma matéria nova (pois já saiu na extinta DB) ela é muito interessante pois todo o dia temos novos jogadores ingressando no mundo do RPG.

AVENTURA – “A DEFESA DE NORM”: Uma aventura de 7º nível que faz um gancho com acontecimentos da Trilogia escrita pelo Leonel Caldela no “Crânio eo Corvo”. Curta, mas bem elaborada.

RAÇAS & CLASSES – “GNOMO”: Esta seção é muito boa pelo simples fato que demonstrar que todas as combinações são jogáveis se levarmos em conta as particularidades existentes.Imaginem jogar com um guerreiro gnomo!!!

HQs: Serei bem direto. Sempre gostei das tirinhas do Leonel Domingos. São curtas e divertidas. Sir Holland também continua no mesmo nível de antes, hilárias. Mas, para quem teve DBride até pouco, a hq do final desta edição foi lamentável.

GERAL: Está edição foi umas das melhores de muito tempo. O ponto forte foi a capacidade de trazer coisas novas para os leitores, seja em informação para os cenários, seja para o melhor desempenho dos jogadores. A Gazeta do Reinado ainda pode melhorar muito (não que ela seja ruim, ela esta ruim), mas seu potencial ainda será descoberto como em matérias do tipo a que fala de Yuden. Outro ponto positivo foi a variedade – tivemos Tormenta, Moreania, Reinos de Ferro e Mutantes & Malfeitores – sem exageros que transformassem a revista numa salada-de-frutas.

Nota: 8,5

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Felicitações natalinas

FELIZ NATAL!!!

Mais um Natal chegou. E a Confraria não poderia deixar passar em branco este momento.

Nesta época de festividades gostariamos de dividir com todos os votos de felicidade e alegria que recebemos. Todos aqueles que nos visitam regularmente sintam-se abraçados e congratulados neste dia especial. Que todas as meias estejam cheias de presentes, que todas as árvores natalinas estejam brilhantes e resplandecentes, que todas as ceias estejam fartas e que todos estejam alegres.

Um Feliz Natal para todos. São os votos da Confraria de Arton para vocês!!!!!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Diário de um Escudeiro - 19

Vigésimo nono dia de Cyd de 1392.

Nunca poderia imaginar que depois de um dia tão incrível, quanto o de ontem, tanta coisa pudesse acontecer. Foram horas de horror e ação. Não por milagre, mas por muito esforço estamos todos vivos. Parecia que o mundo havia virado de cabeça para baixo depois que adormecemos.

Estávamos todos em nossos locais de dormir. Não sei quanto tempo passou, mas foi o suficiente para que algumas das fogueiras perdessem sua força e para que as sombras conseguissem avançar um pouco sobre nós.

Enquanto Kalla ficava circulando por entre os arredores do acampamento, um vigia permanecia sobre um dos carroções à espreita. Todos dormiam tranqüilos.

Tudo aconteceu muito rápido e só no amanhecer é que conseguimos juntar as peças para percebermos como tudo começou.

Como a noite estava com um ar agradável de final de verão e o céu limpo, preferi dormir próximo à fogueira. A lua recém saíra de sua posição de trevas e iniciava-se timidamente em arco. Tudo estava mais escuro. Fui um dos primeiros a perceber tudo. Acordadei de pronto quando senti um impacto próximo de onde estava deitado com a queda do vigia de cima da carroça.

Demorei alguns instantes para perceber o que realmente acontecia. Mas antes mesmo de perceber já escutava os gritos vindo de todos os lados da floresta. Parecia que toda a mata estava acordando e dando salvas de guerra.

Do outro lado do acampamento Trícia já estava aos berros dando alarme enquanto Mikail escalava outra carroça. Os gritos da floresta agora eram engordados com os choros das raparigas e berros dos homens da caravana.

Eu ainda permanecia atônito sentado no mesmo lugar olhando o vigia que, pelo visto, já estava morto antes mesmo de tocar o chão. Seu pescoço estava transpassado por uma seta não muito maior do que dois palmos. Não era grande, mas suficientemente mortal para derrubar o homem. O sangue espalhava-se abundante.

Mais um instante e o céu ficou iluminado, mas não de estrelas. Flechas com pontas ardentes cruzaram a noite espalhando-se por todo o acampamento atingindo tendas e carroças. Estava longe de ser uma saraivada coordenada de arqueiros, mas eram mais que o suficiente para espalharem o terror.

A desordem estava feita.

Os homens que estavam correndo para pegar em armas agora tinham de se preocupar com o fogo também. Karbos juntou alguns indicando onde jogar água, enquanto Sullion, empunhando uma maça metálica e enferrujada, formava um pequeno grupo de resistência aqui e ali.

Os gritos estavam cada vez mais fortes. Do alto de uma das carroças vi Trícia – que subira rapidamente numa – lançar uma flecha, depois outra e mais outra. Mikail corria, empunhando sua besta, por sobre as carroças indo para o lado oposto ao que a caçadora estava protegendo. Mas mesmo assim os gritos pareciam mais altos e em maior número.

Pelas laterais do acampamento, por entre as carroças, surgiram os primeiros sinais do perigo que nos espreitava. Alguns homens de aspecto animalesco transbordaram por entre os vãos saltando de armas em punho.

As mulheres que se refugiaram na carroça que estava quase no centro do acampamento fecharam todas as janelas e portas. Ao redor da carroça cerca de dez homens, mais Sullion, prepararam-se para enfrentar os bandidos e proteger as mulheres. Eles correram todos tentando formar um obstáculo para os bandidos.

O transbordo de homens asquerosos não parou até terem entrado pelo menos uns vinte. A ação de Trícia e Mikail parecia ter impossibilitado a vinda de mais deles pelos outros lados. Mas os que já tinham entrado eram mais do que suficientes. Além do fogo, é claro, que já deixara uma carroça em chamas que subiam ao céu fazendo com que muitos homens tentassem com que as chamas não avançassem.

O combate começou forte, frio e desmedido.

Os invasores carregavam espadas curtas em sua maioria e um ou outro levavam machados pequenos, além disso um, pelo menos, trazia uma besta. De pronto eles derrubaram pelo menos a metade da oposição formada pelos empregados da caravana. Os trabalhadores de Sullion e Karbos não eram guerreiros de formação e tentavam o seu melhor. Mas isto não era o suficiente.

Sullion, que parecia ser o mais treinado deles, como todos os anões, derrubou dois apenas num movimento de sua pesada maça de um lado para o outro. Karbos correu com mais alguns para tentar impedir o pior. A luta continuou entremeada por berros de dor, ódio e medo.

Mesmo alguns dos bandidos sendo abatidos a diferença e o transcurso do resultado final parecia ser inevitável.
Do lado de onde estava Mikail surgiram alguns invasores cruzando o vão entre os carroções e indo na direção do centro. O jovem caçador não teve condições de frear à todos os que vinham por aquele lado.

Naquele momento meu senhor saiu de sua tenda, que ficava no meio do caminho entre os invasores que passaram pela posição de Mikail e o carroção do centro. Sir Constant, trazendo a espada em punho, mas com o rosto inchado pelo excesso de vinho, parecia ter sido acordado mais pelo barulho que o incomodara do que pela urgência do momento. Mas mesmo assim, não sei se por experiência ou reflexo, ele conseguiu desviar de um ataque e girando corpo decepou uma cabeça sem muito esforço, freando o avanço dos outros.

O centro da caravana tinha as feições de uma grande arena. Era só luta por todos os lados. Eu ainda estava inerte no mesmo lugar, e por esse motivo mesmo, havia passado desapercebido. Eu estava mais ou menos às costas dos bandidos. E cada vez mais bandidos permaneciam de pé, e cada vez mais camaradas da caravana estavam inertes no chão. Sullion e Karbos lutavam bravamente. Sullion parecia até estar com um brilho nos olhos, como todo o bom anão. E os bandido já haviam percebido que a maior resistência estava nos dois amigos.

Os dois estavam um de costas para o outro e iam lutando e lentamente girando contra pelo menos uns seis bandidos. Um dos homenzarrões um pouco mais distante, o líder quem sabe, pelas feições também percebera isso e gritou algo inintelegível para aquele que tinha uma besta em mãos. Prontamente ele fixou os olhos na dupla de donos da caravana, levantou o mecanismo e mirou a besta.

O infeliz com a besta estava a pouco mais de dez metros a minha frente. E ele estava a uns quinze metros de distância de meus novos amigos. Seria um disparo fácil. Ele já havia derrubado pelo menos uns quatro empregados da mesma forma. Era uma covardia sem tamanho derrubar nobres combatentes desta forma por motivos mesquinhos.

Eu tive de fazer algo. Nem imagino como cheguei tão rapidamente ao meu alvo. Corri com a adaga em punho e joguei sobre o bandido com a intenção de pelo menos dificultar-lhe o trabalho.

Com o impacto o disparo saiu completamente fora da direção do alvo, riscando o ar próximo à cabeça do anão. Eu cai me esfolado um pouco e o bandido um ou dois metros à frente. Com a queda a corda da besta arrebentou inutilizando a arma. O bandido levantou, jogando a besta para o chão e correu em minha direção. Sua espada pequena, que ele elevara acima da cabeça, baixou rapidamente. Se não fosse minha velocidade em desviar teria me cortado ao meio.

Mas as dicas de Mikail se mostraram muito mais importantes do que eu imaginava. Dei apenas um passo para o lado e a espada baixou rente à mim. Tive todo o flanco do bandido para enterrar minha arma. Ela penetrou um pouco abaixo das costelas. Mas deve ter sido muito mais fatal do que eu podia supor, pois logo que a adaga penetrou, ele perdeu forças e caiu de rosto no chão.

Foi minha primeira morte. Mas nada me tirava da cabeça que houvera sido por um motivo nobre. Às vezes temos de fazer o mau para que o bem triunfe. Ainda tive tempo de cooperar mais um pouco enfrentando mais um dos bandidos, mas sem matá-lo, pois já estava ferido.

Aos poucos nossa sorte mudou. Sullion e Karbos derrubaram, mataram ou inutilizaram a maior parte de seus oponentes. Sir Constant também tinha um bom número de corpos aos seus pés e parecia estar muito feliz com a matança. Trícia já estava no chão e ajudava com os últimos oponentes enquanto Mikail ajudava nos incêndios.

Mas quando tudo parecia calmo, do nada, surgiu um homem estranho. Era baixo, pouco mais alto que um anão. Tinha estampado no rosto uma carranca ornada com grossas sobrancelhas negras. Mas o que mais assustava era seu ar de tranqüilidade como se fosse dono da situação.

“- A perda destes homens será um transtorno, com certeza será. Mas de onde eles vieram posso conseguir muitos mais. E o dinheiro que ganharei com sua caravana vale este ínfimo contratempo” – disse numa voz que parecia estar dentro de nossas cabeças.

Logo percebemos que ele era um manipulador das artes mágicas. Num movimento rápido de suas mãos e palavras que saiam quase sem faze-lo mover os lábios lançou algo viscoso e esbranquiçado que grudava em tudo o que tocava. Esta teia avançou do mago e depositou-se em tudo que estava próximo da carroça central numa grande área circular. Sir Constant, Karbos e Sullion, juntamente com quase todos os sobreviventes, caíram totalmente enredados.

Trícia e Mikail, que estavam um pouco mais distantes, correram na direção do mago, mas ele apenas levantou a mão e com uma palavra fez os dois pararem. Eles arregalaram os olhos e largaram as armas. Incrivelmente eles se jogaram ao chão e rastejaram como se estivessem fugindo de algo desesperadamente. De início não entendi. Mas logo meu coração começou a ficar negro e o medo de algo que não entendia apossou-se de mim. Fiquei paralisado num momento e logo depois estava me jogando embaixo de uma carroça para me proteger de não sei o que.

Num segundo movimento ele abaixou-se, tocando a terra com uma das mãos, e disse algumas palavras tão incompreensíveis quanto as anteriores. Um pequeno redemoinho surgiu ao seu redor movendo muitas folhas e cinzas. Ele levantou-se calmamente e do chão surgiu algo incrível. Foram subindo estalagnites de cerca de um metro e meio do chão, uma atrás da outra, em uma fila que ia na direção dos infelizes presos naquela teia. Eles seriam empalados.

O sorriso estampado no semblante do mago chegava a ser irritante. Mas de repente seu sorriso foi freado. A boca entreabriu e uma estalagnite parou sua subida à centímetros da genitália do primeiro dos empregados da caravana que seria empalado.

Do ventre do mago dava para perceber a ponta de uma lâmina saindo ensangüentando toda a seu ventre. O mago caiu de joelhos, e dali foi ao chão com os braços abertos.

Somente o silêncio agora.

Atrás do mago estava Kalla. Segurava sua espada curta numa das mãos. O outro braço tinha a aparência de estar quebrado. Na verdade ele estava coberto de sangue e com um olho quase completamente fechado pelo inchaço.

“- Com toda a certeza eu odeio magos! Êta criaturinhas mais incômodas!” – disse Kalla numa tosse que veio junto com um pouco de sangue num bom humor desconcertante.

Com a morte do mago a teia sumiu e o terror em nossas almas também. Tudo se acalmou. Agora o peso insuportável da fadiga caiu por sobre todos nós. Aquele peso da perda de amigos e de sangue inocente derramado.

Quase nenhuma palavra foi trocada. Todos tentamos dormir. Poucos conseguiram.

__________ o O o __________

No outro dia não saímos cedo da manhã, como havia sido planejado. Só conseguimos levantar acampamento depois do almoço. O descanso foi merecido. Pouco antes do almoço a patrulha de cavaleiro yudeanos passou por nossa caravana e soube do ocorrido com uma certa surpresa. Chega a ser irônico que quando mais precisamos foi justamente quando não pudemos contar com eles.

Enterramos nossos mortos naquela clareira mesmo. Descansariam ali sob a tutela da mãe Allihanna. Kalla passou o resto da viajem deitado numa das carroças, se recuperando. Ele contou-nos que fora atingido por algum tipo de sortilégio do mago que o deixou desacordado. Ainda inconsciente foi espancado e deixado para morrer num canto qualquer daquela mata.

“- Mas seu erro foi que não se certificaram de minha morte, lentamente eu segui os bandidos e espreite até o momento exato. Eu sabia que o mago era o ponto principal daquele combate” – disse Kalla deitado em sua cama improvisada.

O resto do caminho até Gallienn não foi tão festivo. Todos estavam com as almas pesadas. As pouco mais de cinco horas restantes do percurso foram bem diferentes da noite anterior. Já no início da noite pudemos vislumbrar ao longe as luzes das casas de Gallienn. Meia hora antes já notamos que o fluxo de carroças e o vai-e-vem de cavalos intensificara-se. Muitas pequenas estradas desembocavam na via principal de acesso à cidade trazendo muitos viajantes. Era véspera do grande dia e a cidade estaria cheia com toda a certeza.

Já era noite fechada quando a caravana conseguiu atravessar os portões da cidade depois de responder à uma enorme lista de inquirições dos guardas yudeanos e de uma minuciosa revista. Sullion disse que todo o ano era a mesma coisa. Mesmo eles vindo para as festividades, nos últimos quinze anos, sempre tinham de passar pelo mesmo processo.

As carroças ficavam numa área próxima à praça central onde uma grande feira era organizada. Depois de tudo em seu lugar acompanhei Sir Constant para as despedidas. Enquanto ele conversava dentro da tenda dos donos da caravana eu fiquei esperando do lado de fora.

Quando meu senhor saiu disse apenas para não me demorar e encontra-lo na Taverna do outro lado da rua. Atrás dele saíram Karbos e Sullion.

“- Pequeno amigo, queria lhe agradecer” – disse Sullion – “eu vi o que você fez. Foi algo de muita coragem, além de que eu poderia estar morto não fosse a sua intervenção. O meu povo nunca esquece uma prova como esta” - ele colocou uma das mãos sob o seu manto e tirou um pequeno pano que enrolava algo – “tome este pequeno préstimo como prova de que nunca esquecerei sua ajuda”.

Eu recebi o pequeno embrulho e o abri. Dentro havia um anel. Mas não um simples anel. Era lindo, embora rústico, talhado em algo parecido com osso ou algum chifre. Tinha um símbolo estranho. Testei e coube perfeitamente em meu dedo. Parecia como tendo sido feito sob medida. Agradeci-lhe e recebi um grande abraço que quase partiu-me ao meio. Karbos também foi muito caloroso em sua despedida.

Por fim despedi-me do trio de aventureiros. Kalla ainda estava de cama e deveria ficar assim por mais alguns dias. Trícia e Mikail foram muito amigáveis.

“- Pelo visto iniciaste na vida das aventuras, heim!?! Podes acreditar que depois que tomamos gosto pela coisa é difícil de largar esse vício” – disse Trícia, continuando – “e agora tens todo o reconhecimento do povo anão”.

“- Como assim?” – perguntei.

“- Ora. Não sabes o que recebeste de presente? Este anel serve para que todo e qualquer membro daquela raça saiba que um dia você salvou a vida de um deles. E isso tem grande valor na cultura anã” - explicou ela.

“- Além disso comenta-se que quase sempre esses anéis têm alguma particularidade mágica” – sussurrou Mikail me dando um cutucão leve com o cotovelo.

“- Adeus pequeno Tyrias. Tenho certeza de que ainda vamos nos ver. Afinal, Arton não é tão grande assim!” – proclamou Trícia apertando minha mão e saindo com sua montaria.

“- Isso mesmo. Todos os nossos destinos estão entrelaçados num ou noutro momento. E como proclamas tua simpatia pelo grande deus da justiça – Khalmyr – deves ter sempre em mente que, embora Nimb jogue os dados, ainda é Khalmyr que move as peças!” – disse Mikail, fazendo uma reverência e saltitando para a direção de Trícia.

__________ o O o __________

Foi um dia para não me esquecer tão cedo. Matei meu primeiro adversário. Não sei ao certo o que isto mudou me mim. Sei apenas que mudei. Pensando melhor eu tenho uma vaga idéia de algo que aprendi com isso. Matar não é bom. Mesmo quando necessário, tirar uma vida não trás nada que nos acrescente algo. Em muitos momentos pode ser a coisa necessária a ser feita. Mas não é bom.

Aqui, deitado agora, fico revivendo aqueles momentos de combate e sangue. Gostaria de não ter que passar por isso novamente, mas algo me diz que nunca mais ficarei longe disso.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Material de Apoio - Navegação 13

Material de Apoio - Navegação


Armamentos dos Piratas III

CANHÕES


Não se pode pensar em grandes aventuras pelos mares sem lembrarmos das insuperáveis batalhas travadas com canhões de lado a lado.


O desenvolvimento dos canhões foi lento dentro da história, principalmente no que tange aos utilizados em navios. Inicialmente eram de ferro forjado e de tamanho pequeno. Costumavam ser colocá-los na proa, em uma estrutura giratória, para disparos um pouco mais precisos e eficazes em curta distância, mas faziam, na verdade, mais barulho do que estrago.



Com o tempo o desenvolvimento da arte de fundição possibilitou a criação de canhões de barras de ferro fundidas e reforçados por anéis de ferro, ficando ambas as extremidades abertas. Eles eram fixados em estruturas de madeira sem rodas. Ainda tinham uma capacidade de disparo muito reduzida, pois possuíam alma lisa (não havia ranhuras dentro do cano). Sua munição não passava de pedras de calcário. Nesta época eles eram dispostos em plataformas de madeira agrupados normalmente me número de três à quatro no convés. Assim poderiam ser disparados juntos ou individualmente.


Com o início do século XV a evolução da fundição do bronze possibilitou um grande impulso na fabricação dos canhões. A grande qualidade das peças fez com que sua utilização ultrapassasse cem anos em alguns países. Mas seu grande custo era um empecilho considerável. As possibilidades da fundição em bronze abriram as portas para a criação de diversos calibres.


Junto à evolução dos canhões, a munição começou à evoluir também sendo substituídas as pedras por projéteis de ferro ou chumbo. Como os projéteis variavam em tamanho e peso os canhões começaram a ser classificados conforme o peso do projétil que utilizava.



Mas, por incrível que pareça, a grande inovação técnica que revolucionou a guerra com canhões no mar, foi a invenção das portinholas nas laterais do casco. Sua utilização possibilitou que as peças de artilharia saíssem dos conveses e tomassem lugar em pontos que se tornariam ainda mais mortíferos. A possibilidade de dispararem de conveses mais baixos, podendo atingir o adversário na linha da água, era um incremento tremendo à utilização estratégica deles. Além disso, com as portinholas, poderiam agregar mais peças de artilharia por navio, utilizando-se de mais de uma linha de tiro por lado conforme as possibilidades da embarcação. A capacidade de mais ou menos bocas de fogo por embarcação criou uma forma de classificação dos navios conforme seu poder de fogo indo da primeira à sexta clase.



Os tipos de canhões fundidos são classificados conforme a munição possível dele utilizar.


PEDRAS COMO MUNIÇÃO: Estas peças utilizavam pedras (normalmente de granito) como munição sendo conhecidos também por pedreiras. Possuíam carregamento apenas pela culatra (parte oposto de onde há o disparo) e possuíam grande variedade de calibres, mas com pouquíssima precisão.


PEÇAS DE METAL COMO MUNIÇÃO: Estas peças de artilharia poderiam ser divididas em colubrinas (itens A e B na imagem abaixo) e canhões (item C na imagem abaixo). Eram carregados, na grande maioria dos casos, pela boca e todos possuíam uma armação com quatro rodas. O uso das rodas é explicado pela necessidade de recuar a peça para que fosse carregado de forma mais eficiente. Este processo era demorado, mas mais eficiente do que sua alternativa que consistia em colocar um artilheiro montado sobre o cano, do lado de fora, para recarregar a peça. A diferenças entre canhões e colubrinas estava na relação comprimento-calibre da peça. As colubrinas tinham maior comprimento do cano em relação ao calibre que utilizava, tendo, conseqüentemente, maior alcance que os canhões. Elas poderiam variar em: Quarto de colubrina (munição de 2 Kg e alcance de 0,4 à 2 Km); Meia colubrina (munição de 5 Kg e alcance de 0,8 à 4,5 Km); Colubrina (munição de 11 Kg e alcance de 1,5 à 6 Km); Grande colubrina (pesando 2 toneladas, com munição de 14 Kg e alcance de 1,8 à 7 Km).



Os marinheiros que manejavam as peças de artilharia tinham funções específicas. O Bombardeiro seria o artilheiro principal e a pessoa com maior conhecimento no ato de usar a peça de artilharia. À ele cabia escolher a munição, realizar a mira e efetuar o disparo. O bombardeiro só respondia ao Condestável – cargo ocupado por um imediato ou contramestre. O bombardeiro era auxiliado por um ou dois marinheiros variados (marujos ou grumetes).


O ATO DE DISPARAR:


A ação de disparo dos canhões era não muito complexa, mas necessitava de certo conhecimento e muita prática. Aqui será apresentada a forma de utilizar peças de maior calibre e localizadas nos conveses inferiores (mas não diferiam muito das pequenas peças de artilharia que eram utilizadas no convés superior, havia diferença apenas no tamanho da munição utilizada).


CARREGAR: O canhão era retrocedido cerca de um metro e meio à dois metros para melhor manuseá-lo. Este procedimento era demorado devido ao peso da peça, mas possibilitava um carregamento mais eficaz. Normalmente se utilizavam dois homens junto à embocadura da peça para carregar. A pólvora era depositada pela boca da peça. A medida de pólvora era, mais ou menos, o mesmo do peso da munição. Esta pólvora poderia ser colocada de duas formas – numa ela era colocada à granel dentro do cano; na outra ela estava acondicionada em pequenos sacos já na medida certa. Após isso ela era socada com uma vara comprida com um tipo de estopa na ponta. Depois a munição era depositada e igualmente socada. Novamente o canhão era avançado até a portinhola do casco. O bombardeiro efetuava a mira conforme as ordens do Condestável. Estava pronto para o disparo.


DISPARO: Com a pólvora socada, normalmente o atirador (bombardeiro), apenas encostava algum elemento em brasa no orifício, na parte superior da peça, que era o suficiente para acender toda a pólvora. Com a explosão da pólvora e o disparo da munição o canhão poderia ser jogado até três metros para trás. Para prevenir danos internos ao navio ou aos marujos, haviam calços para as rodas do canhão numa distância que possibilitava que recuasse cerca de dois metros. Além disso, poderia possuir um jogo de cordas, dispostos com roldanas, para amenizar e frear seu recuo.

RECARREGAR: Após o disparo o cano atingia grande temperatura não sendo incomum queimaduras nos artilheiros. Ele devia ser limpo e escovado dos restos de pólvora do disparo anterior antes de receber novamente a pólvora. Isso poderia levar mais de três minutos. Após isso só era necessário repetir os passos anteriores e efetuar novo disparo.

Confira também:
Armamentos dos Piratas - Armas brancas
Armamentos dos Piratas - Armas de fogo

Arquivo de Fichas - Mutantes e Malfeitores - Manto e Adaga

Arquivo de Fichas - Mutantes e Malfeitores
Manto & Adaga


ADAGA – Tandy Bowen


Nível de Poder: 8

FOR 10 (0) DES 16 (+3) CON 12 (+1) INT 14 (+2) SAB 14 (+2) CAR 14 (+2)

Resistência +5; Fortitude +4; Reflexo +4; Vontade +6.

Ataque +4, +6 [adagas de luz]; Dano 0 [desarmada], 10 [adagas de luz]; Defesa +11; Esquiva +5; Iniciativa +7.

PERÍCIAS: Acrobacia +7, Intuir intenção +6, Notar +7, Performance [dança] +9.

FEITOS: Alvo esquivo, Armação, derrubar aprimorado, Especialização em ataque [adagas de luz], Iniciativa aprimorada, Sem medo, Sorte.

PODERES: Controle de luz 8 [PA: Criar objeto 8 [adagas de luz] [Feito: Maestria em arremesso 2]; Raio [de luz] 6 [PAD: Pasmar 6 (somente visão); Falha: Ação –1] – Ligado - Cura 5 [Feito: Sedativo; Falha: Limitado –1 (somente outros)]; Super-sentidos 2 [Detectar escuridão, Percepção da escuridão].

Pontos: 106
20 (habilidades) + 12 (salvamentos) + 30 (combate) + 4 (perícias) + 7 (feitos) + 33 (poderes)


MANTO – Tyrone Johnson

Nível de Poder: 11

FOR 16 (+3) DES 12 (+1) CON 12 (+1) INT 16 (+3) SAB 14 (+2) CAR 10 (0)

Resistência +8; Fortitude +6; Reflexo +3; Vontade +6.

Ataque +6; Dano +3 [desarmado]; Defesa +14; Esquiva +7; Iniciativa +1.

PERÍCIAS: Conhecimento [Manha] +7, Intimidar +7, Intuir intenção +5, Obter informação +6.

FEITOS: Agarrar aprimorado, Armação, Assustar, Ataque furtivo, Blefe acrobático, Duro de matar, Presença aterradora 2, Esforço supremo [salvamento], Sem medo.

PODERES: Intangível 3 [energia da escuridão] [PAD: Super-movimento 2 (andar no ar); Feito: Inato; Falha: permanente –1]; Controle da escuridão 6; Teleporte 5 [Falha: curta distância –1]; Bolsão dimensional 4 [Feito: Afeta intangível] – Ligado – Drenar 7 [Todas as características – Extra: Vampírico +1; Falha: Ação –1 (completa)].

Pontos: 175
22 (habilidades) + 40 (combate) + 18 (salvamento) + 5 (perícias) + 10 (feitos) + 80 (poderes)

Diário de um Escudeiro - 18

Vigésimo oitavo dia de Cyd de 1392.

Realmente o amanhecer na Estalagem fora ótimo. Sir Constant acordou cantarolando como raramente eu vira. Ele passou aquele dia numa alegria esfuziante. As brincadeiras dele eram constrangedoras para as moças que nos acompanhavam. Na saída da estalagem um grupo de comerciantes pediu o obséquio de acompanharmos sua caravana até Gallienn. Então, na nossa companhia, estava uma quantidade considerável de pessoas, e isso incluía algumas raparigas que se derretiam para cada piada que meu senhor contava.

Assim o humor de Sir Constant estava garantido pelo menos pelo tempo em que elas nos acompanhassem. E elas, pelo visto estavam, também, encantadas com a presença de um verdadeiro cavaleiro.

Aquele primeiro dia transcorreu calmo. Os ares do outono melindrosamente avançavam tentando quebrar o calor já não tão forte. Era um caminho fácil este pedaço até Gallienn. Florestas de árvores não tão exuberantes em tamanho, mas sempre belas como tudo o que a grande mãe Allihanna cria. Claro que vez por outra a presença de cavaleiros de Yuden nos escrutinando era notada numa permanente vigília.

Conheci algumas pessoas bem interessantes, sem bem que o termo interessante pode ser usado à exaustão por mim que nunca saí dos campos de Namalkah. A caravana que acompanhávamos era composta por seis carroções abarrotados de mercadorias. Tinham ainda mais cinco carroças particulares para os comerciantes e seus empregados.

A caravana era uma sociedade de dois amigos, Karbos & Sullion Mercadorias, como eles mesmos se denominavam. Karbos era de Deheon e Sullion era um anão. Conheceram-se num dos grandes festivais de Gorendil a mais de vinte anos. De lá para cá sempre trabalharam juntos. Sua caravana era seu lar. Suas carroças levavam tudo o que precisavam para viver, inclusive suas famílias. Não que não tivessem uma casa da forma convencional, mas preferiam ficar de olho nos negócios. Além deles, acompanhavam a caravana quase três dúzias de empregados de todos os tipos. Eram vendedores, aias, camareiras e empregados para todas as necessidades que o negócio pedisse. Inclusive um grupo de três aventureiros que prestavam trabalho de segurança para Karbos e Sullion.

Kalla era um ladino. Como ele mesmo dizia - “quem melhor do que um ladrão para proteger os outros destes larápios das estradas?”. Era um Halfing muito alegre de olhos vívidos. Usava uma roupa totalmente verde para lhe deixar o mais camuflado possível no meio do mato. Ele ficava o tempo todo à frente da caravana ora avançando algumas jardas ora acompanhando os donos dando-lhes algumas dicas.

Trícia era uma aventureira das matas. Muito bela logo chamou a atenção de Sir Constant, mas pelos seus olhares ela estava mais disposta à retalhar-lhe do que fazer afagos. Montava um belo cavalo malhado que parecia entender tudo o que ela lhe falava. Volta e meia seu arco era retesado sem aviso e uma flecha encontrava um alvo que faria parte do jantar.

O terceiro aventureiro era Mikail. Ele era um caçador muito jovem que se dizia com ser um adepto do deus menor Lupan, deus dos caçadores. Era um pouco mais velho do que eu, mas sua experiência estava léguas de distância. Me contou que crescera no meio da floresta numa pequena vila de caçadores aos pés das Uivantes.


Passei quase toda a primeira parte do dia ao seu lado ouvindo suas aventuras junto dos outros dois aventureiros.
Contei-lhe, com muito orgulho, de minha contenda nas portas de um templo de Keenn e de minha vitória. Mas disse-lhe que tinha vontade de me aprimorar para ser mais útil ao meu senhor.

“- Tinha que aprender mais do uso da adaga, pelo menos, e quem sabe de uma espada pequena” – disse-lhe.

“- É verdade. Acho que todo o rapaz tem o dever de aprender a manusear uma arma para lhe proteger e para proteger os seus.”

“- Meu senhor precisa de que lhe seja o mais útil possível.”

“- Não sei bem se ele é a pessoa mais indicada para precisar de algo ou se está interessado nisto, mas posso lhe dar umas dicas iniciais, até que encontre alguém mais indicado par isso.” – ao que parece meu senhor não atraia muitos fãs.

Na tarde, nem o almoço tinha se assentado bem e já estava procurando Mikail para minhas primeiras aulas.


Foram dicas sobre o uso correto da adaga num combate. Ele explicou-me que das diferenças de usar a adaga nos afazeres da fazenda, como eu estava acostumado, e do uso num verdadeiro combate.

É incrível como apenas mudando a posição da adaga na mão já sentimos grande diferença na luta. Ele ensinou-me primeiramente algumas posições de defesa. Ele disse-me que se conseguirmos nos defender já é meio caminho andado. Foi uma hora muito proveitosa. Quando recomeçamos a viajem e lhe continuou a dar-me dicas mesmo sobre o cavalo. Sir Constant continuava seguindo viajem ao lado da carroça das raparigas que quase caiam dela por tanto se debruçarem tentando chegar mais perto dele. Com isso meu treinamento passou desapercebido.

Na nossa parada para dormirmos dispomos as carroças em um círculo bem fechado e acendemos algumas fogueiras do lado de fora e de dentro do círculo. Trícia tinha caçado pelo menos uma gazela e um porco do mato. Além disso, Karbos e Sullion não eram conhecidos por serem mesquinhos quanto as refeições. O jantar fora fartíssimo.

Depois de todos meus afazeres junto ás necessidades de meu senhor, e aproveitando que ele já estava engraçando-se com pelo menos três moças, corri para a fogueira dos aventureiros. Kalla estava no meio do mato e por lá ficaria para espreitar nosso redor. Comi meu jantar junto de Mikail e Trícia. Nesta altura ele já contara minha aventura para a aventureira que logo me passou tantas dicas que confesso não lembrar nem da metade. Depois pediu para que demonstrasse o que Mikail houvera me ensinado numa demonstração teatralizada como se estivéssemos – eu e ele – num verdadeiro combate. Ela ia interrompendo e corrigindo uma coisa ou outra entre cada gole na garrafa de vinho.

Por fim, depois de algumas horas de muita diversão ela adormeceu recostada em seu cavalo. Todo o acampamento estava em silêncio e a maioria das lamparinas estavam apagadas. Os sons da floresta estavam mais presentes ainda. O único som díspar vinha da tenda de Sir Constant, e ele não estava sozinho.

Conversei ainda mais algum tempo com Mikail, mas logo vim para a minha tenda. Não desejava perder nenhum detalhe para colocar no diário.

Foi um dia incrível.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Romance II

REVELAÇÕES
Julio "Julioz" Oliveira

Capítulo - 2. O Mastro Partido

Islade caminhava apressado pelas ruas pavimentadas em direção ao porto. Andava por pequenos espaços deixados pela multidão que se dirigia no sentido contrário ao centro. O sol já iluminava pouco, a milícia se espalhava pela cidade em busca de confusões.

O jovem olhava um pequeno pedaço de pergaminho em que Rongald havia desenhado um rústico mapa. Seguindo as instruções, Islade dobrou a esquerda e se viu em uma rua ampla.

Nela, todas as casas eram grandes e de aparência fina. Olhou o mapa novamente procurando a casa a qual deveria ir. Identificou-a rapidamente. Continuou por mais alguns metros para só então chegar ao seu destino.

A casa que procurava era imponente. Mesmo comparada às outras obtinha destaque. Tinha arquitetura elfica - ele já vira construções do mesmo tipo em Valkaria. Janelas altas e de pouca largura, enfeitadas com vidro trabalhado de Cosamhir. Um muro não muito alto cercava completamente a propriedade, onde alguns guardas faziam ronda. Na entrada principal ficava um grande portão de madeira trabalhada. Islade se aproximou e um dos homens falou:

“– Quem se aproxima, e o que quer?”

“– Sou Islade Valkair, e desejo ter-me com Allaud Meroveu .”

“– Peço que aguarde” – e se dirigiu portão adentro, em uma postura exemplar.

Islade observou o segundo guarda. Era um senhor de idade avançada, cabelos brancos e barriga de taverna. Percebeu que aquela guarda, não era nada mais que fachada. Trajava uma velha armadura, que estava impecavelmente limpa. No centro do peitoral um símbolo, uma garça com um peixe em seu bico.

Ainda aguardando girou os calcanhares apreciando a bela vizinhança. O guarda retornou algum tempo depois – “Meu senhor o espera” – e abriu o portão – “siga-me, por favor.”

O rapaz foi guiado por um vasto jardim ornamentado de flores com cores exuberantes. Refletidas pelo sol, as de cores mais fortes, pareciam estar vivas. Havia estatuas, todas retratando mulheres nuas tocando instrumentos musicais, sendo a harpa o mais freqüente.

Chegaram a uma grande porta de madeira escura. Era entalhada com perfeição e mostrava a imagem da estátua de Valkaria, de joelhos e braços aos céus. Islade se espantou com tamanha obra de arte feita em uma simples porta de entrada. Seu guia se antecipou e de leve bateu na porta três vezes.

A porta se abriu sem ranger e de dentro surgiu um homem pequeno e velho vestido em trajes finos e aparentemente desconfortáveis.

“– Vamos, entre meu senhor o espera no salão de visitas” – ele se despediu e fechou a porta após Islade passar.

“– E onde fica a sala de visitas?” – perguntou o jovem - “Acho que se andar por ai sozinho posso me perder”.

O mordomo riu baixo, e com uma mesura - “Por aqui, senhor.”

Islade foi conduzido até um grande corredor, totalmente iluminado por janelas laterais, que levava a um salão imenso. Este era ricamente mobiliado tendo no centro quatro sofás, formando um quadrado. Em um deles, um senhor ainda menor que o mordomo, aguardava deitado.

“– Sente-se e me diga em que posso lhe ajudar meu jovem!” - o homem tinha uma expressão bondosa, que se perdia nos fartos cabelos.

Islade caminhou até o centro da sala. O cômodo tinha varias estantes, todas completamente cheias de livros. A organização era simétrica onde pergaminhos enrolados tomavam conta de várias estantes. O padrão de estantes só era quebrado por uma escrivaninha em um dos cantos. Parecia estar cheia com mais pergaminhos. O ambiente era arejado por um grande numero de janelas enfeitadas com lindas cortinas de linho vermelho. Tudo na sala brilhava de tanta limpeza. Os móveis eram de excelente qualidade. Coisas da nobreza.

O homem sentou-se desabarrotando suas roupas finas. Arrumou os cabelos bagunçados e fez um sinal ao mordomo, que se retirou rapidamente.

“– Bom. Vim até aqui senhor Meroveu, por que o diretor Rongald disse que podia me ajudar” – disse Islade cumprimentando-o com um aperto de mão.

“– Sem formalidades meu jovem, pode me chamar de Annaud” - disse o senhor – “se Rongald falou de mim, aceitarei lhe ajudar de bom grado. Mas que tipo de ajuda é essa?”

“- Preciso embarcar em um navio que siga para o norte” – falou Islade – “mas preciso embarcar ainda essa semana.”

O mordomo retornou com uma bandeja em mãos trazendo uma chaleira fumegando e duas xícaras de porcelana – “Aceita chá, senhor Islade?”

O jovem recusou. O anfitrião por sua vez aceitou sem demora, misturou o conteúdo com uma pequena colher de prata e bebericou suavemente.

“– Certo. deixe-me ver os registros” – dizendo isso Meroveu se dirigiu à escrivaninha, abriu uma das gavetas e retirou alguns documentos – “O próximo navio...” - falando isso o velho senhor colocou um pequeno óculos no rosto e começou a examiná-los. Depois de alguns minutos olhou para seu convidado e disse – “você não chegou em uma boa hora rapaz, a maioria dos navios já partiu e os que ficaram só partirão depois do fim do inverno.”

Islade coçou a cabeça pensativo. Arriscou algumas soluções, mas logo depois achou improvável. Arriscou a última possibilidade – “Não existe nenhuma chance? Qualquer um já é uma boa opção para mim.”

“- Receio que não tenha muita escolha, mas se insiste. Ainda há um navio que pode partir esta semana, mas eu não o indicaria a um nobre como você, meu jovem” – sua expressão não indicava convicção.

“- Não entendo o que quer dizer meu senhor.”

“- O que quero dizer, é que o único navio que partirá antes do fim do inverno é o ‘Intrépido’. Um navio mercenário, que é comandado por um capitão sem lei. Saqueia navios de nobres por todo o reinado, mas recebe carta branca do imperador por serviços prestados a coroa” - seu rosto agora era vermelho de raiva.

“- Entendo. Mas mesmo assim tenho de tentar. O senhor sabe me informar onde consigo encontrar a sua tripulação?” – Islade se levantara.

“- Garanto-lhe meu jovem que não será uma boa estadia, mas já que inciste. Eles sempre barbarizam em Gorendill em uma taverna ao sul das docas. Chama-se o ‘Mastro Quebrado’”.

“- Muito obrigado senhor, sua ajuda me será de muita valia.”

“- Fico grato por ajudar. Adeus.”

Islade foi levado pelo mordomo até a porta. Agora tendo como seu destino o Mastro Quebrado.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Noite de Festa em Porto Alegre

Book Tour do "O Terceiro Deus"
em Porto Alegre
Comentários e Fotos
João Brasil


Na última sexta-feira ocorreu em Porto Alegre a primeira edição do Book Tour do livro "O Terceiro Deus". O evento marca o início de uma série de encontros do autor Leonel Caldela para lançamento e autógrafos de sua terceira obra.

Na primeira edição do evento o local escolhido foi a Livraria Cultura do Shopping Bourbon Country, aqui na zona norte de Porto Alegre, às 20 horas. Num espaço aconchegante, reservado no mezanino da livraria, estava colocada uma mesa e uma placa com a simples frase "O Terceiro Deus". Este era o indício do que estava por vir.

Um número bem interessante de amantes do cenário de Tormenta estavam circulando pelo interior da livraria bem antes da hora marcada. Cada um com seu exemplar embaixo do braço esperando o grande momento.


Um pouco depois das 20 horas chegou o autor, acompanhado do pessoal da Jambô. O mezanino já estava cheio e não demorou muito para uma fila se formar na espera pelo autógrafo. Tinham leitores com seu exemplar do último lançamento, mas também muitos havia aproveitado para trazer toda sua coleção para receber a marca do Leonel.



Depois destes momento iniciais tivemos muitas rodas de bate-papo por todo o local. Dava para conhecer muita gente interessante e cheia de idéias para trocar. Aproveitei também para colocar o assunto em dia - destaque para o grande papo com o Bruno "Ravno" Barrero e suas mil estórias sobre seus lives de Vampiro!


Com o Rafael (da Jambô) muita coisa foi dita sobre o mercado editorial dentro da crisa atual e sobre os próximos passos do cenário que estão por vir com os lançamentos deste ano - em especial para Tormenta OGL. As preocupações e o esmero do cast da Jambô pode nos tranquilizar de que teremos um grande produto nas mãos. Com certeza o mercado nacional de rpg será outro depois do seu lançamento.



Com o Guilherme (da Jambô, na foto acima O Guilherme, eu e o Leonel)) minhas indagações, para variar, foram sobre os próximos lançamentos de Mutantes & Malfeitores e posso dizer que estou bem satisfeito com o que soube sobre o "Masterminds" embora não possa comunicar por hora. Mas de qualquer forma aguardem que o dia do início do da Pormoção MM e Confraria está chegando!


Com o Leonel foi uma boa meia hora de conversa - infelizmente tinha que dividí-lo com outros fãs. Neste meio tempo ele contou de sua satisfação com o término do "O Terceiro Deus", muito embora perfeccionista como a maioria dos rpgístas, sempre ache que poderia ter melhorado mais aqui ou ali. Ele comentou da importância do trabalho do Trevisan e de como suas "brigas" sobre o livro (tanto quanto nas outras duas edições) foram produtivas para o fechamento da obra de uma forma tão gratificante.




Infelizmente, segundo o próprio Leonel (foto acima), por enquanto pelo menos, nada de novo em literatura sairá dele. Sua edicação exclusiva está direcionada para dois granmdes focos - o Tormenta OGL e o novo lançamento de Reinos de Ferro "Guia do Mundo". Sobre "Guia do Mundo" ele adiantou que para quem gosta de informação será um prato cheio, com tudo....TUDO.... sobre os Reinos de Ferro.


O próximo Book Tour será em São Paulo no dia 16 de Janeiro. Se puderem, compareçam. É um grande momento de interação. Na edição de Sampa, segundo o blog do Trevisan, o Trio Tormenta estará presente, além do Leonel e do pessoal da Jambô. A Confraria também estará representada com o nosso colaborador e grande colega Julioz.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Arquivo de Fichas - Mutantes e Malfeitores

NOTURNA – Tália “TJ” Josephine Wagner

Nível de Poder: 8

FOR 12 (+1) DES 22 (+7) CON 12 (+1) INT 14 (+2) SAB 12 (+1) CAR 16 (+3)

Resistência +3, Fortitude +3, Reflexo +10, Vontade +8*/+5 [*efeitos mentais]

Ataque +8; Dano +1 [desarmado], +7 [Raio]; Defesa +13; Esquiva +6, Desprevenido +6, Iniciativa +11.

PERÍCIAS: Acrobacia +11, Arte da fuga +9, Concentração +6, Escalar +10, Furtividade +9, Notar +6.

FEITOS: Ação em movimento, Alvo esquivo, Ambidestria, Armação, Ataque furtivo, Blefe acrobático, De pé, Esconder-se à plena vista, Esquiva fabulosa, Gang up, Iniciativa aprimorada, Rolamento defensivo, Trabalho em equipe 3.

PODERES: Possessão 10; Intangibilidade 4 [PA: Super-movimento 1 - Andar no ar]; Super-movimento 2 [Escalar paredes, balançar-se]; Telepatia 3; Raio 7 [Energia dimensional]; Rapidez 3; Escudo Mental 3; Membro adicional [cauda] 1 [Feito: Inato, Preciso].

Pontos: 175
28 (habilidades) + 11 (salvamentos) + 26 (defesa) + 5 (perícias) + 14 (feitos) + 91 (poderes)

NOTAS:
- Não por acaso ela é parecida com o Noturno. Ela é na realidade filha do Noturno e da Feiticeira Escarlate em uma outra realidade. Ela por algum tempo fez parte dos Exiles (grupo composto por ‘heróis’ de várias Terras diferentes com o objetivo de solucionar problemas que ameacem a realidade). Ao chegar à realidade desta Terra ingressou no Excalibur.
- Recentemente (nos quadrinhos) ela sofreu um avc (acidente vascular cerebral) e perdeu os movimentos de um dos lados do seu corpo, além de ter perdido o controle sobre seus poderes e ter ficado com algumas seqüelas no campo da memória e do raciocínio. Mas pelo que parece isso será passageiro....
- A possessão dela permite que fique até 12 horas possuindo seu alvo.
- GANG UP [Feito]. Meu inglês não me permitiu achar uma tradução para esse termo, então resolvi deixar assim. É um feito do suplemento ‘CROOKS!’. Este feito permitiria que você tivesse vantagem para confundir um oponente durante um combate quando lutar juntamente com aliados que também tenham este feito. Como benefício você ganha um bônus de +3 em ataques contra um oponente quando você e o outro personagem que tenha gang up flanquearem o adversário.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Material de Apoio - Arquearia VI

Material de Apoio - Arquearia
por Julioz

Besta III

Besta Grande

Utlizadas pelos besteiros em escaramuças por toda a Europa, era como já se foi dito, a única arma que se comparava ao arco longo em toda a Guerra dos Cem anos. Mas apesar de eficiente, era pouco usada, sendo encontrada apenas em muralhas (podendo estar fixa) e exécitos. Grandes demais e pesadas chegavam a ter de 5kg a 7kg. Necessitavam de dois homens em batalha: um para o manuseio da arma, e outro - chamado pavês -, que portava um escudo enorme e tinha a função de proteger enquanto o outro fazia o processo de recarga.
A recarga se dava atravéz do uso da manivela, que utilizava primariamente o cranequim. Esta peça, consistia em uma roda dentada presa a manivela, fazendo, quando girada, armar a besta. Seu maior problema, era que após o disparo o cranequim deveria ser retirado e inserido novamente, antes da próxima recarga, no fim o quadrelo era inserido na haste, e a besta estava pronta para o disparo. Todo o processo demorava de dois a cinco minutos.
A força exigida para carregar uma besta grande com as mão era muito alta. Com a manivela, o esforço era reduzido a metade, portanto, tornava-se quase obrigatória. Seus disparos alcançavam de duzentos a duzentos e cinquenta metros, superando o arco longo. Em potência, as duas armas se igualavam, sendo capazes de perfurar elmos, cotas de malha, e a grande maioria das armaduras.

Besta de Repetição

Criada pelos chineses, a besta de repetição concistia em uma besta que tinha embutida um compartimento de armazenamento flechas e uma alavanca que ao ser manuseada para frente e para traz, esticava a corda e engatilhava outra flecha; Deixando a arma pronta para o próximo tiro. Nas mãos de um soldado experiente, podia fazer dez disparos por minuto, para então ser recarregada novamente. Sua recarga demorava o dobro de uma besta média, e suportava de sete até dez quadrelos no pente. Contava ainda com duas variantes, mas estas eram pesadas e lentas, muito diferentes do modelo original.

A primeira variação, também vinha da China, mas vinha de um principio diferente. Ao invés de disparar setas repetidamente, fazia disparos simutaneos. Dez quadrelos disparados de uma só vez, lançados a mais de trezentos metros. Era um artificio com locomoção extremamente debilitado, sendo necessarios pelo menos cinco homens para transporta-la. Recarregava-se utilizando mais dois homens - um para fazer mira e recarga, e outro de costas para o chão, fazendo tração com as pernas.

A segunda, foi a tentativa Européia, mas que logo ficou absoleta pelo uso da pólvora. Tinha capacidade reduzida para sete quadrelos, disparando um por vêz. Pesava entre vinte e vinte cinco quilos, disparando em intervalos de dez a quarenta segundos. Infelizmente, tinha pouca tração, e não obtinha danos significativos nas armaduras da época. Sua recarga era vagarosa ao extremo, e a peça enguiçava com muita frequencia. Seu alcance pequeno, chegava a quarenta metros no maximo, sendo apenas utilizada quando o confronto ja era eminente.
Confira também:
Material de Apoio - Arquearia: Bestas II
Material de Apoio - Arquearia: Bestas I

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Reinos de Ferro ganha lançamento

Sem Trégua 3 estás chegando

A jambô Editora está trazendo mais um lançmento para engrossar nossa lista de presentes para o Natal. Na semana que vem será lançado Sem Trégua 3.


Na minha opinião a série Sem Trégua é um dos grandes achados assinados pela Jambô. As edições trazem uma compilação de matérias editadas na revista americana No Quarter, focalizadas especificamente para o público de Reinos de Ferro. As duas primeiras edições foram de uma qualidade muito boa e com um preço muito atrativo.

Muito material é lançado lá fora e em poucas ocasiões nos chegam nas mãos. Além disso a preocupação em traduzir e dar um acabamento de qualidade deve ser aplaudido pois nem sempre se vive apenas de livros de referência sobre cenários.

Na edição 3 do Sem Trégua teremos:
- Informações completas sobre os trollóides, com novos itens e talentos;
- Fichas e descrições de campeões trollóides, pretorianos skorne e muitos outros soldados dos Reinos de Ferro;
- Novas armas e equipamentos, incluindo a espetacular pistola Tempestade de Fogo Radliffe e o destruidor canhão de batalha ogrun;
- O Centurião e o Cruzado, os mais poderosos gigantes-a-vapor de Cygnar e do Protetorado de Menoth;
- Novos Encontros Pendrake, agora com a participação de um certo caçador de monstros...;
- Detalhes sobre masmorras orgoth — os perigos e os tesouros que um grupo de exploradores pode encontrar nesses temíveis lugares;
- Muitas outras informações para trazer novos e emocionantes desafios a seu jogo!

Eu fiz um caminho inverso no cenário dos Reinos de Ferro. Comecei pela trilogia-aventura Fogo das Bruxas (editora Jambô) e foi paixão à primeira vista. Mais tarde adquiri os volumes 1 e 2 do Sem Trégua e fui completamente fisgado. Depois disso, e pela qualidade do material, fui naturalmente levado a ser um amante do cenário.

Sem Trégua 3 tem 64 páginas e está com um valor acessível de R$ 18,90. Aproveite!

Diário de um Escudeiro - 17

Vigésimo sétimo dia de Cyd de 1392.

Meu ombro está quase novo em folha. Já consigo segurar as rédeas sem problema nem esforço demasiado. Nestes dois dias percebi uma coisa importante. Eu poderia ter morrido naquele combate impensado nas portas do templo de Keenn.

Eu, como escudeiro de um verdadeiro cavaleiro de Khalmyr, tenho obrigação de ter um desempenho muito melhor. Preciso estar à altura de meu senhor. Por isso depois de quase quatro dias sem trocar muitas palavras com Sir Constant disse-lhe minha idéia. Ele não mostrou-se lá muito entusiasmado.

“- Gostaria que me ensinasse algo útil para um combate, meu senhor.”

“- A troco de quê?” – devolveu-me a pergunta sem tirar os olhos da estrada.

Eu tive de escolher muito bem as palavras. Já o conhecia um pouco para saber que isto não se daria do nada.

“- O senhor, sendo um grande cavaleiro, como és, merece alguém mais bem preparado para ser seu escudeiro.”
As palavras foram perfeitas. Ele parou o cavalo e olhou-me profundamente. Abriu um sorriso sincero – “é verdade, mereço mesmo, terás de treinar muito”.

Passei o resto do caminho pensando no que viria pela frente.

Estamos chegando ao final do verão que virá com final do mês de Cyd. Por todo o caminho as cores das folhagens ganham cada vez mais tons ocre e amarronzados. A chuva dos últimos dias não deixou de ser um sinal de que o verão dá seus suspiros finais. Mas, ao mesmo tempo, a viajem se torna muito mais agradável e menos desgastante.

No final da tarde encontramos uma estalagem muito movimentada. Estamos à três dias de Gallienn e este parece ser um dos últimos pontos para ter-se uma boa cama e um pouco de comida nova antes da grande cidade. Com uma placa simples e um nome mais simples ainda – ela chamava-se apenas “Estalagem” – ela era o retrato deste povo sóbrio e regrado.

Mas, de qualquer forma, ela era o reduto de uma mescla de pessoas das mais variadas possíveis. Claro que todos os movimentos, dentro e nos arredores da Estalagem, eram cuidadosamente escrutinados por vários milicianos das tropas de Yuden. Mas isso não desanimava as populações estrangeiras.

Estranhei muito, por sinal, essa grande massa de pessoas de fora. Normalmente os estrangeiros tentam ficar longe daqui. E, da mesma forma, os yudeanos são avessos à estrangeiros. Mas há uma razão para isso, que me havia escapado. E é o assunto na maioria das mesas do salão de refeições da estalagem. Daqui a cinco dias será o Dia do Duelo. O dia que marca o início do Outono e o equilíbrio das forças do universo.

Pelo que escutava de meu avô, neste dia, em muitas localidades do Reinado, grandes conflitos e pendengas são resolvidos. É o dia dos grandes combates na Arena em Valkaria e em outras tantas espalhadas por todo o território. E, pelo que se escuta hoje, muitos combates serão resolvidos em Gallienn neste ano. Isso é motivo mais do que suficiente para trazer muitas pessoas para a cidade. Sejam yudeanos, comerciantes ou curiosos, todos direcionam-se para lá, pelo visto.

Já estou em meus aposentos, ou o mais próximo que isto seja de um aposento – um dos vários quartos minúsculos nos fundos da estalagem. Mas, mesmo assim, é quente, seco e tem uma cama.Amanhã será um dia um pouco melhor. Pelo menos o humor de Sir Constant estará melhor já que ele subiu acompanhando de uma das tantas mulheres viajantes que estão neste lugar.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Vampiros no cinema

Vampiros são difíceis de matar - dos anos 70 à Crepúsculo!

Não é de hoje que a temática centralizada em vampiros inunda o imaginário da população em geral. Nas últimas décadas tivemos exemplos de sobra comprovando isso.

Pode-se dizer que a adoração moderna aos vampiros inicia com a grande escritora Anne Rice (foto ao lado) lá no meio da década de setenta. Nesta data ele iniciou o que seria conhecido como o maior acervo de aventuras e personagens centralizados nas criaturas da noite sugadoras de sangue. Mesmo chegando ao Brasil somente nos anos oitenta, Rice começou a doutrinar uma enormidade de fãs bem antes disso. Sua primeira obra, "Entrevista com o Vampiros" (1976) nos brindou com Lestat, que virou sinônimo até hoje do que é ser um vampiro. Depois vieram quase uma dezena de obras encadeadas num único enredo nos proporcionando muitas horas agradáveis. São nada mais nada menos do que trinta anos de obras baseadas nestas figuras conhidos como Crônicas Vampirescas.

A década de oitenta mostrou a chegada dos Vampiros às telonas. Mesmo num cinema ainda pobre (claro que baseado nas produções atuais) em efeitos especiais a produção "Garotos Perdidos" (Lost Boys, 1987) fez um sucesso considerável. Até hoje muitos lembram da versão da música tema "People are strange" (obra original dos The Doors) tocada pelo Echo and Bunnyman.


Mas a década de auge foi, com certeza, os anos noventa. Já de início, em 1991, um sujeito desconhecido chamado Mark Rein Hagen lançou "Vampiro, a Máscara" (editora Devir) e de uma hora para a outro criou um dos mais aclamados estilos de rpg - o Mundo das Trevas.
De desconhecido à celebridade Hagen inaugurou (ou somente troxe à tona novamente) quase que um estilo de vida. Dezenas de livros de referência nasceram baseados nele além de muitos obras literárias (lançadas pela Devir).

No cinema "Drácula", de Bran Stoker, inaugurou aquela década (1992) com uma obra oscarizada e que levou multidões às salas de projeção. Mas a adaptação de "Entrevista com o Vampiro" (1994) tomou de vez os fãs. Com atores que estavam em grande momento frente ao público jovem - como Tom Cruise, Brad Pitt e Antônio Banderas - nada mais foi feito, pelo menos de qualidade, por muito tempo. Toda a dor e depressão de ser um imortal cai em nossa frente quebrando aquela a máscara ilusória de seres ou malévolos ou sanguinários. Aprendemos que eles eram humanos transformados em vampiros, mas ainda humanos.

E o tempo passou. Quase dez anos passaram. Levou todo este tempo para que algo de novo surgisse. E surgiu.

Em 2005 uma autora relativamente nova publicou "Crepúsculo" (Twilight). De obra despretenciosa à bestceller do momento, Stephenie Meyer entrou para o seleto grupo dos autores adorados e idolatrados inaugurando a mais nova saga de criaturas da noite - informalmente chamada de série Twilight. Já foram lançados "Lua Nova" (New Moon, 2006), "Eclipse" e "Amanhecer". No Brasil o terceiro volume da série chega em 15 de janeiro de 2009. Na Feiro do Livro de Porto Alegre deste ano os dois primeiros volumes da série foram campeões de venda, comprovando o interesse do público em geral sobre o tema. No mundo já foram mais de 25 milhões de exemplares vendidos, e no Brasil mais de 220 mil (entre as duas obras).

Para brindar este novíssimo sucesso de Stephenie Meyer está chegando às telonas do Brasil a adaptação de "Crepúsculo". O filme, que estréia por aqui no dia 19 de dezembro, já traz números impressionantes. A produção que gastou 37 milhões arrecadou apenas nos primeiros dias de apresentação 35 milhões nos Estados Unidos, tornando-se a estréia mais bem sucedida do ano batendo fortes concorrentes tais como Indiana Jones e Batman. Mesmo sendo o estúdio independente - Summit Entertainment - o resultado final foi considerado por críticos como plenamente satisfatório. Outra a grande preocupação era com o fiel público dos livros. A diretora teve a preocupação de manter a produção o mais fiel possível ás obras literárias.

A história do Crepúsculo mostra o relacionamento de Isabella Swan, uma humana de dezessete anos que muda-se para uma cidade interiorana, e conhece o jovem Edward Cullen, um vampiro com uma centena de anos mas com aparência de um jovem de, também, dezessete anos. Por estre a relação dos dois muito luta, intriga e romance.


A diretora é Catherine Hardwicke ("Aos 13') que fez, segundo os críticos, um bom trabalho. No elenco Kristen Stewart (Isabelle, trabalhou em "Jumper"), Robert Pattinson (Edward - ele interpretou o personagem Cedrico em "Harry Potter e o Cálice de Fogo"), Cam Gigandet (James), Taylos Lautner (Jacob Black) e Peter Facinelli (Carlisle Cullen).

Material de Apoio - Navegação 12

Material de Apoio - Navegação


Armamentos dos Piratas II

ARMAS DE FOGO

As armas de fogo foram uma grande marca na vida tanto de piratas, quanto de outro tipos de marujos oficiais. Durante muito tempo elas não tiveram uma condição de disputa na preferência dos marinherios sempre perdendo para as armas brancas. Sua utilização não era tão complicada, mas seus resultados nem sempre foram confiantes - recargar e pontaria. A maioria dos piradas confiava muito mais no fio de suas lâminas. Mas mesmo assim carregar uma ou duas pistolas junto ao seu cinto trazia algum glamour.

MOSQUETE: Foi uma das primeiras armas de fogo a ter uma relativa condição de mira e alcance (atingia até 220 metros). Eram muito longos e pesados sendo úteis apenas antes de abordarem o navio adversário. Por isso mesmo não eram populares entre os piratas.


MOSQUETÃO: era uma versão menor do mosquete – uma arma de fogo ancestral do rifle. Possui pouco alcance e baixa possibilidade de acerto. Era eficiente apenas em curtas distâncias. No caso de abordagens tornava-se eficiente, pois tinham um grande número de oponente espremidos num convés.


BLUNDERBUSS: muito parecido com o mosquetão no que tange ao alcance, mas bem menor em comprimento, sua vantagem estava no seu disparo que abrangia uma grande área devido a sua embocadura larga. Podia ser carregado com bolas de aço – munição comum – e até mesmo pregos e vidro. Era mortal de curta distância quase sempre atingindo mais de um alvo num único disparo. Sua maior desvantagem estava no tempo gasto para recarga. Normalmente o pirata se valia dele uma única vez por combate, ou no início para ganhar certa vantagem, ou durante a luta num momento de apuro.


FLINTLOCK PISTOL: a arma favorita dos piratas por ser pequena e muito leve. Era ideal para defesa pessoal num combate no convés do navio inimigo. É uma arma de tiro único recarregável pela boca do cano. Pela sua demora de recarga os piratas preferiam usar até quatro destas pistolas presas em seus cintos ao invés de ter o trabalho de recarregá-las. Barba Negra, por exemplo, era conhecido por carregar seis pistolas, e Bartolomeu Roberts era conhecido por suas quatro pistolas.

Vale lembrar que todos estes armamentos não eram exclusividades da pirataria. navios oficiais também usavam eles. A diferença está em que em navios piratas não existem padrão. Todo e qualquer armamento que eles conseguissem era utilizado. Enquanto que em navios oficiais existia o armamento padrão utilizado por todos os marujos.

Artigos anteriores deste tema:
Armamentos dos Piratas - Armas brancas

Arquivo de Fichas - Mutantes e Malfeitores - Capitão América

Arquivo de Fichas - Mutantes e Malfeitores
CAPITÃO AMÉRICA - Steve Rogers
  

"Eu acredito no sonho americano.
Mas isso... isso é um pesadelo!"

Nível de Poder: 13

HABILIDADES
FOR 22/10 (+6/0) DES 22/10 (+6/0) CON 20/9 (+5/-1) INT 14 (+2) SAB 16 (+3) CAR 16 (+3)

SALVAMENTO
Resistência +12; Fortitude +12; Reflexo +9; Vontade +8

COMBATE
Ataque +10, +12 [escudo]; Agarrar +16;  Dano 6 [desarmado], 14 [ golpe/escudo]; Defesa +12; Esquiva +8; Iniciativa +10.

PERÍCIAS
Acrobacia 3 (+9), Arte da Fuga 2 (+8), Computadores 1 (+3), Conhecimento [Tática] 8 (+10), Conhecimento [Educação civil] 5 (+7), Diplomacia 6 (+9), Escalar 1 (+7), Furtividade 1 (+7), Idiomas 5 (+5) [Inglês (nativa), alemão, francês, russo, espanhol], Intuir intenção 2 (+5), Investigar 4 (+6), Notar 2 (+5), Obter informação 2 (+5), Sobrevivência 2 (+5).

FEITOS
Ação em movimento, Agarrar aprimorado, Alvo esquivo, Armação, Arremessar aprimorado, Ataque atordoante, Ataque dominó 2, Atropelar rápido, Avaliação, Bem informado, Benefício (Autorização de Segurança), Contatos, Defesa aprimorada 2, Desarmar aprimorado, Duro de matar, Especialização em ataque 2 (arremesso do escudo/Golpe); Evasão, Foco em esquiva 2, Iniciativa aprimorada, Inspirar, Interpor-se, Liderança, Maestria em arremesso 3, Plano genial, Presença aterradora, Rolamento defensivo, Tiro preciso, Trabalho em equipe.

PODERES
Repertório Soro do Supersoldado 13 [Extra: Amplo]
Base: Força Ampliada 12 [Dinâmico]
PA: Constituição Ampliada 11 [Dinâmico]
PA: Destreza Ampliada 12 [Dinâmico]
PA: Imunidade 7 [Envelhecimento, Fadiga, Frio, Calor]
PA: Super-velocidade 1 [Dinâmico – Feito: Ataque rápido]
PA: Super-força 2 [Dinâmico]
PA: Proteção 7 [Dinâmico]

Dispositivo 7 - Escudo de Vibranium (Fácil de Perder - Feito: Bloqueio aprimorado) - Deflexão 10 (todos os ataques à distância); Golpe 8 (Feito: Arremessado 2, Pujante, Preciso, Ricochete 4)

PONTOS: 180

15 (habilidades) + 15 (salvamentos) + 44 (combate) + 11 (perícias) + 34 (feitos) + 61 (poderes)

Ficha em PDF